CAPÍTULO 46

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Maria Fernanda 

Olhei pro relógio em meu pulso e ja estava dando quase dez horas da noite eu precisava ir para casa, Allana ainda estava na tia Márcia ainda.

Eu estava deitada na cama com o Léo, estava deitada em seu peito e ele dormia tranquilamente, isso depois da gente ter transado a tarde inteira viemos parar só as nove, ele conseguiu dormir mas eu ? minha mente não parou por nenhum momento. Olho pra cima fitando seu rosto disposta a fazer disso uma despedida, levanto devagar sem deixá-lo acordar, vou atrás da minha roupa vestindo rápido e logo, pego meus sapatos e abro a porta com eles na mão, dou uma última olhada nele, não sei se o que estou fazendo tá certo mas eu to pensando no meus filhos, encosto a porta e vou atrás da chave da casa que ele deixou na fechadura da porta, tiro só pra abrir o portão e saio da casa entrando no carro, coloco meus sapatos no banco do lado e saio de Jacarezinho voltando para Manguinhos na volta ainda choro, os hormônios não estão me deixado em paz, comecei a chorar ouvindo Jorge e Matheus por que foi uma das músicas que escutamos juntos no inicio de tudo.

Quando cheguei na frente da casa da minha tia calcei minha sandália e sai do carro, bati na porta e logo a ela atendeu.

— Oi tia, desculpa a demora.

— Tudo bem filha, está tudo bem?

— Está tive que ir resolver umas coisas — ela só acena e de cara vejo a Allana na sala.

— Oi mãe. 

— Oi filha — olho em volta procurando mu tio e a Júlia — meu tio e a Julia cade ? — sento do lado da Allana. 

— Foi na vendinha comprar um refrigerante pra a gente jantar, já jantou ? — nego e ela volta pra cozinha.

— Onde ce tava mãe ? — ela pergunta mexendo no celular.

— Resolvendo umas coisas — ela não pergunta mas nada e eu sinto meu celular vibrar pego o mesmo já imaginando que é.

Mulher onde tu foi ? tu não fez isso não 
21:36

Olho só pela barra de notificação e nem entro. 

Maria eu to indo atrás de tu pra entender o por que tu me largou aqui assim, tem que falar as coisas na minha cara
21:37

Ignoro não tenho cabeça pra isso agora.

A Júlia mais meu tio chega e nos jantamos e rapidinho fui pra casa, Júlia estava super estranha não só ela mais os três estavam mas deixo pra lá, preciso ainda conversar com a Allana sobre nosso futuro.

Quando chegamos em casa ela já foi subindo pro quarto.

— Allana espera ai — Ela desceu de novo — precisamos conversar — ela me olha atenta.

— O que foi ?

— Tem coisas acontecendo muito perigosas, coisas que envolve tráfico e eu tô querendo sair daqui.

— Como assim mãe ? A senhora quer sair dessa casa ?

— Não Allana sair de Manguinhos, sair do Rio de janeiro — ela arregalou os olhos.

— O que ? Por que ? Gosto tanto daqui mãe.

— Eu sei mais corremos perigo.

— Não, de novo não não quero viver fugindo outra vez — ela põe a mão na cabeça e senta no sofá sento do lado dela.

— Allana tenta entender.

— Como ? Tá acontecendo de novo foi assim que começou desde então não parei em um só lugar e quando me adapto em um lugar faço amizades vou me mudar outra vez ?

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora