- ̗̀ Capítulo 39ˎ'-

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       Começamos a correr perto de uma árvore que marquei, um pouco mais afastada do campo de treinamento, longe da vista de todos. No outro lado do campo, havia um salgueiro majestoso que serviria como linha de chegada. Se corrêssemos pela grama, ao redor da linha dos muros, a distância era exatamente de cinco quilômetros.

       Negan contou até cinco e partimos, os dois em um ritmo razoavelmente rápido, que não era a velocidade máxima ainda. Ao correr, senti os músculos entrando no ritmo do movimento e gradualmente aumentei a velocidade, forçando o corpo mais do que o normal naquele ponto do trecho. Negan corria ao meu lado, com os passos largos possibilitando que me acompanhasse com facilidade.

       Corremos em silêncio, sem conversar, e eu fiquei de olho em Negan pela visão periférica. Estávamos na metade do caminho e eu suava, respirando pesadamente, mas ele mal parecia fazer qualquer esforço. Ele estava em excelente forma. Seus músculos brilhavam com pequenas gotas de suor. Ele corria com passo fácil, do qual senti inveja, desejando ter pelo menos metade da força e da resistência óbvias dele.

       Ao entrarmos no último quilômetro, aumentei a velocidade, determinada a tentar derrotá-lo apesar da inutilidade óbvia do esforço. Eu já estava ofegante e a respiração dele ainda estava totalmente normal. Ele também acelerou e, não importava o quanto eu corria, não conseguia abrir distância entre nós.

       Quando chegamos a cem metros da árvore, o suor escorria pelo meu rosto e todos os músculos do corpo gritavam por oxigênio. Eu estava perto de desmoronar e sabia disso, mas fiz uma última tentativa desesperada para correr até a linha de chegada. E, quando eu estava prestes a encostar na árvore para ser a vencedora, a mão de Negan bateu nela um segundo antes da minha.

       Frustrada, virei o corpo e vi-me com as costas contra a árvore e Negan inclinado sobre mim.

       ― Peguei você ― disse ele com os olhos brilhando. Percebi que ele respirava quase normalmente.

       Arquejando, eu o empurrei, mas ele não recuou. Em vez disso, ele chegou mais perto e colocou o joelho entre minhas coxas. Ao mesmo tempo, suas mãos seguraram a parte de trás dos meus joelhos, erguendo-me contra ele com as pernas bem abertas. A ereção dele pressionou minha pélvis.

       Pelo jeito, a corrida o deixara excitado.

       Respirando pesadamente, eu o encarei, colocando as mãos em seus ombros. Eu mal conseguia ficar de pé e ele queria trepar?

      A resposta era obviamente sim, pois ele me colocou no chão por um segundo, puxou meu shorts e a calcinha para baixo, e abriu sua bermuda. Eu cambaleei, pois as pernas tremiam. Não acreditava que aquilo estava acontecendo.

       Quem trepava depois de uma corrida?

      Só o que eu queria fazer era deitar e beber um galão de água. Mas Negan tinha outras ideias.

      Ele me ergueu do chão de novo e manteve minhas costas contra a árvore, cruzei meus tornozelos ao redor dele e agarrei seu pescoço o mais forte que consegui para me manter firme. A posição me ajudou a recuperar um pouco o fôlego e respirei aliviada. Minha cabeça girava por causa do calor e da corrida, e torci para não acabar desmaiando. Tonta e trêmula, esperei a investida que nos uniria. Meu sexo traidor já estava molhado e latejando de ansiedade. A resposta do meu corpo a Negan era insana e ridícula, considerando meu estado físico geral.

      Um braço forte passou sob meus quadris, segurando-me no lugar, até ele finalmente se encaixar em mim.

      Ele tirou meus cabelos encharcados de suor do meu rosto e inclinou-se para beijar meu pescoço, deixando um rastro quente e úmido em minha pele.

      ― Sabe de uma coisa? ― sussurrou ele. ― Você é linda quando corre. Estive esperando para fazer isso desde o primeiro quilômetro. ― Ao terminar de falar, ele investiu com força, preenchendo-me completamente.

      Eu gritei, contraindo as mãos em seus ombros quando ele começou a investir repetidamente, segurando meus quadris. Meus sentidos se concentraram apenas naquilo, nos movimentos rítmicos do quadril dele se socando contra mim, na combinação de prazer e dor da posse. Eu me senti como se estivesse queimando por dentro, com uma onda violenta de calor e excitação. A pressão dentro de mim era demais, insuportável, tentei abafar um grito pressionando minha boca contra seu ombro quando o corpo inteiro explodiu em um orgasmo intenso. O êxtase me atingiu com tanta força que literalmente desmaiei.

      Quando recobrei a consciência, eu estava no colo de Negan. Ele estava sentado com as costas contra o salgueiro, dando-me pequenos goles de água para evitar que eu engasgasse.

      ― Você está bem, querida? ― perguntou ele, olhando para mim com o que parecia preocupação genuína no rosto bonito.

      ― Ahm, sim. ― Eu ainda sentia a garganta seca, mas estava sentindo-me muito melhor. E um tanto constrangida por ter desmaiado.

      ― Não me dei conta de que você estava tão desidratada ― disse ele com a testa franzida. ― Por que se esforçou tanto?

       Nem eu mesma tinha me dado conta do quão desidratada e sedentária eu estava.

      Desidratada, sedentária e fodida.

      Literalmente (!!!).

      ― Porque eu queria ganhar ― admiti, fechando os olhos e inalando o cheiro da pele dele, que era uma combinação estranhamente atraente de sexo e suor.

      Ele revirou os olhos e sorriu levemente.

      ― Tome, beba mais um pouco de água ― disse ele.

      Abri os olhos novamente, bebendo obedientemente quando ele colocou uma garrafa contra meus lábios.

     Depois de alguns minutos e de uma garrafa inteira de água, eu me senti bem o suficiente para começar a caminhar de volta. Mas Negan não me deixou andar. Em vez disso, assim que fiquei de pé, ele me ergueu nos braços com tanta facilidade como se eu fosse uma boneca.

      ― Segure-se no meu pescoço ― disse ele. Passei os braços em volta dele, deixando que me carregasse de volta para casa.

𝐕𝐚𝐝𝐢𝐚 𝐚𝐟𝐞𝐭𝐢𝐯𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora