Eu fundei o clube de observação de pássaros na escola,claro que mesmo tendo alguns amigos eles não escolheram esse clube, então, é, só tem um garoto e eu,o nome dele é Stanley,ele tem a minha idade e é um gato,mas ele não descobriu isso ainda.
Porque ele entraria num clube desse? talvez ele goste de observar tanto quanto eu,porque eu posso falar sobre o assunto por horas,e ele me ouve atentamente,e depois até discutimos sobre.
-Stan,olha essa foto que fiz ontem!- Digo levando o envelope com a foto pra ele.
-Olha,Um pintassilgo americano, é quase impossível conseguir tirar foto de um pássaro migratório.- ele diz impressionado.
Eu chego mais perto do mesmo para ver a foto, encostando nossos quadris,ele se enrijece e vai relaxando aos poucos.
-O milagre não prova o impossível; serve, apenas, como confirmação do que é possível.- digo citando uma frase judaica famosa.
-Como você sabe que sou judeu?- ele pergunta e eu aponto para o Quipá dele.
-Esse pequeno acessório,Quipá, não é?- digo pensativa.- meu avô era Judeu,me ensinou tudo oque sabia,ele morreu a uns três anos.- digo olhando para o chão.- Ele amava observar pássaros tanto quanto eu,ficávamos horas do lado de fora de casa fotografando.
-Sinto muito pela sua perda.-ele diz colocando sua mão sobre a minha.
-Obrigada Stan.- digo usando novamente seu apelido.
Eu me viro de frente pra ele, Colocando as palmas das mãos em seu rosto,eu o olho pedindo permissão,e ele assente com a cabeça,eu o beijo devagar até ele pegar o jeito,em alguns minutos estamos ofegantes e acabamos nós separando assim que ficamos sem ar.
-Nossa.- Ele diz de um jeito bobo.
-Foi muito bom.- Digo dando um pequeno sorriso enquanto me viro para guardar as fotos e a câmera.
-A gente... não tem nada não é?...- ele pergunta sem expectativas.
-a gente só se beijou uma vez, não vamos rotular,mas...eu gosto de você Stan.- digo piscando para ele.
-Eh, é melhor.- Ele diz dando um sorrisinho.
Eu acabo juntando minhas coisas e indo ao banheiro antes de ir embora, não tinha muitas pessoas por lá,o banheiro estava vazio.
Me observando no espelho um barulho repentino me assusta,a porta de uma das cabines do banheiro vai abrindo lentamente,a figura obscura de um palhaço assustador está parada, olhando faminta para mim, não ouço me mexer, travando no lugar, nenhum grito sai da garganta,a criatura se aproxima cada vez mais,com sua boca aumentando de tamanho.
-M-merda.- digo encarando a coisa.
-Voce está com medo Lizzie?!- O palhaço pergunta babando.- Não sou assustador o suficiente pra você?- ele duplica de tamanho.
A criatura agarra meu braço,muitos dentes rasgam meu braço, sugando meu sangue,eu grito sentindo a agonia,a porta do banheiro feminino se abre num estrondo.
-S-stanley,corre.- Digo chorando enquanto a criatura se vira lentamente para Stan.
-Seu braço...- Stan diz vendo o sangue pingar e travando.
-Tá tudo bem,corre!- Grito pegando com o braço sem ferimentos o lixo e jogando na cabeça dele.
A coisa me ignora e corre atrás de Stan,que está focado em achar um lugar pra se esconder,eu grito tentando chamar a atenção do monstro,mas ele nem mesmo sente minha presença,como se ele farejasse medo.
-Para!- Grito me jogando na frente de Stan que está incuralado no corredor de armários.
Fechamos os olhos desesperados,quando abrimos,a coisa sumiu,Stan olha pra meu braço,ainda ensanguentado e eu o acalmo, segurando sua mão.
-Mais que porra é essa?!- O garoto grita agitando os braços no ar.
-Fomos atacados,por uma coisa,e ela simplesmente sumiu!- Stanley diz surtando.
-Deve ter uma explicação plausível pra isso.- Digo levantando enquanto Stanley amarra seu casaco em meu braço, estancando o sangue.
-Temos que te levar pro hospital, urgente!- Stanley diz me puxando pra bike dele.
Recebi pontos,suturas e injeções anti rábica,minha mãe acabou desesperada,eu tive que dizer que um cão raivoso me atacou na saída e que Stan e os amigos estavam de saída e me acharam.
Ele me apresentou os amigos,chamados de otários, Stanley, Richie,Ben,Mike,Beverly,Bill e Eddie, são legais,todos me trataram bem e me adicionaram aos otários rapidamente.
É legal Beverly não ser mais a única garota,precisamos de mais liderança feminina.
Estamos na garagem de Bill, conversando e nos divertindo,estou sentada ao lado de Stan,eu deposito beijinhos sobre seu rosto,ele sorri todo bobo.
-Ew, gente,que grude.- Richie diz fazendo careta.
-É tão fofo,Nunca vi o Stan assim.- Bev diz nos apoiando.
-É ciúmes, porque o Richard queria estar pegando o E...- Digo mas Richie tapa minha boca,eu a lambo em seguida.
-Nojenta!- Richie diz sacudindo as mãos e rindo.
-Nunca mais rele em mim.- Digo sorrindo ao mesmo.- Eddie, você deveria controlar seu namorado,ele é doido.- Digo piscando pra Eddie que fica corado.
-Voce deveria parar de constranger os meninos Lizzie.- Stan diz com uma voz suave.
-Me faça ficar calada Stan.- Digo sorrindo diabólicamente a ele.
-Arrumem um q-quarto vocês dois!- Bill começa a zuar também.
- vão se foder.- digo sorrindo.
Nossa amizade foi se intensificando,e nesses dias que se passaram a coisa nos assombrou,cara vez mais, até ficarmos esgotados,meus pais também estavam estranhos,desde que me conheço por gente eles brigam e discutem,mas agora,a casa tá o maior silêncio,eu estou trancando a porta do meu quarto muita das vezes.
Eu tenho um medo supremo,demônios,nunca fui de de ir a igrejas pela minha família ser atéia,mas esse medo me persegue desde criança,quando fantasmas e demônios me perseguiram em casa,e espero que nunca mais os veja,
Eu arrastei o machado que a gente levava na cabana de inverno pra debaixo da cama, estou me sentindo mais segura agora,ainda sim,tenho medo de algum jeito esse machado parar na minha cabeça.
O telefone do meu quarto toca uma vez,duas,e três vezes,eu atendo ansiosa,pois o telefone tocar de madrugada é meio suspeito.
-Lizzie?- A voz pergunta.
-Sim?...
-É o B-Bill.- Ele diz se identificando.
-Ah,oi, aconteceu alguma coisa?- pergunto preocupada.
-Eu acho que o S-Stan s-sumiu.- ele anúncia.
-Oque?! como? porque?!- pergunto totalmente confusa.
-Venha pra casa,a garagem está aberta,vou chamar os otários.- ele diz de um jeito seco.
-Tá.- digo concordando ao desligar.
Eu coloquei roupas confortáveis mas pensando em praticidade,peguei o machado e sai sem fazer barulho, descendo pelo telhado enquanto olhava pra ver se meus pais acordaram.
Correndo eu vou até a casa de Bill,que é alguns quarteirões de distância da minha,quando chego estou sem ar e nervosa,Bill está ansioso.
-S-Stan me ligou nervoso, só disse s-socorro e a ligação caiu.- Ele explica prós otários.
-Nós vamos atrás dele,a coisa mora na Nebolt,vamos até lá.- Digo criando coragem.
-Voce tá maluca? é suicídio!- Eddie diz surtando.
-Desculpa Eddie,mas eu sei que se fosse eu, você,ou qualquer um de nós,Stan arriscaria sua vida pra nos salvar.- Digo gritando.- Então mesmo que eu vá sozinha,pelo menos adimito que não sou um frangote igual você.- Digo com cara de nojo.
-Ela tem razão Eddie.- Mike diz se posicionando ao meu lado.
-É, nós vamos com ela.- Bev diz do nosso lado.
-N-Nós vamos.- Bill diz olhando para Richie e Eddie.
-Tá,vamos matar esse desgraçado.- Richie diz com um taco de baseball em mãos.
-Se eu morrer vou puxar o pé de vocês.- Eddie diz finalmente se juntando a gente.
Nós pedalamos até a Nebolt,agarrada ao machado eu olho para o céu da noite enquanto as lanternas iluminam a rua.
Entramos corajosamente na casa assombrada,um clima pesado e manifestações começaram enquanto caminhavamos cada vez mais fundo na casa, até a coisa aparecer, tentando nos separar.
Eddie e eu estamos na mesma sala, sussurando por Stan,que não faz quaisquer barulho,um demônio me assusta,o chão começa a desabar sobre nossos pés,eu consigo empurrar Eddie pra fora da sala enquanto eu caio no andar de baixo, batendo a cabeça no chão.
-L-Lizzie!- Stan diz soluçando.
-Stan!- Digo engatinhando até ele.
-Voce está bem?acabou de cair e...- Stan diz e eu o interrompo.
-Voce está bem?!- Pergunto procurando por qualquer ferimento.
-É uma armadilha,ele disse que não ia me machucar até trazer todos vocês aqui,ele vai matar a gente.- Stan diz com lágrimas no rosto.
-Não,esse filho da puta não vai matar ninguém hoje.- Digo levantando.- Aí,merda.- Digo passando a mão na cabeça e sentindo sangue escorrer.
-Tá tudo bem,foi pequeno.- Stan diz observando.
-vamos sair daqui.- Digo agarrando a mão dele e andando pelo que parece ser um canal de esgoto.
Em algum tempo conseguimos reunir todos juntos aqui em baixo,mas a coisa está tentando nos assustar,muito,com nossos piores medos,nos paralisando em vez de atacar, então,nós revezamos, enquanto Bev vê a figura de seu pai estranho eu o apunha-lo diretamente no peito,a coisa para,seu coração palpita muito rápido,ele recua.
-arranquem o coração!- Grito marchando em direção a coisa.
Mike joga a corda em volta da coisa,prendendo-o sem muitos movimentos, Richie,Eddie e Stanley não vão deixar o monstro fugir,eu,Mike,Bev e Bill estamos atacando.
- Palhaço de araque, você vai morrer!- Digo cortando a coisa.
- Está assustado Coisa?!- Bev bate no monstro com um pé de cabra.
- B-Bosta, você nunca mais vai matar ninguém.- Bill diz enfiando uma lança na coisa.
- Morre!- Mike atira.
A coisa vai diminuindo de tamanho cada vez mais,quando fica do tamanho de um bebê Bev arranca o coração dele,e esmaga,ele vira poeira,assim como a casa que começa a desabar.
-Corre gente!- Richie grita com todos nós atrás deles.
Bev fica presa enquanto alguns escombros caem,eu ajudo a desenterra-la enquanto destroços também caem sobre mim,algo pesado cai sobre meu braço e o sinto quebrar,uma dor grande me faz gritar de dor, puxando Bev pra fora eu Vejo o olhar de desespero dos meninos.
-Alguem tem que pôr de volta!- Digo olhando pra eles.
-O meu também.- Eddie diz com o braço também torto.
-Merda.- Digo respirando fundo e decidindo fazer sozinha.
Fazendo força o suficiente eu coloco o braço no lugar, assoviando de dor no processo, então ajudo Eddie,que fica bem.
-E-Ei, você tá bem?!- Stan vem até mim checando toda parte.
-Ei,se acalma,o pior já passou.- Digo dando um selinho no mesmo.
-Seria fofo se não fosse trágico.- Bev diz brincando.
Eu e Eddie vamos parar no Hospital mas o fim desse verão foi o melhor de todos os anos,eu tenho o namorado perfeito,teve muita pegação,ele me apresentou aos pais deles e vice versa,mas a melhor e mais inesquecível é hoje.
Deitados no telhado,cobertos por um fino cobertor e observando as estrelas,passamos a noite dizendo como um é importante para o outro,e os planos para o próximo verão, já que os otários vão se separar logo logo.
-Sabe,daqui um ano e meio praticamente vamos estar na faculdade.- Digo pensativa.
-E você já escolheu alguma?- ele pergunta.
-Harvard,Yale, Ivy League.- digo dando as opções.
-Bom,eu não tenho preferência,vou onde você for.- Ele diz dando um sorriso de canto enquanto digo.
-já pensou? dividindo uma casa,uma vida.- digo imaginando.
-parece perfeito...- ele diz me beijando.
(Notas da autora: estou sem muitas ideias mas já tem o próximo planejado,postei esse pq tava nas notas, obrigada pela leitura<3)
Capítulo não revisado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
imagines diversos.
FanfictionOnde S/n (nomeada pela autora de Elizabeth,ou Lizzie pros mais chegados,vive várias vidas e aventuras em diversos universos,cada uma de forma única.(talvez haja mais nomes pelas histórias hehe) imagines de filmes,seriados,livros,famosos e afins. ped...