CAPÍTULO 45

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Maria Fernanda

— De cara Nanda, é sério isso ? — balancei a cabeça confirmando pra a Cecília contei pra ela que tava grávida, hoje era quinta-feira e eu tava almoçando com a Cecília aqui em casa por que na terça não deu pra a gente se ver depois da minha crise.

— Vou fazer três meses — ela bate palmas animada.

— Gente que alegria, eu vou ser tia Jesus — Sorrio dela.

— Vai, tô tão feliz mesmo com muita coisa acontecendo e muitos problemas eu já amo tanto.

— Ah eu imagino, vou encher de roupinhas e brinquedinhos meu Deus, já escolheu o nome ?

— Eu tenho uma ideia se for menino ou menina mas ainda não tenho certeza — Ela concorda bebendo seu suco — agora me conta aí sobre tu e o Leleco — ela sorri mais ainda — Apaixonada em.

— Tô viu aí Nanda, jamais pensei nisso tudo, ele é homem como tu disse — sorri sem mostrar os dentes.

— Que bom que tu conseguiu se entregar mas e você como está com tudo isso, como se sente ?

— Bem sabe, acho que até não sinto tanta insegurança, quer dizer olha pra cá — ela aponta pro peito — nem estou usando meia pra fingir que tenho o outro seio, uso o sutiã mais disso pelo menos me livrei.

— É tão bom escutar isso de tu.

— Mas sabe isso não me tira a vontade de por uma prótese, mesmo que esteja me aceitando quero me ver com os dois seios novamente Nanda — pego na mão dela.

— Você tem certeza disso ?

— Tenho, ainda quero me ver assim.

— Cecília eu te dou essa prótese pode marcar a consulta — ela me olha com a testa franzida.

— O que ? De maneira alguma não estou pedindo isso pra você, jamais.

— Eu sei que não, mas eu quero ter dar Digão deixou uma boa vida pra mim e pra Allana.

— E que bom me desculpe mas era o mínimo que ele poderia ter feito — concordo com ela — Mas não quero que pague isso pra mim, tenho juntado dinheiro a anos pra isso e estou quase conseguindo chegar no valor completo.

— Eu posso ajudar viu.

— Sei sim e obrigada por isso mas é um sonho e eu tô quase conseguindo.

— Desejo tudo de bom pra você, que de tudo certo.

— Quando tiver eu vou ficar um nojo meu anjo — gargalho quando ela diz isso — isso se eu não andar sem nada por ai.

— Aí o Leleco pira — ela ri.

— Tô brincando mas eu tô pronta pra isso.

— Falta quando pra você conseguir ?

— Três mil, a cirurgia contando com sala, médico e tudo que vão usar sai uns vinte mil — abro a boca impressionada — desse jeito.

— Mas então tu já tem dezessete mil ? — ela acena — me deixa te dar esses três mil pô, eu tenho e quero te ajudar.

— Não precisa Nanda.

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora