Capítulo 9.1 || Investigações Extraordinárias - Parte 2

1.7K 246 368
                                    

Hey. 

Bom dia. 

Cá estamos, acho que o próximo ainda vai ser melhor. Então, paciência? rsrs

Um minuto de silêncio pela Louise, desde já. 

[...]

Narrado por Bakugou Katsuki

O armazém estava interditado pelas faixas da polícia e já havia passado pela perícia dos bombeiros, que coletaram os dados sobre a situação e provavelmente meteram em uma caixa de arquivos que vai pegar poeira. Além do corpo, que foi identificado como um desconhecido qualquer – de forma errônea que ainda não posso consertar – houve algum boato de incêndio elétrico, por conta de algumas instalações sobrecarregadas.

— Incêndio elétrico é conveniente, mas apesar dos materiais secos se tornarem cinzas rapidinho com uma faísca certa, parece que a caixa de fusíveis estava desativada desde o começo — Mirko analisa uma vez mais um painel de metal que resistiu bem ao calor, mas ficou levemente derretido em algumas áreas estratégicas, como se realmente fosse a origem do incêndio.

— Me parece que essa porra explodiu mesmo, como sabe que estava desativado se tá tudo torrado? — questiono com ignorância, porque de fato não consigo ser tão analítico a ponto de definir que não foi outra coisa a não ser um curto-circuito infeliz, em uma cena do crime. Coincidências me irritam um bocado.

— Tu é burro, hein, meu querido. Presta atenção aqui — A mulher me encara com aquele olhar debochado de sempre, sorrindo largo ao apontar para a caixa de fusíveis, mostrando a junção de algumas peças que pareciam muito bem conservadas ao invés de deterioradas como o restante. — Esses bornes, não estão encaixados, são apenas plástico sem qualquer conector para aderir ao sistema. Ainda não é uma prova concreta do crime, mas é um começo para recorrência de investigação profunda.

— Ótimo, Rumi. Te chamei pra me dar uma pista e ganhei montanhas de papelada, puta trabalho bom o teu — Mirko guincha de tanto rir, mas não deixa de coletar alguns dos bornes para analisá-los à frente da equipe de perícia, pois sabe que esse é meu modo de agradecer e deixa-la ciente que não vou esquecer do assunto.

Saímos da cena do crime rapidamente, a rua já está deserta e a vizinhança não tem muitas residências próximas. Dificilmente alguém escutou alguma coisa, então por ora, descarto a necessidade de buscar testemunhas.

— Beleza, Delegado. Aliás, não sabia que a polícia tava pagando tão bem... Belo carro — A mulher amarra os cabelos longos e brancos em um rabo de cavalo, colocando os óculos escuros e ajeitando a bolsa para não atrapalhar na condução da moto. Dou de ombros, colocando as mãos nos bolsos da calça e olhando os arredores minuciosamente, ainda que foque no diálogo desnecessário.

— Cada caso é um caso, mas a polícia tem mesmo mais diversão que o corpo de bombeiros — declaro com calma, acenando para a perita dando a volta para sair em disparada sobre o veículo de duas rodas. De repente, quando o motor já se encontra longe em uma rua paralela, o silêncio do local se torna quase sinistro, mas intenso o suficiente para me deixar ainda mais concentrado aos detalhes.

Entro no carro caríssimo novamente, parando com as mãos no volante ao olhar mais uma vez para todos os lados, me certificando de não deixar passar nada. A vã preta está logo na esquina, onde já fui e verifiquei, só para não encontrar o que precisava a fim de me dispor qualquer rumo, que pudesse seguir diferente. O homem assassinado tinha um sedan que usava para acompanhar, que estava parado na frente do armazém antes do incêndio. Não o encontrei no perímetro, então talvez seja bom dirigir pelos arredores para dar uma olhada. Sero ficou de me passar a identidade desse funcionário que possuía um dos ativos ativos da empresa de logística, mas se não me enviou nada, o homem pode ser contratado por fora e ainda mais invisível do que já era.

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora