Primeiro beijo

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O beijo acontecia sem problemas e sem eu esperar também, embora seja a minha primeira vez beijando, não tive vontade nenhuma de parar aquilo, me acostumei rapidamente. Depositei timidamente minhas duas mãos em sua camisa na altura de seu peitoral e consegui até mesmo sentir as batidas do seu coração, estavam mais normais que o meu que faltava sair pra fora de tanto nervosismo.
Suas mãos agora em minha cintura, sentia apertar levemente, enquanto sua língua passeava pela minha boca. Seu corpo praticamente colado no meu, se fazia visível a diferença de altura me fazendo ficar um pouco na ponta do pé e ele me puxando pela cintura para me levantar um pouco mais. Confesso que fiquei atônito, seu cheiro amadeirado ficava mais forte me deixando tonto mas era um aroma tão bom que a minha vontade era de deitar minha cabeça em seu ombro e deixar meu rosto bem colado ao seu pescoço.
Mordeu novamente meu lábio inferior o puxando pra si, parando o beijo que me tirou o ar por uns instantes, colou nossas testas soltando uma risada soprada fraca sem se afastar nem um centímetro. Uma de suas mãos foi até meu cabelo acariciando de leve e pondo pra trás para olhar meu olhos.

- Seus lábios tem gosto de morango. - Nessa hora, já corria vergonha por todas as veias e artérias meu corpo fiquei pior ainda ao ouvir dizer isso e lembrar que tinha passado um hidratante labial de sabor morango quando sai do banho.

- Porque fez isso? - resmunguei

- Você é cheio de porques... não se prenda muito e faça o que te der vontade.

- Então... fez isso só por diversão?

- Não é isso... Já tem um tempinho que quis sentir seu gosto, então só aproveite o momento.

- Retirou de mim... meu primeiro beijo...

- Eu dei a você o gosto de um beijo pra ver como é bom... agora pode dar quantos quiser. - falou ele com uma voz mais doce que de costume me fazendo arrepiar.

- Pra você deve ser muito fácil né... mas comigo é diferente ninguém vai querer me beijar... e-eu estava guardando pra algo mais especial e... - passei meus dedos sobre minha boca úmida mas ele segurou essa mesma mão me impedindo de fazer isso.

- Eu quero. Quero te beijar o tempo todo e disfrutar dos seus lábios carnudos quantas vezes eu quiser.

- ... - muito surpreso, fiquei sem palavras literalmente, nunca tinham dito isso pra mim.

- Posso te beijar mais uma vez ? - riu ele mais uma vez passando a mão em meus fios novamente.

- .... t-ta na hora de você ir pra casa. - virei o rosto encarando a porta, não que não tivesse gostado do beijo... o problema é que eu gostei, e sei que se continuasse ia avançar pra coisas piores, eu não estava preparado pra isso ainda.

- .. ok ok ... já to indo. Mas ainda vai ser meu amigo né?

- Que amigo beija o outro?? - me afastei o olhando.

- Odiou tanto assim meu beijo?

- C-claro... - menti, mas foi uma mentira necessária.

- Assim fere meus sentimentos bebê.

- Só... vai embora!!! Vai !!! - Eu o empurrei pela suas costas ate a porta, eu com meus míseros 1,68 empurrando um cara que com mais de 1,80 que mais pouco teria a altura do batente da porta. Parecia cena de desenho animado, fico sempre falando da altura porque eu me sinto um anão.

- To indo já. Não precisa me empurrar - riu ele mais alto e peguei minhas chaves com o chaveiro de bichinho, abrindo a porta.

- Pronto, obrigada pela carona. Agora tchau!

- Ei ... se for pra aula me chama, é perigoso ficar sozinho por aí e feliz aniversário bebê. - piscou ele de maneira bem cafajeste e saiu. Fechei a porta, a fechando com a chave, me encostando na mesma logo em seguida. Não conseguia acreditar no que aconteceu, levei a mão a meus próprios lábios, a sensação de ter a boca de outra pessoa na minha ainda se fazia presente junto com as borboletas no estômago que nunca tinha sentido antes em toda minha vida.

All my first timesOnde histórias criam vida. Descubra agora