Capítulo 63 || Prenunciada Coragem (+16)

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hey

menção de gente semi-nua

to muito cansada galera, sinto falta disso aqui

me desculpem

[...]

Narrado por Bakugou Katsuki

Permaneço calado após Kirishima repetir as minhas exatas palavras ao Rei da Cocada Preta que fica com cara de quem comeu e não gostou, por mais que eu só possa ver pela visão periférica para não ousar desafiá-lo mais, ao menos não ainda.

Ryomen se aproxima de Eijirou e eu quase me levanto para impedir aquela distância curta entre os dois, porém apenas observo o semblante sério e cheio de confiança no rosto do meu Dom ao sustentar aquele olhar sombrio.

— Espero pelo menos algo interessante de verdade, não trabalho com amadores... — Sukuna me encara com asco ao dizer exatamente o fim da frase, enchendo-me com a vontade insana de encher a cara dele de soco. Ele volta a encarar Kirishima com um sorriso malandro, inclinando a cabeça ligeiramente para o lado. — Não me faça ser humilhado pela sua mediocridade, Kirishima.

Aquelas palavras me fazem ferver de ódio, sou obrigado a pegar o copo de água e beber uns goles, me convencendo a segurar meus impulsos com todas as forças enquanto observo discretamente o sorriso nada mais que radiante no rosto de Eijirou.

— Acredite, se você soubesse fazer melhor, certamente não me convidaria para o ato.

Não contenho o meu próprio sorriso quando vejo meu Dom botando ordem nessa porra, a satisfação me invadindo como um maremoto, mesmo que eu nem sequer esteja acreditando que sou preparado o suficiente para fazer jus à sua habilidade obviamente existente.

Quase consigo escutar o homem tatuado rangendo os dentes ao se afastar alguns passos arrumando o terno já impecável.

— Cuidado onde pisa, seu verme inútil — sua voz é aveludada apesar do tom de ameaça em suas palavras.

— Cuidado com o que fala, seu bastardo arrogante. — Kirishima sequer se abala, pegando o copo de bebida para um brinde, a curva divertida em seus lábios me dando vontade de beijá-lo até a morte.

Quando o dono da festa sai de perto de nós, muitos o seguem tentando um minuto de sua atenção frívola, e o ruivo faz o favor de encarar os que permanecem cochichando sobre nós para longe.

Eijirou se aproxima de mim e abraça minha cintura casualmente, esfregando os olhos com força usando a outra mão, a qual eu sou obrigado a segurar para que ele não continue cedendo à mania que tem quando fica nervoso ou desconfortável.

Ele me encara com um semblante completamente carregado e eu não me importo com a plateia quando seguro sua face, aproximando-o para falar rente aos seus lábios.

— Você pode me beijar aqui, agora? — peço sua permissão, por mais idiota que considere isso, apenas para seguir a etiqueta que é tão apreciada nesse contexto.

Kirishima não me responde com palavras, ele se aproxima e captura meus lábios com calma, relaxando no contato quando eu coloco minhas mãos mais baixas, sobre seu ombro, deixando-o me dominar agarrando minha nuca para mostrar a todos que ele é quem está no comando.

Quando nos afastamos do beijo lento e mais longo do que o esperado, suas sobrancelhas não estão mais franzidas em consternação e ele respira com mais tranquilidade.

— Obrigado.

— Eu quem deveria estar agradecendo, não? — Dou uma risada breve, tentando usar esse momento também para acalmar meus devaneios, pois sinto que essa tal cena será estrondosa perto de tudo que eu já pude fazer com ele até agora.

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora