CAPITULO 60

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- Aaaaaaaaaaaaaaaaah! - Coloquei meus braços em frente ao rosto para tentar me livrar

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- Aaaaaaaaaaaaaaaaah! - Coloquei meus braços em frente ao rosto para tentar me livrar. Tarde demais, senti-me sendo lançada para longe. Apenas chamei pelo meu filho, antes de perder minha consciência.

Não sei quanto tempo permaneci desacordada, tentei me mexer mais eu sentia muita dor, muito frio. Olhei para o lado e vi alguns policiais, um carro com o vidro do painel quebrado e muito sangue.

- Meu filho, cadê meu filho? Benjamin, Benjamin.
- Moça. Se acalme! O resgate já está chegando.
- O que aconteceu? Ai... Eu sinto muita dor. Muito frio! Me ajuda! - De repente eu comecei a ficar confusa, minha vista escurecer e eu perdi o controle sobre o meu corpo. Sentia ele tremer de forma involuntária, forçava meus músculos para que eles parassem, aquilo me causava muita dor. Mas era mais forte que eu. Só fechei meus olhos e me entreguei... Não tinha mais forças para lutar.

Um choque percorreu por todo o meu corpo, abri meus olhos e puxei o fôlego com desespero. Pensei que eu havia morrido naquele instante, mas não. Ainda estou vida..., Mas a minha dor é tanta que eu não consigo falar, nem me mexer. Me falta o ar. Tenho sede também. E fome. E frio... Deus, o que está acontecendo?

...

Escuto o barulho de uma sirene de bombeiro, logo em seguida uma outra. Vejo pessoas vindo em minha direção e outras indo em direção ao carro. Enquanto eles me socorrem, observo a outra equipe fazendo o mesmo com o motorista do carro. Me parece um rapaz jovem. Espero que ele não tenha sofrido nada grave, não vou me perdoar se acontecer algo com ele.

...

- Informações sobre a vítima? - Escutava os paramédicos conversando.
- Camila Bittencourt, 29 anos. Atropelada, duas fraturas expostas no braço. Hipotérmica, sofreu uma convulsão seguida de uma parada cardiorrespiratória no local. Sinais vitais moderados, saturação moderada, pressão bastante alta.
- A pressão alta é devida as dores, ela está com duas fraturas expostas... Continua monitorando.
- Camila, você consegue falar?
- S-sim. -Respondi com dificuldade.
- Camila, a gente já está chegando no hospital. Aguenta só mais um pouquinho a dor, que logo vai passar. Fica aqui comigo. Não feche os olhos, está bem.
- Apertei a mão dela e balancei a cabeça uma forma de sim.

...

Chegamos no hospital e eles me retiraram de dentro da viatura de resgate, assim que o carrinho parou na porta da emergência, observei que uma outra equipe trazia o rapaz que me atropelou. Fiquei olhando, queria dizer que estava tudo bem!

Mas meu coração acelerou demais quando eu vi aqueles olhos me encarando, com o rosto ensanguentado... Era ele. Meu Deus! Não é possível. O pai do meu filho.

Luan estava ferido, por minha culpa. Eu o machuquei. Eu desejei que ele morresse, e agora ele estava morrendo! Que boca maldita eu tenho! - Luan estendeu sua mão, de certo para pegar a minha, mas desmaiou logo em seguida.

- LUAN! -Gritei seu nome, ao ver meu amor ali, desmaiado, na minha frente e eu sem poder fazer nada.

Fui tomada por uma sensação entranha. Como se a minha vida tivesse se esvaindo do meu corpo. Senti uma forte dor no peito, seguida de uma imensa falta de ar. As dores se expandiam por todo o meu corpo, até chegarem em minha cabeça, onde eu fechei meus olhos com força e segundo depois...

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