Capítulo 22 || Cenários Indulgentes

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Hey hey hey. 

Obrigada a todos pela paciência. 

Bem, vamos lá, eu tento mesmo não jogar a fic pro lado erótico o tempo todo, mas cara, essa tensão deles me fodeeeee, e querendo ou não precisamos estudar o erotismo pra conseguir iniciar uma investigação, então está tudo meio embolado né. 

Enfim, peço desculpas aos que não se interessam tanto, pois o tema BDSM aqui será tratado com certo rigor e consistência, então espero não soar repetitiva ou... ai, não sei, esse capítulo saiu assim e eu não sei se tá rapido demais, contudo, almejo o melhor. 

Boa leitura. 

[...]

Narrado por Kirishima Eijirou

Ainda me sinto incomodado com a tensão que instalamos no ambiente, mas sei que boa parte disso é culpa minha. Não imaginei que haveria tanta insistência de Katsuki, ele mal imagina que essa seria a chance perfeita para que fosse descoberto seu jogo mal pensado? A forma como ele corre atrás do assassino me diz que não é somente por ser um ótimo Delegado, há algo muito mais pessoal do que a vida de pessoas que ele não conhece, mas não tenho abertura alguma para questionar melhor.

Sua tensão é perceptível durante todo o almoço, minha escolha de palavras foi para testar sua reação, e a resposta de fato é muito esclarecedora. Fiquei mais aliviado por conseguir sua compreensão quanto ao conceito de limites, pois sua impulsividade consegue atropelar tudo quando se trata de uma missão.

Com a pouquíssima experiência, ele tem muito a rever, então não adianta projetar cenários que não sabe se cumprirá com tanta rapidez. As regras do clube são extensas, há muitos jogos e locais que seguem critérios extremamente rígidos, uma seleção de fetiches que podem até ser incomuns para muitos, tratados com naturalidade entre aqueles que podem pagar pelo luxo exclusivo.

Lidar com sua necessidade de planejar os passos é o mínimo que posso fazer, mas sua atenção ao aprender sobre o que realmente deve esperar, é o que espero em troca.

Quando terminamos de comer, Katsuki levanta e recolhe as louças para lavar, ignorando totalmente minha declaração sobre não ser necessário por agora. Não há nem algum xingamento em resposta, então sinto que pressionar não será correto. Deixo-o com a tarefa e volto ao escritório para verificar alguns e-mails enquanto dou o espaço que precisamos.

Lidar com essa vida de policial é mais estressante do que eu poderia aguentar, Katsuki deve ter visto e feito muita coisa para simplesmente se jogar sem hesitação, então, sinto que vou precisar segurar as rédeas um pouco mais. Como conhecedor do território hostil, sei melhor até onde podemos ir.

No momento, ainda não podemos ir a lugar algum.

Repasso algumas coisas com Tamaki pelo Teams para finalizar o assunto das demandas que precisam ser acompanhadas, notando que Bakugou finalmente me dispõe a honra de sua presença tensa, a expressão carrancuda enquanto cruza os braços. Ele se senta na cadeira à frente da mesa e não diz coisa alguma, aguardando que eu leve meu olhar à sua face.

Sei que não deveria estar cutucando a onça com vara curta, mas por curiosidade, começo a digitar cada vez mais devagar, estendendo o assunto com Amajiki para manter minha atenção na tela, vendo o quanto isso pode vir a afetar o Delegado impaciente. Ele respira devagar, olhando-me quase sem piscar, os braços apertando-se mais um sobre o outro.

Penso que ele vai mesmo se indispor para ter sua atenção devida no tempo que deseja, mas fico satisfeito quando não o vejo tentar abrir a boca para me chamar.

Depois de pelo menos dez minutos, até mesmo terminando de revisar dois e-mails internacionais, fecho as abas de todas as ferramentas na área de trabalho, bloqueando o computador e, só então, encarando os olhos vermelhos que se mantiveram sobre meu rosto o tempo inteiro.

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora