- ̗̀ Capítulo 17 ˎ'-

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- ̗̀ 𖥸 ˎ'-

Negan

       Finalmente livre, fui em direção ao meu quarto, eu precisava de um banho e depois conversaria com Belle.
Foi um alívio e uma dor quando a água quente tocou minha pele, meus músculos se relaxaram aos poucos mas a dor ainda estava lá. Precisei me controlar ao máximo para não usar as mãos enquanto pensava em Belle, não seria necessário, em pouquíssimo tempo ela seria punida e eu faria questão de descontar todos os atrasados.
       Para minha total surpresa, assim que terminei de me vestir, Belle adentrou meu quarto sem aviso. Não entendi sua expressão, era um misto de chateação e algo que eu não sei descrever com exatidão. Nos cumprimentamos e eu dei uma boa olhada nela. Belle estava usando um kimono da Victoria Secrets, o tecido de cetim rosado era leve e possuía um brilho magnífico em contraste com o tom de sua pele. A ponta dos seios estavam levemente aparentes, seus cabelos estavam molhados e o cheiro de lavanda que emanava dela inundou todo o quarto numa onda adocicada.

       — Já falou com Kara? — perguntou ela, sua voz estava suave mas de um modo suspeito.

       — Já sim. — Me aproximei dela lentamente, ansioso por desamarrar o cinto em volta de sua cintura, uma espécie de fita que mantinha o kimono fechado.

       — Acho que ela não gosta muito de mim. — Disse ela, empurrando uma mecha de cabelo para trás da orelha de modo inocente.

      — Não se sinta mal por isso. Kara não gosta de muita gente, não ache que é exclusividade sua. — Eu digo e ela sorri. — Mas não quero falar sobre Kara, que tal mudarmos de assunto?

       — Hum... — Belle resmungou e se afastou quando cheguei próximo dela.

       Por um breve instante eu não entendi o que estava acontecendo, Belle iniciou uma espécie de excursão pelo meu quarto, mantinha uma postura austera e bastante investigativa. Ela observava os itens em cima da minha mesa de cabeceira quando finalmente quebra o silêncio conspiratório:

       — Está lendo A arte da guerra? — Ela perguntou. Enquanto observava o livro de bolso, cujo as orelhas destruíam lentamente cada página, porque eu não conseguia avançar a leitura.

       Mas antes que pudesse responder ou apenas gesticular uma única frase simples sou confrontado com um:

       —  Insuportavelmente clichê.

       Algo incomodava Belle, e não era a minha suposta previsibilidade. Até que finalmente a minha ficha cai e eu não consigo evitar um sorriso de orelha a orelha.

       — Por que está tão emburradinha, Belle? - Eu a provoco.

       — Quem está emburrada aqui? — Era exatamente o que uma mulher emburrada diria.

       — Não vá me dizer que está com ci...

       —  Se acha que estou com ciúmes de você, acorda. — Belle me interrompeu. — Vim aqui por outro motivo.

       Sentei na beirada da cama enquanto fazia gestos circulares com a destra para que ela prosseguisse.

       — Queria ver como você estava. - Sua voz emana uma preocupação incomum.

       Estava incrédulo com o que acabara de ouvir, esperava tudo dela, menos aquele tom de preocupação. Na verdade, sempre que estava com ela não sabia o que esperar. Ela me dava sinais confusos o tempo todo, mal sabia reconhecer quando ela estava com tesão ou só estava prestes a me dar uma surra. Mesmo já conhecendo bem essa estranha sensação, ainda me deixava inquieto e intrigado.

       — Eu desisto de tentar te entender, vou ficar maluco se insistir nessa insanidade.

       Ela ficou pensativa por alguns instantes, abaixou o olhar mas logo em seguida retomou sua postura oblíqua:

       — Eu te deixo confuso? — Ela sorriu de um jeito manhoso e dissimulado.

      — Muito. — Assumo, travo o maxilar quando percebo que os dedos dela brincavam discretamente com a fita de cetim que mantinha o kimono preso ao seu corpo, enquanto ela se aproximava lentamente de mim.

       — Não se preocupe, não é exclusividade sua. — Assim que ela terminou a frase, tratou de me empurrar na cama e montar em cima de mim. — Mas acho que preciso mesmo esclarecer umas coisinhas pra você.

       Uma coisa levou a outra, quando dei por mim, ela estava completamente nua e eu estava amarrando as duas mãos dela nas grades de cabeceira da cama, mantendo-as juntas com a fita de cetim de seu kimono, que agora, se encontrava em algum lugar do chão.

       Era um nó elaborado, que aprendi com anos de prática, quanto mais ela tentasse se soltar mais presa ficaria. Ela rolou até ficar de bruços, se apoiou nos joelhos, empinou o quadril e virou a cabeça esperando mais instruções.

       — É assim que você gosta, não é? — Disse ela ofegante.

       Puta merda, a obediência dela despertou o pior em mim. A posição que ela estava expunha a boceta e exibia o traseiro de forma maravilhosa. Senti um latejar no pênis que me fazia querer devorá-la, reclamar cada centímetro do seu corpo. Retirei as minhas roupas e observei Belle me fitar com desejo enquanto se ajeitava na cama afastando lentamente os joelhos e ficando completamente exposta para mim, quando subi na cama e inclinei-me sobre a carne macia. Ignorando o pênis que estava rígido ao ponto da dor, comecei com beijos leves na parte interna da coxa, subindo até onde queria: na sua boceta espetacularmente molhada.
       Eu a explorei com os dedos antes de fechar os lábios sobre a área e chupar suavemente a área em volta do clitóris. Ela estremeceu deixando alguns gemidos escaparem de seus lábios, enquanto eu trabalhava com a língua sobre o feixe de nervos de seu sexo. Belle começou a tremer, suas coxas vibraram com tensão, ela gozou em um grito erguendo os quadris e esfregando a boceta contra minha língua. Eu sorri.   
       Chupei e a lambi até que o orgasmo terminasse. Quando Belle estava completamente relaxada, respirando pesadamente, posicionei-me sobre ela e beijei sua orelha delicada.

       — Diga, a quem você pertence, querida? Quero que diga — Ordenei enquanto beijava seu pescoço, mordiscando pontos específicos que a faziam ficar trêmula.

       Ela deu uma risadinha cruel.

       — Não sou sua! Mas permito que finja que sou, apenas por hoje — sussurrou ela.

       Eu sorri da forma como ela se mantinha atrevida, mesmo amarrada e naquela situação, ela ainda era destemida o suficiente para testar meus limites.

       — Resposta errada. -, Tenho sido bonzinho demais com você, senhorita. Espero que goste que eu a trate da mesma forma como você me trata.

O ódio em seu rosto era impagável.

𝐕𝐚𝐝𝐢𝐚 𝐚𝐟𝐞𝐭𝐢𝐯𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora