Capítulo 38 || Ausência Imprecisa

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hey hey hey!

olha gente, foi mal kkkkkkk ai que ódio, desculpa.

Enfim, eu avisei que tempos sombrios viriam, e cá está o começo da tempestade.

Peguem seus guarda-chuvas e vamos nessa.

Boa leitura!

[...]

Narrado por Kirishima Eijirou

Minha respiração acelera e eu não sei ao certo quanto tempo se passou, apenas me concentro na pele ardendo, o suor escorrendo pelas minhas costas enquanto o calor intenso atrás de mim me faz ofegar.

Há quanto tempo eu não me sentia assim? Qual foi a última vez que me permiti ser explorado a este ponto? Meus olhos estão cobertos, mas consigo quase ver o sorriso triunfante do homem que me reduz a uma massa desconexa de devaneios.

Não faço ideia, sequer sei como elaborar melhor os questionamentos dançantes em minha mente enevoada, eu apenas quero continuar sentindo, seja o que for esta sensação excruciante e intensa, eu quero absorvê-la, engolir e me sufocar com cada gota.

— Que boa putinha você é... — O elogio me faz ofegar, erguendo os quadris em busca de algum contato na região dolorida e necessitada. Eu sinto o corpo acima do meu, gemendo ao ter finalmente a fricção necessária da ereção alheia sobre o meu penis enrijecido, a mão quente e pesada do Delegado nos envolvendo em uma carícia superficial. — Você quer esse pau?

Quando ele questiona, sinto-me ainda mais à beira do precipício, minha mente ecoa com as súplicas da minha própria voz, delirando para se jogar naquele espaço vazio e sem decoro, onde tudo o que importa é a dor que precisa ser sanada, elevada, distribuída, muito bem moldada pelo prazer que me é ofertado, ainda que negado veemente.

— Sim...

A risada baixa de Katsuki me arrepia, tal como seus lábios que prontamente atacam meu pescoço, os dentes cravando-se no lóbulo da minha orelha antes do sussurro carregado:

— E como você pede?

Fico inquieto, impaciente ao forçar as amarras que mantêm meus braços abertos, os punhos cerrados se chocando contra a cabeceira da cama.

— Agora, Katsuki. Me dê o que eu quero, imediatamente.

Meu tom de ordem parece abafado demais, embargado com a necessidade crescente que já não posso mais controlar.

No entanto, consigo exatamente o que estou pedindo — exigindo —, assim que meus quadris são erguidos por mãos fortes e habilidosas, deixando-me na posição perfeita para receber o que foi solicitado.

— Como quiser, Senhor...

Acordo no instante em que estava prestes a sentir-me preenchido e livre do vazio, um suspiro escapa dos meus lábios quando percebo que tudo não havia passado de um sonho, mas meu verdadeiro incômodo cresce ao notar a falta de um calor característico que havia ao redor do meu corpo quando fui me deitar na noite anterior.

Por mais que eu costume ter um controle imensurável dos meus desejos, este sonho foi suficiente para deixar-me com uma ereção incômoda, latejando entre as minhas pernas enquanto chuto os cobertores para longe, tentando me situar e encontrar o que perdi.

Viro o tronco e tateio os lençóis ao meu lado, de olhos ainda fechados, respirando fundo ao ter a certeza que não gostaria no momento. Katsuki não está aqui, e pelo frio dessa cama, posso dizer que já saiu há algum tempo.

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora