CAPITULO 18

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Depois de longas duas horas em um silêncio gritante dentro daquele carro, chegamos na chácara. Assim que Bruna e Bia viram o carro do Luan, se empolgaram, elas sabiam que eu viria com ele. Ele estacionou e eu desci sem esperar, abri a porta de trás e retirei as minhas coisas. Segui até a entrada da casa e parei para abraçar minhas amigas, estava morrendo de saudade delas. Bruna pegou minha mala, e me guiou até o andar de cima para que eu pudesse me acomodar.

- Vocês demoraram, o que aconteceu? - Bia perguntou curiosa.

- Prefiro não comentar sobre isso. - Suspirei confusa.

- NÃO! VOCÊS... NÃO! - Bia perguntou entusiasmada.

- Chega tá. Não quero falar sobre isso. - Meus olhos me denunciavam.

- O que aconteceu, amiga? Por que está com essa cara de choro? - Bruna perguntou, nos juntamos. Toda a empolgação, havia dado lugar a olhares preocupados das duas.

- Seu irmão é um cretino!

- O que ele fez?

- Nada... Na verdade eu sou uma completa cretina e imbecil.

- Não estou entendendo... - Bia disse. Parecia confusa.

- A gente... A gente transou, tá legal! E depois acabamos pegando no sono. Ou pelo menos eu peguei no sono. Quando eu acordei, ele estava me observando, aí eu disse assustada que meu pai chegaria a qualquer momento e ele respondeu que estava tudo certo. Tinha se certificado que meu pai ainda estava na " reunião" com o pai de vocês e um outro pessoal. Aí, eu sem querer, perguntei se ele tinha armado aquilo tudo pra poder ficar comigo. E ele se ofendeu. A gente meio que discutiu e eu pedi que ele me deixasse sozinha para me arrumar. Dei um chá de canseira nele...

- Bem-feito! - Bruna comemorou.

- Mas não foi só isso. Quando eu estava saindo do quarto, ele estava na porta do quarto, preocupado achando que tivesse acontecido alguma coisa comigo. E eu novamente o tratei mal. - Mais lágrimas caiam... - E a gente discute de novo. Já no carro, ele me disse coisas que mexeram comigo. E ele tem razão. Eu sou uma pessoa fria, amargurada! A gente nunca daria certo. Ele não está errado. Ele precisa ficar com a Jade. Ela é a pessoa certa para ele. Como ele mesmo me falou, ela é doce, carinhosa, meiga... Eu não sou nada disso! Sou o oposto do que ele procura em uma mulher. - Não me contive e me pus a chorar.

- Eu vou matar o meu irmão! - Bruna disse enquanto afagava meus cabelos.

- Não! Você não fará nada! Esse assunto está encerrado. - Disse limpando meu rosto. - Eu vim para aproveitar as minhas amigas. E amanhã é véspera de Natal. Temos muito o que aproveitar durante o dia. E à noite, eu tenho uma surpresa para vocês duas!

- Tô tão ansiosa! - Bia bateu palma.

- Bia, seus pais deixaram você veio ficar com a gente de boa?

- De boa não. Eles relutam bastante. Mas eu falei que depois das festas passaria uns dias com eles em São Paulo. Aí eles ficaram mais tranquilos.

- Eu também vou precisar estender a minha estadia aqui por mais 15 dias depois das festas.

- Por quê? - Bruna perguntou.

- Ordens do seu pai, amiga. Por causa do projeto que eu e seu irmão inventamos. Agora a equipe dele quer elaborar um concurso cultural. E meu pai exigiu que eu acompanhasse todo o processo de perto. Sendo assim, ficarei por mais 15 dias aqui, volto para New York e vou intercalando as reuniões entre lá e cá. Mas creio que não nos estenderemos muito. Uns 3 meses será o suficiente para que tudo esteja no esquema e já possa colocar o projeto no ar.

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