Capítulo 25 || Consolidando Fatos

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Hey! 

Preciso dormir, mais tarde vou trabalhar, mas consegui terminar com mais do que esperava. 

Esse cap foi particularmente difícil, abri quatro abas com capítulos anteriores para ligar tudo, socorro. 

Enfim, boa leitura (espero que não esteja maçante como parece). 

[...]

Narrado por Bakugou Katsuki

Depois de deixar Kirishima e sua ousadia para trás no quarto, não me faço de rogado ao ir até a copa no andar de cima para conseguir um café, do mais forte disponível, usufruindo muito bem das máquinas e acessórios exclusivamente caros do ruivo naquele cômodo.

Tento muito não pensar nas coisas que fizemos há poucos minutos, sinceramente, não sei nem como vou olhar na cara dele novamente para discutir novas estratégias quando ficar me lembrando de suas palavras e ações dentro daquela masmorra bizarra.

Jurei que não seria domado em trinta minutos, ele não precisou nem chegar ao limite de tempo para tal. Ficou claro que não posso continuar subestimando esse cara, o que não me deixa mais confiante em lidar com ele tão de perto. Posso estar sendo coagido com manipulações baratas ou ter um grande aliado ao meu lado, o problema é que a resposta para o dilema só vem com a prática, seja para bons resultados ou cruéis consequências.

Suspiro enquanto sinto o cheiro de café fresco inundando o ambiente, a máquina moendo os grãos de maneira silenciosa para deixá-los no ponto exato que há de me agradar. Bem, eu poderia me acostumar com essas regalias, mas não posso ficar me iludindo com camas macias, toalhas quentes e cafés goumertizados, isso tudo é temporário e ocasional.

Eu só tenho um objetivo e vou alcançá-lo. Prenderei o maldito que está fazendo da minha vida um inferno e terei prazer em dar aos companheiros de cela um histórico bem detalhado de seus crimes.

Depois de pegar uma xícara quase transbordando, dou belos goles para assegurar que o líquido quente não irá cair no chão, saindo em seguida para ir até o escritório de Kirishima, o qual ele não poderá usar hoje enquanto eu estiver presente.

Tomo posse de suas roupas, de seu tempo, suas coisas e até de seu escritório, mas ele é tão solícito — ou idiota — que mal consegue se importar, continua oferecendo mais e mais, quase como um suborno inconsciente. Se isso é para me agradar ou para ganhar minha confiança, pouco importa, eu vou usar tudo que estiver ao meu alcance e não me importo de aproveitar o processo dessa vez.

Quando me sento à frente do notebook, vejo que cheguei no exato momento em que precisava. A equipe já deve estar à postos na conferência, mas me dou alguns instantes a mais para respirar fundo e beber mais do café forte, amargando meu paladar por inteiro.

A sensação de estar anestesiado é estranha e incomum, ao menos, para alguém que só consegue se sentir assim à base de remédios tarja preta. Ainda sinto a sensibilidade além do habitual com o mais leve roçar da camisa em meus mamilos e isso me envergonha, não é o tipo de coisa que eu gostaria de ficar revivendo, mas nada impede minha mente de ver a leve ardência em meu peitoral como um convite a retrospectivas.

Deixo a xícara afastada e pego os papeis que havia deixado em cima da mesinha, organizando-os de acordo com a numeração das páginas, tudo milimetricamente disposto sobre a superfície para que a desordem não afete o meu externo, tanto quanto já me atrapalha internamente.

Abro a janela do aplicativo de videoconferência e entro na sala pré-existente, sabendo que nenhum dos idiotas teria coragem de chegar depois de mim.

— Vamos começar, o que vocês têm pra mim? — pergunto sem cumprimentos ou enrolações que me façam perder tempo, já basta que tenham me procurado antes que eu estivesse em posição de responder, agora não vou mais adiar o meu verdadeiro trabalho.

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora