Capítulo 52 || Ébrias Declarações (+18)

1.1K 116 288
                                    

hey. 

Tô me sentindo pior que o cocô do cavalo do bandido, então pra suprir minha crise depressiva, escrevi até 5h da manhã. 

Ainda não é uma reconciliação completa, ainda é triste, mas tem muitos lados pra analisar. 

Eu me esforcei, espero que seja bom. 

Boa leitura. 

PS: eu volto depois pra colocar as traduções, tem muito diálogo em espanhol, mas eu preciso tentar dormir um pouco e trabalhar por umas 11 horas hoje. Logo faço isso. 

PS2: há conteúdo sexual explícito entre pessoas trans, eu sou cis, espero que eu não tenha feito algo errado nisso aqui. 

[...]

Narrado por Kirishima Eijirou

Sorrio e aceno para os felizes clientes que estão mais que ansiosos para ver o empreendimento depois da projeção de receita apresentada, mas não consigo sentir felicidade alguma, mesmo que seja um negócio digno para escolher o melhor vinho e comemorar o sucesso.

Eu costumava me empolgar com as conquistas, mas o dinheiro deixou de ser interessante para mim depois de tanto tempo o tendo em abundância. Não é mais um prazer, é só rotina, há coisas que o dinheiro não compra e eu sei que estou na fase de desejar exatamente essa impossibilidade fora de alcance.

Olho para o relógio enquanto caminho para fora do prédio da filial RR España, tentando ser ao menos educado ao retribuir alguns acenos ao meu redor, sem tempo para dar um tour e conversar com os funcionários daqui antes de ir embora. Tenho certa pressa, mas ao notar que já passam das 21h e não tive nenhuma informação do Delegado, fico mais desanimado com o que pode vir a seguir.

Eu estraguei tudo, definitivamente, eu consegui fazer tudo desmoronar bem diante dos meus olhos.

Tudo isso porque sinto raiva de mim mesmo, como posso ter sido tão imaturo? Só porque não ganhei o doce que desejava, estou me jogando no chão e esperneando como uma criança.

Não durmo há quase vinte e quatro horas, não consigo pensar em nada que me faça relaxar e apenas viver normalmente, minha ansiedade está no limite e eu sei que deveria dar uma pausa, mas não consigo.

Quando vi Katsuki se deitar na cama, tão convidativo e frustrado com nossa discussão anterior, eu me senti egoisticamente aliviado, pois vi que ele não desejava ir embora; não queria se afastar, mas não consegui nem ao menos revelar que também não o quero longe de mim.

Meu orgulho segue palpitando em meu peito, subindo à garganta como um nó que não se desfaz, nem com toda a água que já tive que beber para achar minha voz nas reuniões de trabalho. Eu não queria deixá-lo sozinho, pretendia chamá-lo para vir à empresa conhecer meu escritório internacional, mostrar os projetos que estão sendo desenvolvidos e entretê-lo com um pouco do que sou, do que faço para viver como vivo.

Queria que ele me conhecesse mais, só que estou chegando à conclusão de que não conheço a mim mesmo de verdade, pois não reconheço o exímio controle que tenho ao estar lidando com esses novos sentimentos.

A esta altura, o serviço de quarto que programei já deve ter passado, ele já deve ter recebido meu recado, mas em nenhum momento tentou entrar em contato.

Hasta martes, señor Kirishima — A recepcionista me cumprimenta com fervor e eu apenas sorrio com polidez, sequer me importando em responder antes de abrir a porta com pressa.

O ar leviano e denso de Barcelona me atinge em cheio e eu respiro fundo, olhando para o meu celular com uma ansiedade não computável, digitando uma mensagem para Katsuki e olhando para seu status online que fica sendo esfregado na minha cara, no entanto, antes de deixar o polegar pesar sobre o botão de enviar, uma chamada começa a tocar e eu me distraio com o nome há muito não visto.

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora