Capítulo 40 || Instáveis Recomeços

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Heey hey,

Gente... Eu vou tirar um tempinho pra responder os comentários depois de postar isso aqui, mas vamos lá. 

Eu pretendia ser mais rápida na resolução, mas como sou a rainha da enrolação, cá estamos com 9,2K de capítulo que não chegou onde eu pretendia de verdade. Vou deixar maiores esclarecimentos pro Katsuki no próximo, e também um possível spin off/bônus de casal secundário. 

No mais, devo dizer que há menção de suicídio, mas agora tudo está bem mais ameno. Há ansiedade pra todo lado, mas nada comparado ao anterior. 

Boa leitura, e nada temam, hoje é feriado, amanhã emenda, final de semana tá vindo, eu vou me esforçar por mais. 

[...]

Narrado por Kirishima Eijirou

Quando o vejo caído no chão do banheiro, não sou capaz de impedir meu ímpeto de chegar mais perto, praticamente gritando seu nome.

— Katsuki?! — chamo, aturdido, agachando-me no chão para segurar suas mãos, passando meus dedos por seus braços em busca de algum ferimento. Vejo que seus dedos estão inchados, alguns cortes nas palmas ainda sangram, mas nada de rasgos nos pulsos como eu esperava ver numa situação dessas.

Ele parece apático e entorpecido, mas ao sentir meus dedos chegando perto de seus bíceps, começa a me empurrar, inutilmente jogando minhas mãos para longe de si, atrapalhado e nada convicto.

— Vá embora... — ele sussurra, com a voz rouca demais, quase como se o esforço para usar suas cordas vocais fosse além do que é capaz no momento. Ele não abre os olhos, continua me empurrando, mas ao analisar o contexto ao redor dele, todas as conclusões que posso tirar são as piores possíveis.

Ele está com a mesma roupa de ontem, as calças folgadas sujas, tal como a camisa branca que está ficando encharcada pela água que escorre da pia. Comprimidos diversos das mais variadas cores se espalham ao nosso redor, misturando-se à água e ao vômito.

— Katsuki, o que você fez?! O que aconteceu?! — questiono em desespero, vendo o quão devagar ele se move, o quão fraco é seu aperto em meu antebraço. Ele tenta respirar fundo para me dizer qualquer coisa, mas nada acontece, ele apenas tosse e se inclina em minha direção, fazendo-me agir no automático ao abraçá-lo, ignorando completamente a ardência em minhas pernas por continuar de cócoras.

Ajoelho sobre o chão sujo, não me importando com minhas roupas ou qualquer outra coisa a não ser o loiro que se encolhe em meus braços. Ele agarra minha camisa, afundando seu rosto em meu pescoço.

— V-Vá embora... — ele suplica baixinho, fazendo todo o meu corpo arrepiar pela proximidade de sua voz barítona soando pelo meu pescoço, ainda que muito angustiada para o meu gosto. Seus dedos feridos ameaçam rasgar minha camisa, mas isso não me importa, a visão dos comprimidos espalhados pelo chão ainda me deixam em alerta para entender o que Bakugou estava tentando contra si mesmo.

— Katsuki, o que você tomou? O que é isso, o que você usou?! — pergunto, referindo-me aos frascos de remédios jogados pelo banheiro, sem tempo para ir conferir por mim mesmo. Seguro o rosto de Katsuki, afastando-o levemente para ter uma visão melhor de sua face. Ele está pálido, os olhos ainda fechados firmemente, o que não me diz se está com dor ou dopado de alguma maneira; seu corpo está mole, eu consigo manejar sua cabeça de um lado a outro para conferir cada centímetro, mas a falta de resistência ou resposta só aumenta minha agonia. — KATSUKI?!

Quando o chamo mais alto, ele repentinamente abre os olhos, e mesmo que eu quisesse isso desde o começo, não estava preparado para a quantidade de dor que haveria naquelas írises avermelhadas.

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora