CAPITULO 55

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[QUINZE DIAS DEPOIS]

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[QUINZE DIAS DEPOIS]

Havia se passado quinze dias desde aquele trágico dia. Eu tento esquecê-lo, mas os jornais, revistas e as redes sociais me fazem lembrar com constância do dia em que eu quase matei o amor da minha vida.
Ainda estou me recuperando. Agora em casa. Mas Camila ainda se encontra em coma. O que vem acabando comigo. - Segundo o boletim médico de hoje, o edema em seu cérebro vem diminuindo, mas ainda requer um certo cuidado. Camila deu entrada no hospital com hipotermia, no decorrer dos dias, descobriram um quadro de pneumonia que se agravou com as perfurações causadas em seu pulmão. Enquanto seu pulmão se recupera, Camila respira através do ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea).

 Enquanto seu pulmão se recupera, Camila respira através do ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea)

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Eu a visito todos os dias, e confesso, não tem sido nada fácil vê-la nesse estado. Tem dias que eu me sinto um nada, por saber que ela se encontra nesse estado por minha causa.

E não adianta vim com a história de que: "foi uma fatalidade!", "você não tem culpa", "Estava escuro!" E tantas outras coisas que já falaram...

Eu tive culpa sim! Eu a tirei da segurança da minha casa, deixei que ela saísse daquela forma e não fui atrás dela. Estranhei a sua demora em avisar sobre a sua chegada, mas ignorei. E ignorei novamente quando eu liguei no hotel horas antes do acidente. Se eu tivesse ido atrás dela, ou tivesse saído para procurar por ela mais cedo, teria evitado tudo isso!

O que tem me suportado, é a presença do meu filho! Já que, desde que soube sobre o acidente da Camila, Nicholas veio às pressas para visitá-la. A sorte dele, é que eu estou machucado, senão, eu teria arrebentado a cara daquele desgraçado.

Quando soubemos da presença dele no hospital, emitimos um alerta vermelho para a polícia federal e ele foi preso. Está sob custódia na delegacia de imigração. Peixoto, advogado da Camila, tem cuidado do caso e da extradição dele. Assim como vem correndo com a papelada para que seja feita a anulação da certidão de nascimento do Benjamin com o reconhecimento de paternidade de Nicholas.

O DNA já foi feito, e foi constatado que Benjamin tem 99,999% de chances de ser meu filho. Com isso, o Juízo permitiu que enquanto Camila estiver em recuperação hospitalar, Benjamin fica comigo.

Eu ainda não o trouxe para ver a mãe dele. Não quero que ele a veja intubada, tenho pedido a Deus que ela saia logo da intubação, para que eu possa trazer o nosso filho para vê-la. Pois ele me pede isso todos os dias.

Camila estava certa, eu e Benjamin, somos muito parecidos, não somente na aparência, mas em tudo! Nos demos bem desde o primeiro segundo que nos encontramos.

[Flashback On]

- Oi...
- Oi! Eu conheço você! Já te vi na minha televisão.
- É? E você gosta de mim?
- Sim. Quando eu crescer, quero ser igual a você!
- Que maneiro. Eu fico muito feliz!
- Você sabe por que eu tenho que ficar sentado aqui?
- Eu posso te contar uma história?
- É de super-herói?
- É a história do Super Benjamin!
- Meu nome!
- É? Então acho que vai gostar.
- Conta, por favor. - Juntou as mãozinhas e fez biquinho.
- Era uma vez, uma princesa tão linda... Ela encantava a todos do reino onde ela morava. Mas essa princesa, ela era bem brava!
- Qual o nome da princesa? Minha mãe as vezes é brava. Ela pode chamar Camila?
- Olha, essa princesa tem o mesmo nome da sua mãe.
- Oba! Então continua!
- Então... A princesa, ela era muito brava e não gostava de nenhum príncipe do reino. Por isso, ela viajou para outro reino, tão, tão distante daquele onde ela morava. Até que um dia, o Rei do outro reino, a trouxe para o baile da corte de seu Reino natal. E mesmo ela não gostando muito, ela veio. A Princesa Camila, conheceu o Cavaleiro Real Sir Santana e se apaixonaram. Mas a princesa, ela nunca tinha vivido um amor, e tinha medo de se machucar. Então, ela fugiu, deixando o rei e o belo cavaleiro para trás.
- Poxa! Não gostei de a princesa ter fugido. -Ele cruzou os braços.
- Ninguém gostou, mas a princesa era muito fujona! Não parava em lugar nenhum. Continuando... O rei, precisou lutar uma batalha muito grande e foi atacado por um inimigo e acabou morrendo, deixando a princesa sozinha... Quando ela ficou sabendo, ela ficou muito triste, sofreu muito... O cavaleiro, cuidou dela, mas ela ainda tinha medo de amar o cavaleiro, então, novamente ela fugiu. Ela fugiu tanto, tanto, tanto que esqueceu o caminho de volta do reino. E um dia, a princesa Camila descobriu que ela estava esperando um filho do cavaleiro Sir Santana. E quando o pequeno Benjamin nasceu, a princesa Camila ficou com medo de voltar para o reino, e não ser aceita. Então, ela continuou no vilarejo, longe do grande reino. Até que ela conheceu um jovem rapaz, um comerciante do pequeno vilarejo. O Senhor Woodsen.
- É assim que chamam o meu pai. - Confesso que me deu um aperto no coração quando eu o ouvi dizer isso.
- Então, a bela princesa Camila, conheceu o Senhor Woodsen, que a convidou para tomar um sorvete, e ela aceitou. Eles tomaram um monte de sorvetes, todos os dias! Aí um dia, o Senhor Woodsen pediu a princesa Camila em casamento, e ela aceitou. Como o filho da princesa era muito pequeno ainda, ele cresceu conhecendo o senhor Woodsen como pai. Mas a verdade, é que o pai do Benjamin, era o Cavaleiro do Reino, o Sir Santana.
- Legal! Ele tem dois pais agora! Mas espera aí... Porque você contou essa história com o nome da minha mãe, do meu pai, o meu nome e o seu. E ainda falou que o rei morreu. O rei era o pai da princesa. E a minha mãe não tem mais pai. Que é o meu vovô. Porque ele morreu também.
- Ben, eu te contei essa história, porque foi o jeito mais divertido que eu encontrei de dizer para você, que eu sou seu pai...
- Sério? Eu sempre quis ter um pai legal assim como você!
- Tá vendo! Agora você tem dois pais!
- Não quero dois. Quero só um. Posso ficar só com você? O Meu outro pai, era uma mala! E ele brigava com a minha mãe e fazia ela chorar. E as vezes ele também era chato comigo! E ele dizia pra mim que não era meu pai de verdade. - Deu de ombros.
- Então filhão. Posso te chamar assim? - Perguntei enquanto o pegava no colo.
- Podeeeee!
- Então filhão, eu serei seu único pai! O mais legal, o mais incrível, e o mais carinhoso pai do mundo inteiro!
- EBAAAAAAAAA!!!

[Flashback off]

[UMA SEMANA DEPOIS]

- Boa Tarde Luan, tudo bem? - Peixoto chegou em minha casa. Eu estava na sala vendo desenho com Benjamin, que estava com a cabeça deitado em meu colo.
- Tudo bom, Doutor, sente-se. Fique à vontade.
- Tudo bom Benjamin? Está se divertindo muito aqui? - Ele perguntou ao garoto.
- Muito! É bem legal aqui. O vovô e a vovó são muito legal, e a tia "Buna" é "engaçada"
- E o seu pai, como ele é?
- O melhor pai do mundo! - Ele respondeu pulando em meu pescoço. Eu nem brigo, eu deixo.
- Ah, que bom! Sr Luan, eu trago excelentes notícias. Com o depoimento de vocês, da Kamala, e da Diretora da escola do Benjamin em Madrid, junto com o boletim de ocorrência que Stacy emitiu sob sigilo, juntamos provas o suficiente para uma extradição e uma condenação do Sr. Nicholas Van der Woodsen. Porém, ele será extraditado para os Estados Unidos, e corre o risco de ser condenado a pena de morte. Já que nos Estados Unidos, sequestro é considerado um crime hediondo, ainda tem os agravantes em relação da vítima ser menor e incapaz de se defender, ter idade inferior a 12 anos, o réu ter realizado chantagem de cunho sexual a uma mulher, sendo ela mãe da vítima, e o mais grave, ele ter feito uma ameaça de morte ao menor em questão.
- Tá. O que você quer que eu faça?
- Não há o que fazer Senhor Luan. Apenas aguardar a decisão da justiça americana.
- Isso será feito assim que ele for extraditado?
- Não. Eles irão esperar o prazo de 12 meses, para que a principal testemunha do caso se recupere. Caso ela não esteja em condições de depor, eles encerrarão o caso e ele vai para o corredor da morte.
- Camila é a testemunha-chave né?
- Sim.
- E sobre a guarda do Benjamin, o menino precisa ir para a escola.
- Já solicitei uma guarda compartilhada entre você e Camila. Assim que eu tiver uma resposta do juiz, eu te aviso.
- Então agiliza aí, que esse menino aqui, precisa ir para a escola. Né Benjamin?
- Sim, papai!

...

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