Hey hey!!!
Depois de um mês, vem ai a atualização.
Peço desculpas pela demora, a vida tem sido uma loucura rsrs
Sem mais delongas, acomodem-se para um capítulo cheio de turbulências e revelações bombásticas.
Há menção de coisas pesadinhas, mas é só mencionado, não vou entrar em detalhes pelo bem da sanidade de todos nós inclusive dos personagens.
É dolorido, mas é necessário.
Boa leitura!
[...]
Narrado por Bakugou Katsuki
A culpa ainda cozinha dentro de mim, mas eu não tenho nem tempo de ficar me lamuriando pelos erros, não quando vejo que Eijirou, pela primeira vez, está muito mais exaurido do que eu.
Já havia percebido algo de estranho em sua reação, o fato dele simplesmente não agir como se tivesse que proteger a si mesmo diante de uma clara agressão, como se ser enforcado enquanto dorme fosse parte de uma rotina familiar.
Presenciar seu distanciamento desde então tem sido uma experiência angustiante, pois comecei a enxergar uma parte de Eijirou que ele constantemente esconde, talvez por costume, ou apenas idiotice, tem sido meu foco descobrir isso antes que ele consiga recuperar totalmente o controle exímio que possui sobre essas coisas.
O passado dele é mais deturpado do que eu imaginava, e de certa maneira, me sinto culpado por não ter notado antes. Realmente, como ele mesmo admitiu, ele se esconde através da riqueza, dos luxos superficiais que podem mascarar tudo aos olhos de outrem.
Depois de me vestir e receber a comida, colocando-a sobre a mesa, tenho que ir até a cama para lembrar Eijirou de vestir algo além de uma toalha na cintura, optando pelo roupão que vejo de fácil acesso para entregá-lo e instruí-lo.
— Kirishima! — Acabo sendo mais exultante do que gostaria, assustando-o de algum torpor estranho que tem o tirado de órbita diversas vezes desde ontem. Isso faz meu sangue ferver e é uma grande missão aquietar os impulsos nervosos do meu ser, mas no papel em que me encontro, me forço a respirar fundo e agir com mais razão. — Toma, veste isso. Vamos comer.
Ele aceita o roupão e se levanta da cama sem nem pensar, deixando a toalha afrouxar e cair aos seus pés enquanto veste o tecido macio de cor branca. Algumas gotas que caem de seu cabelo ainda úmido deixam um rastro cor de rosa nas lapelas grossas, mas não é nisso que estou prestando atenção. Os atos automáticos, a expressão vazia... Kirishima realmente está distante, em algum lugar que eu pretendo buscá-lo o quanto antes.
Eijirou anda ao meu lado agarrando as bordas do roupão para mantê-lo fechado, protegido, talvez ele nem tenha notado isso, apenas caminhando para aceitar o lugar que eu ofereço ao puxar uma cadeira. Ele não olha para mim em momento algum, mas eu permaneço observando-o a cada instante, tentando mensurar o que o tem perturbado tanto, e por que diabos ele não me fala com autenticidade ao invés de apenas diminuir as coisas como se fossem fúteis.
Consigo notar em sua expressão o quão desconfortável está, não com a comida em si, porque sei que pedi exatamente o que lhe agrada, mas pela mera intenção de ter que comer. Eu sei que ele está com dor, nauseado, provavelmente ferido psicologicamente, mas não consegue externar e tornar isso uma prioridade, ele não sabe se colocar como primeiro, mesmo demonstrando a todo momento ser o melhor, o maior, o dominante.
Quase prendo a respiração quando vejo seu olhar recair sobre o livro na ponta da mesa, que eu havia retirado da mala para pegar minha camisa e calças de moletom. Eu estudei isso pela manhã inteira, e até agora, tem sido apenas um monte de metáforas e um enredo não linear sem sentido, capítulos que parecem ser conectados, mas fora de ordem, completamente bagunçados em uma linha temporal e dimensional.
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Accordo Di Vaniglia || KiriBaku
FanfictionBakugou Katsuki subiu ao posto de Delegado de Operações Especiais ainda muito novo, dedicando toda sua vida aos estudos e treinamentos, era conhecido por ser focado, estressado e completamente competente em tudo o que faz. Quando um assassinato com...