Capítulo 26 || Muralhas Intransponíveis

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hey. 

É isto. 

estou morta de estudar e trabalhar sem parar, mas ainda tento trazer algo. 

boa leitura. 

(Ps: tirei e botei de volta pois esqueci das músicaaa kkkk gosto de botar elas por mais que sejam irrelevantes, me julguem)

[...]

Narrado por Kirishima Eijirou

De fato, as coisas têm sido meio tensas para todos os lados, mesmo que nós tenhamos avançado minimamente em diversos aspectos e chegado a um meio termo pouco definido, estou incerto de que a situação se mostre tão favorável aos meus instintos.

Algo na expressão de Katsuki ao sairmos de casa me diz que ele não pretende descansar tão cedo, seu olhar determinado e conciso é fixo no celular à sua frente, digitando com alguém e olhando para as janelas ocasionalmente, verificando se sigo o caminho correto.

Quando cito a viagem e o tempo perdido nela, como disse o loiro, quase torço para que ele diga "não", indo oposto ao meu âmago que clama para que ele apenas obedeça e me siga onde, como e quando eu quiser.

O beijo me pega desprevenido, tanto quanto o brilho nas írises vermelhas depois que eu o informo a respeito do que ele pode encontrar naquela maldita festa. Me vejo dividido entre o alívio de tê-lo com a ira de vê-lo se jogar ao perigo com meus inimigos.

Não, não os veria necessariamente como vilões, pois eu mesmo não sou um completo mocinho, mas ter concorrentes para a atenção e o foco de Katsuki me deixam possesso, incomodado de não ser sua única importância.

Tento que tentar entender que ele não está feliz por estar indo encontrar Sukuna, ao menos, não pelos termos que maltratam meu ego ao cogitar que eu poderia ser trocado por aquele energúmeno de quinta categoria.

— Você pode me levar até ao inferno se for para conseguir foder a vida de quem anda fodendo a minha.

A voz rouca e cheia de determinação me deixa arrepiado, tal como as palavras concisas de alguém que está disposto a qualquer coisa para atingir seu objetivo. Eu aprecio essa força descomunal que Katsuki exala em cada aspecto de sua vida, mas ao mesmo tempo me preocupo com o quão longe ele é capaz de se lançar para conseguir o que quer.

Antes que eu possa tecer algum comentário a respeito de toda sua ênfase em chegar ao assassino do seu caso, ele abre a porta e sai do carro, não sem me dizer um "fique aqui" cheio de irritação como se eu fosse um mero cachorro para fora de um estabelecimento.

Fico boquiaberto observando-o ao atravessar a rua, com muita confiança ao caminhar até a entrada do café.

Somos muito parecidos nesse quesito de estarmos satisfeitos com nossos desejos egoístas a qualquer custo, no entanto, para uma relação de dominação e submissão, isso vai nos trazer imensos conflitos. Lidar com pirralhos sempre foi minha praia, mas o Delegado Bakugou é mais do que um cara que desempenha um papel, ele é literalmente — e conscientemente — teimoso e birrento por si só.

Não sei ao certo o meu papel nesse contexto, mas me forço a obedecer ao pedido — chamar de ordem fere meu ego demais — do exímio Delegado, que está me usando convenientemente para sua investigação.

Estreito os olhos ao vê-lo sair do local com um copo bem grande do que só pode ser mais café. Pelo amor de Deus, este homem vai infartar de tanta cafeína, devo investir em versões descafeinadas se tiver que manter esse vício dele.

Tento ficar tranquilo e penso até em pegar o celular para conferir e responder alguns e-mails das centenas de mensagens não lidas na minha caixa de entrada, no entanto, meus olhos não perdem um movimento sequer do loiro no outro lado da rua. Aperto o volante sob os dedos ao vê-lo se sentar na frente de outro homem, um cara alto e musculoso demais para ser natural, cabelo platinado de um jeito igualmente artificial em um corte curto e rebelde.

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora