Capítulo 42 || Comunicação Defasada

1.1K 118 110
                                    

Hey hey hey!

cara foi mal kkkkkkkk eu prometi o bônus, eu comecei o bônus, eu travei nele, então fui com o rabo entre as pernas escrever o capítulo. 

Eis aqui algo meio doido, sei lá? Confesso que brisei legal, mas eu tava querendo pegação, depois pesou na consciência com o trauma recente, ai botei isso no Kirishima e deu no que deu. 

Final com gostinho de arco íris, apreciem. 

Boa leitura! 

[...]

Narrado por Kirishima Eijirou

Quando Katsuki iniciou seu relato, eu esperava que houvesse algo relacionado ao amigo que havia cometido suicídio, mas jamais tive qualquer vislumbre do quão profundo esse fato poderia ser para ele, tendo vivenciado isso muitos anos atrás, com alguém tão importante.

Tal como falei abertamente, tudo isso só me faz ainda mais desejoso de tê-lo sob meus cuidados, para que todas essas feridas cicatrizem e jamais voltem a reabrir, mesmo que eu sozinho não seja o milagre, posso fornecer tudo que favoreça essa realidade, simplesmente porque quero ver ele além dos demônios que o intimidam, mais forte que eles, superior a todo e qualquer mal, ainda que seja proveniente de sua própria consciência.

Peço que ele confie em mim, pois por mais que nossa relação tenha se iniciado por meios não convencionais, por motivos que não nos agregam em profundidade, eu o quero, em todos os sentidos, e não pretendo continuar escondendo essa verdade enquanto finjo me envolver num teatrinho qualquer.

Desta vez, diferente das outras ocasiões onde estivemos confidenciando coisas tão delicadas, ele parece perdido, realmente desconfortável com sua vulnerabilidade, mas sem tentar escondê-la. Toda a irritação que eu consolidava por sua ausência se torna superficial quando vejo seu lábio tremendo e os olhos marejados pelas lágrimas que ele segurou até agora.

— Eu não quero mais ser um covarde... — Katsuki não me encara, seu rosto vira para o lado oposto e fico atordoado com seus dedos apertando os meus, talvez até inconscientemente. Ele se reveste de camadas rudimentares para demonstrar sempre sua força, mas o que vejo é o quão quebrado está, continuamente tentando provar o contrário para si mesmo. Bakugou está admitindo isso para mim, com suas próprias palavras, e só o que me resta é fazer com que ele saiba que não está sozinho.

Seguro sua mão mais forte, trazendo-a para o meu pescoço, deixando seus dedos exatamente onde ele pode sentir meu coração, não tão calmo quanto deveria, mas certamente menos agitado do que o seu nesse momento. Respiro fundo, e ele sequer percebe que me acompanha, piscando diversas vezes enquanto se acalma, para só então me olhar novamente, as pálpebras semicerradas e os lábios separados em busca de ar.

— Katsuki, você é simplesmente a pessoa mais forte que eu já conheci. — Não meço nenhum pouco as palavras, dizendo apenas o que eu penso, e que não me convenço do contrário nem se ele quiser tentar. — E que pretendo conhecer o quanto estiver disposto a me apresentar.

As írises vermelhas que me fitavam de soslaio se tornam ainda mais límpidas quando ele arregala os olhos, prendendo a respiração que estava se acalmando ao ponderar exatamente o que estou tentando lhe dizer.

— Kirishima, nós temos um trabalho a fazer... — O loiro tira sua mão de perto de mim mais rápido do que eu gostaria, suspirando ao olhar para o prato pela metade à sua frente. Fico chateado com sua recuada brusca, mas entendo que é preciso avançar com calma, acima de tudo.

— Sim, eu sei, nós temos um trabalho a fazer, um assassino pra condenar, mulheres pra salvar, eu sei! — declaro exasperado, não conseguindo ao menos conter o quanto toda essa enrolação me deixa frustrado quando nossas ações se tornam cada vez mais claras. — Mas eu não me interesso por isso, nunca me interessei! Eu só estou nessa porque é com você, eu não faria por mais ninguém.

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora