CAPÍTULO 61

2K 97 4
                                    

Leonardo

Sai de moto atordoado, minha cabeça estava pra explodir, eu não entedia por que chegamos a esse ponto, a ponto dela dizer que vai se separar.

Me destruiu ela me comparar com o infeliz do Digão mas é que tem acontecido tanta coisa, além de agora o Mello ter voltado a mandar homens mortos pra cá tem esse cara que tá muito quieto, ele vai aprontar alguma, Digão não vai deixar passar ileso pelo o que eu fiz e isso me preocupa não por mim, mas pela as meninas, ele sabe que a Allana tá aqui e sabe que a Maria está grávida, ele vai vir atrás delas.

Isso tudo ainda tem o x9 que tá me fudendo, ontem descobri que o desgraçado desviou 50 mil pra outra conta.

Roubou de mim. Tem que ser muito corajoso pra fazer uma porra dessa. Leleco tava presente com PH e quase que a gente sai na porrada por que falei que eles era uns imprestáveis.

É claro que não são mas eu tenho saído do controle, tá tudo fora do meu controle, ultimamente não consigo ter controle de nada.

E com isso tudo ainda me vem a Carla dizendo que esse tal de Samuel é meu filho.

Tirando ainda a situação da Allana e do Cobra que sinceramente prefiro nem comentar.

Eu tô pra pirar, não tô tendo paz, a Carla me atormenta, me liga, manda fotos do muleque, manda foto dela mesma pelada. Vadia, não desiste.

Sento na mesa de um bar longe lá de casa, peco uma cerveja e quando chega já começo a tomar.

Eu fico pensando no por que a Maria fez tal ato, é claro que eu entendi que ela foi ameaçada mas não seria mais fácil me contar, eu teria resolvido sem ela ter agido assim pelas minhas costas, mas eu perdoou ela, óbvio que perdoo, ela não tem nem que me pedir desculpas na verdade, eu sei que ela fez isso pra proteger quem ama. Mas eu perdi meu controle, sai da linha eu realmente peguei pesado com ela, eu me odeio neste momento pro fazê-la chorar.

Pego um finin e acendo, eu tenho me estressado tanto, e as coisas começaram a sair do meu controle e isso me irrita demais, odeio as coisas que as coisas não sejam como quero ou como espero que sejam.

Fico remoendo as coisas na minha cabeça e pensando nas mimha falas super brutas e ignorantes com a Maria, como pude me deixar ser assim com ela. Porra.

Quando olho a hora no celular vejo que já eram quase seis da manhã, o sol já começava a nascer, me levantei cambaleando.

— Aqui ó — coloco uma nota de cem na mesa e o garçon vem até mim.

— Precisa de ajuda? — ele fala me segurando quando quase caio pra trás.

— Não cara tá tudo certo — falo meio embolado.

Ando pra fora do bar caminhando de volta pra mimha casa, tropico algumas vezes e quase caio no chão mas uma mão me segura, sinto cheio de um perfume doce, olho pro lado e reconheço o rosto da Carla.

— Léo meu Deus, o que houve com você? — ela me ajuda a me manter em pé.

— Bebi só um pouquinho assim ó — mostro com o dedo polegar e indicador quase juntos.

— Ah eu vejo — ela passa a mão na minha cintura — por que se embebedou assim?

— Eu não sei eu só fiz — ela vai andando comigo me segurando quando eu quase caio, ela para na frente de um portão e eu olho pra cima — essa casa não é a minha casa.

— Na verdade é, só que você me emprestou ela — me empurrou pra dentro da casa, entrei vendo a sala.

— Não, eu vou pra minha casa — falo entrando no banheiro, estava apertado, abri as calças e comecei a mijar, bem na hora ela aparece na porta — ou sai vei — ela fica olhando pro meu pau e sorri.

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora