Capítulo 31 || Interrupções Impertinentes

1.2K 156 146
                                    

hey. 

mano, sei lá sabe, escrever é tão isso, eu saio planejando e ai vou botar na tela e sai diferente, ai vem coisa de lá e de cá, mistura tudo, adianta isso, posterga aquilo, eis o resultado. 

Espero estar fazendo sentido. 

Boa leitura. 

[...]

Narrado por Bakugou Katsuki

Realmente, o plano se mantém na discrição da minha presença nesse lugar, afinal, não sei que tipo de pessoas do círculo social de Kirishima posso acabar encontrando por aqui, mas quando sua mão se afasta da minha para entrarmos à direita depois de algumas mesas — perto das árvores e uma quadra de tênis —, fico decepcionado de maneira inesperada.

O clube é cheio de verde e o clima está ameno, crianças correm da piscina para o parquinho e os pais apenas acompanham enquanto tomam água em copos com rodelas generosas de limão. Todas as poucas famílias que vejo espalhadas pelo espaço tem ar de comercial de margarina ou coisa do tipo, aquele cenário de gente fútil sendo fútil.

Nos aproximamos de um pequeno espaço com mesas e cadeiras, organizadas dentro de uma área com cascalho, em frente ao que parece ser um restaurante. Do outro lado da área de cascalho, dois campos enormes se estendiam com gramado brilhante. Em um deles, alguns times jogavam futebol com uniformes combinando, o que me passava a ideia de que não era um lugar qualquer.

— Vamos sentar aqui, depois que tal um mergulho na piscina? — Eijirou parece animado como se estivéssemos de férias na Disney, segurando consigo uma mala que insistiu em voltar para pegar, alegando que talvez pudéssemos usufruir do tal clube o dia inteiro.

Que as forças cósmicas do universo me deem paciência, eu preciso cumprir o que falei, mesmo que a vontade de pegar o celular para ver as notícias da equipe seja uma tentação enorme.

— Eu não vou entrar em piscina nenhuma — digo com a minha carranca de sempre no rosto, sentando-me na cadeira e chutando um pouco das pedrinhas sob os pés antes de me inclinar com os cotovelos sobre a mesa. Olho ao redor pelo costume de ficar atento a todos os detalhes, notando que uma das atendentes já se aproxima com um grande sorriso nos lábios marcados de batom.

— Bom dia! Senhor Kirishima, há quanto tempo não te vejo por aqui, como vai? — A morena segura o bloquinho nas mãos e acena entusiasmada para o ruivo, sendo bem transparente em sua comoção por vê-lo. Encaro Kirishima com uma sobrancelha arqueada, quase questionando o quão frequente ele é por aqui.

— Bom dia, Violet! Radiante como sempre, meu bem. — Ele segura a mão da mulher e a beija, olhando-a com uma expressão que chega a cintilar de tão atenciosa. Eijirou sendo um conquistador nato não é novidade, mas a sensação incômoda por vê-lo fazendo o mesmo de sempre é coisa nova. — Tenho trabalhado muito, mas hoje estou de folga, aproveitei para trazer meu amigo, Bakugou.

Sou apontado pelo outro e tento controlar ao máximo minha cara de desgosto ao olhar para a garçonete.

— Bom dia.

É impossível evitar ser completamente seco ao cumprimentá-la, mas isso não a impede de continuar sorrindo polidamente ao me devolver.

— Bom dia, Senhor Bakugou. Espero que goste do clube! — Sua voz contagiante só consegue me deixar ainda mais ansioso para ir embora, no entanto, apenas olho para Kirishima quando ela mesma o faz também. — Tem algo que posso trazer para vocês?

— Pra mim o de sempre, suco de laranja sem açúcar e uma tapioca com peito de peru e ricota. Também pode me trazer uma água com gás, gelo e limão. — Eijirou toma a frente para fazer o pedido, porém, ao contrário do que eu esperava, ele passa para mim a deixa de pedir algo que eu queira. Achei que era coisa de Dom ficar mandando até no que os outros comem. — E você, Baku?

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora