Acaso Proibido

Epílogo

Maria Fernanda

— DAVI ! — chamei ele pela milésima vez.

— Esse moleque tá é surdo é ? — Léo fala olhando o celular — Davi tá escutando tua mãe te chamar não ?

— Ou vocês não tem um pingo de paciência em, namoral — ele entra na cozinha bufando.

— O que eu falei hoje de manhã ? Pra levar o lixo não foi ?

— A Ananda com aquela bunda dela sentanda no sofá e vocês não falam nada né — ele já chega reclamando perto de mim — senhora tá tão linda hoje mãe — levanto uma sobrancelha e olho pra ele.

— Nem vem me pedir nada — ele bufa.

— Só uma saidinha, hoje é sexta mãe — olho pro Léo que estava atrás dele e ele finge que não escutou nada e começa a gravar um áudio.

— Você deu uma festa aqui em casa sem falar com nos dois, ta de castigo — ele fez uma careta.

— Mãe isso já faz um mês, namoralzinha vai — ele me abraça e beija minha bochecha — sabe que eu amo a senhora né.

— Fala com seu pai.

— Eu já falei e ele disse pra falar com você — coloco as mãos na cintura e olho pro Léo que me olha de solaio — Vai mãe — Nego com a cabeça e suspiro.

— Antes das duas da manhã quero você em casa — ele comemora e me abraça — Vai jogar o lixo anda — bato com o pano de prato na bunda dele e ele sai rindo, olho pro Léo que ri balançando a cabeça — você disse que não ia tirar ele do castigo antes de dois meses — falo e volto afazer meu suco detox.

— Não foi eu que tirei — reviro os olhos.

— Te odeio — ele se aproxima de mim me beijando.

— Eu também te amo — ele beija meu pescoço, o que já me deixa mole mole.

 — Ei o casal ai, eu vou sair hoje também — olhamos a Ananda entrando na cozinha junto com a Emanuelly.

— Manuuuu — falei e ela já sorri.

— Oi tia, oi tio — me aproximo dela e abraço ela.

— Como foi de viagem ? Cecília não me disse que ja tinham chegado.

— Meu pai teve que voltar.

— Ah bom — olho pra Ananda que cruzou os braços me olhando e eu sorri — Oi linda.

— Agora a senhora da atenção pra sua filha né, quando essa mocreia tá perto eu nem existo — abraço ela.

— Deixa de ser ciumenta.

— Já vai sair Ananda ? Não saiu ontem ? — Léo diz se aproximando — Eai Manu — ele da um beijo na cabeça das duas.

— Ontem não sai pra me divertir, fui fazer fotos — ele só balança a cabeça.

— Nada de baile — ele diz saindo da cozinha.

— Ah nem, o Davi vai e eu não posso ? — Ananda reclama.

— Eu sou mais velho coisinha — Davi entra na cozinha. 

— Se for pra baile é pra voltar as onze — Léo fala virando pra ela.

— O QUE ? mais por que pai, ah não.

— Ainda é de menor.

— Tá a gente pode negociar esse horário né — Ananda fala indo atrás dele quando ele sai da cozinha  — pai ! — olho pra Emanuelly.

— Cê vai com a Ananda pra esse baile ? — ela nega na hora — Por quê ?

— Não quero não tia — Manu não gostava muito dessas coisas.

— Mãe vou sair com a moto — Davi fala pegando uma maçã e se aproximando de gente.

— Não senhor, vai beber não quero você com ela — ele para do lado da manu.

— Não vou beber assim não coroa — bato nele com o pano de prato e a Manu sorri.

— Não — ele bufa e olha pra manu,volto a fazer meu suco detox.

— Vai não manu ? — olho pros dois e vejo ela negar — então tá bom, mãe vou jogar bola, falou — ele vem e me dá uma beijo na testa — tchau Manu — ele pisca pra ela e vejo ela acenar fraco e ver ele sair da cozinha, volto minha atenção ao meu suco sorrindo de lado pelo jeitinho desses dois.

— Quer suco verde Manu ? — ela nega.

— Isso é horrivel tia — ri.

— Tua mãe tá aonde em ? 

— Em casa, brigou com meu pai.

— Ih por que ?

— Por que ela achou uma mulher dando em cima do meu pai no celular e ficou com raiva — franzi o cenho e vi a Ananda entrando na cozinha.

— Meu pai disse que no máximo meia noite, o baile começa meia noite, sem cabimento algum isso — ela se senta emburrada.

— O que vai ter nesse baile em ?

— Livinho mãe, vai ter top — agora entendi — tu vai né Manu ?

— De jeito nenhum.

— Oxe por que ? — Ananda olha pra ela.

— Não gosto de baile.

— Ata me engana que eu gosto, da ultima vez tu adorou — ri lembrando daquele dia, primeira vez que ela foi, primeira vez que bebeu e deu porre.

— Só fui por curiosidade, não vou e pronto — Ananda finge passar um ziper na boca e me olha — preciso ir, depois me devolve essa blusa viu — Ananda acente.

— Ei fala pra tua mãe que o almoço é aqui, no domigo — ela acena e se despede de nos duas.

— Chegueiii — olhei na porta e vi a Allana, sorri e ela veio correndo até mim — mamãe olha o que eu fiz na escola hoje — ela me mostra o desenho — nossa família — sorri e me abaixei até o tamanho dela.

— Nossa que lindo meu amor — olhei o desenho onde tinha eu, Léo, a Ananda o Davi e ela. Sou apaixonada.

— Deixa eu ver — Ananda se aproxima de nos — nossa que lindo.

— Gostou maninha ? 

— Amei.

Tive três filhos com o Léo e a mais nova é a Allana, sim homenagem a minha filha mais velha.

Essa é a minha família, uma das melhores escolhas que fiz da minha vida foi ter ficado com Léo e ele ter me dado meus filhos.

Não existe outra coisa que me faça tão feliz quanto isso, não tem preço.

Cada um deles completa minha vida, eu me pergunto como vivi sem eles, não dá pra me imaginar sem eles.

Alguma coisa me diz que as coisas vão mudar por aqui, eu só não sei como vai ser daqui pra frente.

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Fim gente  <3 

Obrigada por tudo, quando comecei isso eu não pensei que iria gostar tanto de escrever assim. 

Esse foi meu primeiro livro, e eu amei escrever, eu queria muito saber se vocês leriam o livro dos filhos deles, tenho uma proposta boa mas eu queria saber o que acham disso.

Todo meu amor declarado a esse livro, amo vcs e obrigada pelo carinho.

" A gente vive mil histórias e mil vidas lendo livros "

(Revisado)