Capítulo 37 || Fim de Jogo (+18)

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hey hey hey

é hora é hora, é hora de brincar? 

Tá cedo né, mas eu sou dessas, então cá estou postando isso no trabalho, imagina a cara de quem pensa que eu to só trabalhando se soubesse...

Boa leitura! 

(conteúdo destinado a maiores de 18 anos, Delegado revelando-se um diabinho)

[...]

Narrado por Bakugou Katsuki

Nada disso saiu como eu tinha planejado, mas, acho que vai servir.

Kirishima parece muito surpreso com minha aceitação fácil para ir até sua casa — e ficar por lá —, e confesso que não era o rumo que eu pretendia tomar quando decidi sair com ele, mas também não tinha intenção de me abrir sobre certas coisas e foi exatamente o que fiz, recebendo argumentos válidos demais para ignorar.

Ele tem razão — o que me recuso a admitir em voz alta mais de uma vez essa noite —, eu tenho que lidar com as coisas sob mais paciência e menos pressa. Sei que minha equipe já ficou exausta trabalhando com tudo que temos até agora, não faz sentido me indispor com fatores que não estão sob meu controle ou sob meu alcance no momento.

Eu poderia ir para casa, mas sei que lá eu ficaria fadado a esta ansiedade sem limites, acabaria revisando os documentos do caso pela décima vez, frustrando-me por não achar nada, como nas nove vezes anteriores a esta, se eu ficar com Kirishima, posso ao menos continuar explorando as coisas que não conheço sobre o ambiente que enfrentarei, além de distrair minha mente com o falatório imparável do ruivo.

Não quero me envolver, pois sei que os riscos de estragar tudo com minha personalidade de merda são inimagináveis, porém, o que será de mim como profissional se eu não puder ao menos cumprir meu papel? Vou permitir que meus traumas e problemas afetem a incursão? Vou me render a essa inutilidade do meu ser para permitir que os criminosos saiam impunes?

Jamais. Se para ter sucesso, devo me reinventar, é exatamente o que farei.

O parque é realmente bonito, talvez a paisagem tenha me deixado mais pensativo, justo quando eu queria evitar pensar, e a presença de Kirishima me motivou a abrir o jogo, mesmo que fosse a última opção das que havia listado enquanto estávamos em seu apartamento.

— Então, você vai mesmo ficar essa noite? — ele pergunta quando me alcança em direção ao portão principal, por onde entramos, olhando-me com uma ansiedade notável.

Observo atentamente sua expressão entusiasmada — um pouco confusa e preocupada também —, medindo o quanto eu posso continuar a ter vantagem nessa interação toda.

— Você vai me dar algo em troca.

Sim, ele não vai escapar de mim, não quando eu finalmente decidi que preciso tirar minha atenção do trabalho para voltar a outra coisa.

Sorte — ou azar — dele por ser meu mais novo alvo.

Continuo tenso por estar absorvendo cada nuance da nossa recente conversa, mas me vejo também projetando o que posso fazer a seguir, visando atingir o objetivo que não sai da minha mente desde que passei a focar nele.

— E já tem algo em mente ou vai pensar até lá?

O questionamento ansioso e temeroso me faz sorrir, afinal, ele deve ter pensado que estou tentando extorqui-lo, ou aproveitando a chance para obter mais recursos de última geração, sem nem imaginar que suas palavras me trouxeram a outro patamar dessa estranha relação que estamos construindo.

A intimidade é algo que eu sempre tentei evitar, seja com quem for, mas se com ele não tenho escolha, então vamos subir mais alguns degraus, do meu jeito.

Accordo Di Vaniglia || KiriBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora