Capítulo 17 || Troca Equivalente (+18)

2.3K 226 558
                                    

Hey hey pessoinhas. 

Eu deveria estar: Dormindo

Porém, eu estava: Escrevendo as ideias que brotam na minha mente maluca. 

Eis aqui com algo que saiu do controle e nem me arrependo, tem farpas, indiretas bem diretas, basquete e adrenalina. 

Seja lá o que esperavam, vejam se atende a expectativa. 

Boa leitura! 

[>>>>>>>>>>>>>>>>>>]

Narrado por Bakugou Katsuki

Usar roupa formal é uma merda, minhas camisas nunca parecem ficar decentes. Acabei escolhendo a mais básica que tinha para garantir que teria as medidas certas, um pouco mais folgado no peito e ajustado na cintura, ainda assim, não me obriguei a fechar todos os botões.

Mal me importei de sair com antecedência de casa, queria chegar cedo para ter a chance de conferir com meus próprios olhos o que esse jantar poderia me propor como avanço, mas tudo que encontrei foi a merda do Deku enchendo a cara com vinho caro, trocando ideia com um cara de cabelo dividido estilo cantor de kpop, uma mulher alta que parece uma socialite, acompanhada de uma baixinha gótica que podia ter entrado rolando de tão grávida.

Que porra de grupo é esse e por que o nerd faz parte dele?

Bem, descobri em vinte minutos que são todos malucos e Izuku é um enxerido aproveitador.

Não foi difícil entender a dinâmica, o tal Todoroki, que apelidei de duas caras para ficar mais fácil lembrar, é claramente um dominador, mas muito mais silencioso do que Kirishima aparenta ser. Ele age calculadamente, frieza em cada palavra, mas os olhos heterocromáticos queimando tanto quanto o inferno.

Não me assusta nem um pouco, é óbvio, parece só um antipático do caralho.

Yaoyorozu sei lá das quantas e sua parceira Kyoka, a mais alta dominadora, já que fica se metendo nas decisões e mimando a baixinha o tempo inteiro, tanto que me dá ânsia assistir esse sufocamento. Só não intervenho porque a dinâmica parece funcionar para as duas e não é da minha conta a partir daí, apenas coloco em pauta que essa mulher não deve ser quem eu estou procurando, mesmo que seu olhar pesado e sorriso venenoso me deixem em dúvida as vezes.

Me limitei em dizer meu nome, lançando comentários mordazes só quando cabia, já que Midoriya podia fazer o favor de falar por mim, por ele, pela multidão esquecida nas áreas comuns do restaurante, basicamente, ele domina a conversa e sai de um assunto para outro com uma rapidez suspeita.

Ótimo, apesar de ser uma companhia inesperada, está me ajudando a analisar o cenário.

Sequer tive tempo de ficar puto, posso surtar com Kirishima depois, afinal, quando ele finalmente dá o ar da graça, me encara por tempo suficiente para saber que não vou facilitar essa noite para sua ousadia sem limites. Creio pelo menos ter surpreendido quando revidei sua atitude audaciosa de me beijar, não cedendo como uma mocinha indefesa na torre, afinal, se estamos competindo pelo posto de superior, minha experiência não se resume ao exército.

Me deixa puto é algo que ele sabe fazer muito bem, portanto, espero o momento certo, apenas observando como a situação corre ao meu favor quase como se fosse natural. A falta de filtro do meio a meio traz uma dúvida genuína que em termos comuns me faria tremer de ódio, ainda mais com Izuku botando lenha na fogueira sabendo da verdade, mas a expressão curiosa que Eijirou não consegue disfarçar me deixa extremamente confiante.

Com o corpo inclinado e os braços cruzados na frente do peito, faço questão de agir como se estivesse tranquilo com a pergunta, como se fosse natural apenas responder à questão de pessoas no alto dessa hierarquia tosca que criaram entre si.

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora