CAPÍTULO 69

1.8K 95 1
                                    

Maria Fernanda

2 meses depois

Comi duas fatias de melancia enquanto Davi mamava.

— Oi mãe — Allana passa pela porta da cozinha e senta do meu lado.

— Como foi? — pergutei sobre a prova de matemática que ela dizia estar ansiosa e com medo.

— Acho que bem — ela olha pro Davi que olhava pra ela atento, e sorri quando ela faz gracinha — E você em garotão — ela pega no pé dele o fazendo ri de novo. Tiro meu peito da boca dele se não ia acabar se engasgando.

— Pega ele um pouquinho — coloco Davi em seus braços que vai com as perninhas grossas. Levanto pra terminar de lavar a louça.

— Cade a Célia mãe?

— Precisou ir no médico levar o filho mais novo, parece que deu catapora — ela faz uma careta.

— Por que arruma a casa? Se ele quiser que arrume — Allana fala.

— Arrumo só nossa bagunça.

— Deveria deixar pra ele arrumar, ou então paga alguém por que aqui ninguém é empregado dele não.

— Boa tarde pra tu também Allana — Digão entra na cozinha. Ele olha pro Davi mas não faz nada.

O exame saiu como planejado. Estava nítido lá dizendo que era filho dele, pra ele óbvio que tanto faz mas se deu positivo ele era seu filho. No papel.

Ele foi comemorar em bar e todas nós aqui em casa deu graças a Deus quando ele passou 2 noites fora. Achei que ele tinha morrido mas foi ele passar da porta e a gente voltar aquela tristeza absoluta novamente.

— Tava falando de mim como sempre né — ele me dá um beijo na bochecha e limpo na hora.

— Se a carapuça serviu — eles dois se encaram — Eca, eu vou subir por que olhar pra sua cara me da ânsia de vomito.

— Vai sobe, sobe — ele manda e ela só encara ele e sobe com Davi.

Digão vem me abraçando por trás e eu já reviro os olhos.

— Sai — ele respira fundo e se afasta.

— Já acabou esse resguardo aí pô.

— Idai? Sabe que esse tipo de coisa não vai acontecer — ele cruza os braços com um sorriso nos lábios.

— Então vai ficar sem transar pro resto da vida?

— Não me importo.

— Deixa de ser chata — ele tenta me agarrar de novo, pego a faca de cerra e aponto pra ele — Para com essa porra.

— Eu poderia te matar bem aqui agora — ele puxa meu braço pra baixo e tira a faca da minha mão e põe no meu pescoço.

— Quem pode matar quem agora? — ele diz no meu ouvido, logo me solta e quebra a faca guardando em seu bolso.

Única faca daqui.

— Deveria saber que não adianta medir força comigo, não adianta — ele vai até a mesa e senta pegando alguma fruta — pra tu — tira uma sacola debaixo da mesa e coloca em cima me fitando — abre aí.

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora