- ̗̀ Capítulo 2 ˎ'-

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- ̗̀ 𖥸 ˎ'-

       Não houve resposta alguma para o meu questionamento, ele não facilitaria as coisas para mim. O que mais me perturbava era que, até onde eu sabia, ele poderia ser um psicopata, fetichista ou um sádico. Ou pior, um psicopata fetichista sádico.
E ainda assim, a realidade é que se tornou insuportável ficar na presença dele e não imaginar aquele homem fodendo com força. E ficou pior após os acontecimentos do segundo mês.

- ̗̀ 𖥸 ˎ'-

       Eu não havia comido nada naquela noite, apenas para evitar jantar com ele outra vez, subi para o meu quarto e comecei a questionar se era aquilo mesmo que eu iria fazer pelo resto de minha vida caso permanecesse no Santuário. Tudo que eu mais queria era que ele fizesse algo a respeito, não sei, me mandasse embora ou me confrontasse, qualquer coisa era preferível a viver fugindo daquela maneira. Mas a verdade é que não conseguiria me afastar dele nem se quisesse muito, uma vez que meu quarto e o dele são praticamente um ao lado do outro, parede com parede eu diria. E sim, esse foi mais um de seus caprichos, uma vez que eu não poderia dormir junto com as outras mulheres de seu "harém" por ser um "caso especial", um tipo de experimento, nas palavras dele, ele queria me "domar".
E eu só descobri isso graças ao incidente que me arrancaria o sono por grande parte das noites seguintes.

       Eu mal tive tempo de ter um sonho sequer, fui arrancada de meu sono por um barulho insuportável. Descobri o que havia me acordado dez segundos depois de ter aberto os meus olhos.

— Ah! Porra! — Levei um susto imenso.

       Cheguei até a me sentar na cama. Olhei ao redor, meio desnorteada. Demorei alguns segundos para descobrir que os gemidos e os gritos não vinham do meu quarto. Ajoelhei-me na cama e coloquei os meus ouvidos na parede, logo após a cabeceira.

       — Ah, delícia!

       Opa! Eu conhecia aquela voz. Era o meu "marido" e eu quase podia visualizar o seu sorriso sacana enquanto falava aquilo.

       — Mais rápido, mais rápido. — Caralho?!

       A parede começou a vibrar muito. Até a minha cama foi meio que empurrada para trás. O barulho se tornou insuportável, mas mesmo assim não tirei os meus ouvidos da parede. A curiosidade falou mais alto, e pelos meus cálculos, aquele ruído grotesco era das pernas de madeira (ou de outro material, não sei) de uma cama em atrito com o chão. Isso sem contar com a cabeceira, que devia estar praticando luta livre contra a parede. Soltei um resfolego. Então aquele era o sexo do cara?! Não que eu esperasse algum tipo de romantismo vindo dele, mas, porra?!

       Os barulhos continuaram até que a mulher soltou um grito animalesco. Negan ainda gritou para que ela gozasse gostoso no pau dele, e só consegui imaginar como seria isso. Por Deus... Era demais para mim. Acho que aquela mulher não sairia viva daquela trepada. Bom, eu não sairia. Na verdade, achei que não sairia viva só de escutar.

       Pra ser sincera, depois de quinze minutos sem que aquela selvageria tivesse cessado, eu já estava de saco cheio.
Cada vez que fechava meus olhos eu era levada a imaginar as expressões dele, como era sentir o peso dele sobre o meu corpo, qual seria a sensação de seu toque? Como seria ouvir sua respiração ao pé do ouvido? Mal eu sabia que em breve minhas dúvidas seriam sanadas e novas seriam postas no lugar. Eu nunca o odiei tanto em toda minha vida, não importava o quanto o evitasse, jamais conseguiria arrancá-lo de meus pensamentos. Revirei de um lado a outro pelo menos umas cinquenta vezes até o cansaço me vencer. Com uma coberta e um travesseiro em mãos, eu levantei da cama e me pus a deitar em uma extremidade mais "segura" do quarto, no chão, longe de toda aquele luxurioso sussurro infernal. Dormi como uma princesa, uma princesa bem puta, diga-se de passagem.

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𝐕𝐚𝐝𝐢𝐚 𝐚𝐟𝐞𝐭𝐢𝐯𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora