Você é incrivel

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— Não é sempre. – Caroline senta na cama – Mais fácil tirar o útero e o ovários que usar os hormônios que pode ter sequelas em tudo em mim.

— Com toda certeza os hormônios são controlados pra evitar riscos...

— Ainda sim tem riscos que não estou disposta a correr. Luan, não é de hoje que tenho esse problema, ainda não entendeu? – Caroline fala irritada – Já fui ao médico várias vezes, fiz exames, descobrir o que é e não tem muito o que fazer a não ser torcer pra dores pararem sem precisar de tratamento e sim, isso é possível. Sei dos hormônios e das possíveis sequelas, não vou correr o risco.

— Mas tirar o útero e o ovário significa que não pode ter filhos.

— É nessa brecha que vou embora. – Luciana fala pegando a xícara – Espero que isso passe logo, qualquer coisa me liga. Tchau, Luan.

— Tchau! – Luan fala olhando pra namora

— Não leva sério as patadas, faz parte da TPM. – Ela fala ao passar por ele

— Não devia vir, estou estressada e com raiva de tudo e todos.

— Não quer ser mãe? Por isso a Luh...

— Nunca pensei sobre isso, não é algo que passe na minha cabeça ou que deseje, mas isso pode mudar e por esse motivo que ainda tenho útero e ovário. – Caroline deita na cama – Sinto uma cachoeira de sangue saindo de mim, minha cabeça está doendo, estou enjoada e meu útero parece ser arrancando de mim. Diferente de ontem não quero carinho, mimos e você, quero ficar sozinha, estou com raiva, frustrada e sem esperança nenhuma. – ela o olha – Você é um amor, agradeço por se preocupar e por tentar ajudar, mas se ficar serei um porre com você sem ao menos notar, então por favor vá embora porque não quero ser babaca com meu bebê.

— Não vou a lugar nenhum, pode ser grossa, surtar, me mandar pro inferno ou ir tomar no cú, não ligo. Vou ficar aqui, quietinho e tentando ao máximo não te chatear. Quando casarmos não tem como fugir disso, então já vou treinando.

— É um idiota! – Luan ri

— Vou fazer um chá que a chumba disse que vai te ajudar com enjoos e dor de cabeça.

Luan ficou fazendo as coisas dele tentando não incomodar a Caroline, ele sempre ia ver se ela estava bem, se queria algo. Já ela passou praticamente o dia todo deitada, ou na cama, ou no chão.

— Não fica brava, - Luan fala ao entrar no quarto, Caroline o olha – por que deita de bruços no chão?

— O chão é gelado e ajuda um pouquinho.

— Ah! – ele sorri

— O que você quer?

— O que você quer, Lady?

— Você é tão amorzinho. – Luan ri – Estou falando sério, já passaram e não mudou seu jeito, até quando está cansado, bravo ou sem tempo... Ou estou assim.

— Só sou eu, quando tô nervoso prefiro afastar que tratar as pessoas mal, até quando brigamos tendo não ser um babaca, mas nem sempre será assim porque humanos são complexos.

— Entendo, evitarei toda briga que eu puder.

— Está melhor?

— Sim, faz duas horas que acordei e a cólica está fraquinha.

— Então vamos sair? Tem uma resenha que...

— Pode ir, amor.

— Quero ir com você.

My little ladyOnde histórias criam vida. Descubra agora