Maria Fernanda
Não dormi a noite inteira, a ansiedade tava me sufocando, a ideia de que daqui a algumas horas vou estar longe daqui é surreal.
Mas tenho medo.
Medo por que não sei o que pode acontecer. Não tenho controle de nada, tudo isso me pertuba.
Léo...
Eu nem consigo acreditar que ele está vivo, que está aqui.
Meu Deus o tanto que pedi pra que fosse um pesadelo, que ele não estava morto mesmo.
Eu só o quero nos meus braços, quero beijá-lo e ficar com ele, quero mostrar pra ele o quão lindo o Davi é.
— Ei — estava sorrindo pra as paredes quando começam a balançar meus ombros — Fernanda — olho pro lado.
— O QUE — grito com Digão.
— Por que tá que nem tonta aí rindo pra parede.
— Não é da sua conta, que inferno — largo o copo na pia e sai da cozinha. Ele me pega pelo braço me puxando até ele — Me deixa...
— Olha, estou disposto a fazer isso dar certo, Allana vai viver sua vida, vou pagar faculdade pra ela fazer fora do Brasil e o Davi vai crescer igual um moleque normal.
— Não quero nada disso, quero que me deixa em paz.
— Não vai rolar, escuta ou você é minha ou não é de ninguém.
— Então prefiro ser de ninguém, fácil decisão.
— Ai você morre — engulo em seco mas logo lembro do Léo.
— Prefiro a morte — puxo meu braço e sai da frente dele o mais rápido possível.
Eu precisava ficar longe dele, se Neguinho quiser falar alguma coisa comigo ou chocolate não dá com ele por perto.
Aquele dia passou estranhamente bem, estava tudo muito calmo. Digão apareceu uma vez durante o dia apenas para dizer que jantariamos fora com uma "familia" pra enganar a cidade.
Eu só pensava se seria hoje que me livraria dele ou se não.
— Tá tudo bem mãe ? — Allana me perguntou calçando uma botinha preta.
— Está minha linda, por que não calça um tênis ? — falo pensando se precisarmos correr.
— Por que ?
— Acho que fica mais legal — ela olha pra bolinha e vê algum tênis.
— Tanto faz, eu nem queria ir, vou fazer ele se arrepender de ter inventado isso, a senhora vai ver.
— Para Allana, tenho medo do que ele pode fazer contra você — Ela respira fundo.
Nos não falamos mais, vesti uma blusa de frio no Davi e peguei ele no colo. A porta se abre e eu vejo Chocolate entrar, sorrio gigante e ando até ele.
— Ei, o que tá acontecendo ? — Cheguei na frente dele perguntando, ele olha donlado de fora antes de virar para mim e fechar a porta.
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Acaso Proibido
Fanfiction📍𝑀𝑎𝑛𝑔𝑢𝑖𝑛ℎ𝑜𝑠 - 𝑅𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝒥𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜 O proibido é sempre mais gostoso Maria sabe disse mais do que ninguém, mas será possível continuar esse romance que vale a vida do seu amado? É possível se esquecer de alguém que te faz se sentir t...