CAPÍTULO 36

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Maria Fernanda

Eu não sabia como acalmar a Júlia que chorava nos meus braços.

— Eu não entendo por que ele fez isso Nanda, eu amo ele tanto e ele nos deixou assim — eu passava minha mão no seu cabelo tantando acalmar ela.

Fazia três dias que o Léo tinha aparecido aqui em casa, e nesse dia descobriram que o Rick sumiu, Júlia não sabia de nada do que ele estava armando, e não me falou nada que desconfiava que ele estava fazendo algo as escondidas dela.

Ela sabia que ele era de facção rival mais especificamente do TCP e foi por isso o desespero dela no dia em que o Léo assumiu o morro já que os mesmos são rivais também.

Ela chorava por que ele disse que nunca deixaria ela sozinha aqui, dava pra ver, eu via que eles dois se amavam, ela disse que eles estavam fazendo planos, de morar  juntos pois descobriram que iriram ser pais. Sim ela está grávida de quatro meses, e ele abandonou ela aqui, ela disse que a útima vez que viu ele sentiu que era um adeus por que ele estava dizendo que a amava muito e pra perdoá-lo por tudo.

Mas realmente essa de gravidez foi foda, como ele deixa ela assim? não julgo por que não sei a historia toda a Júlia parece não me contar tudo também, mas pô os dois estavam fazendo planos pra casar e ele foge? ai tem.

Léo tava possesso de raiva, ele descobriu no dia em que apareceu aqui. Pelo que eu soube dos seguranças — e sim o Coringa colocou seguranças na porta da minha casa e ainda vou falar com ele sobre isso, porque ele se quer né pediu permissão — que ele tem um ratreador no radinho dele, todos aqui tem, e ai ele levou ele pro Complexo da Maré, e quando mandaram alguém atrás dele achando que ele tava em perigo atiram neles. Um dos soldados se salvou quando atiraram em cinco dos vapores do Coringa, o que se salvou voltou e contou e no mesmo dia eles deixaram os caras na entrada de Manguinhos os cincos mortos, todos com apenas três dedos em cada mão insinuando terceiro comando.

As coisas não estavam fáceis, e a Júlia assim só me fazia sentir mal.

— O meu bem, fica assim não, tá tudo bem eu vou te ajudar em tudo que você precisar — ela já tinha parado de chorar e estava deitada no meu colo de olhos fechados.

— Eu não acredito ainda no que ele fez...

— Ju aconteceu.

— Aconteceu o caralho, vacilão do caralho, pois filho em mim e depois me larga assim? me iludindo Nanda dizendo que a gente ia casar, ia morar juntos ele falava que me amava porra.

— Ai desculpa Ju sei que o que tu ta passando é foda, mas já era, ele foi um imbecil? foi, agora você vai focar no teu filho pô.

— Você sabe que essa criança tá no lugar errado né — olho pra ela assustada com o que ela vai dizer — é um filho do rival, o que tu acha que o Coringa vai fazer quando souber dele?

— Vai fazer nada que ele não tá ficando louco — ela dá uma risada amarga.

— ATA Fernada ATA, deixa de ser besta não, se ele sabe da existencia dessa criança sei nem do que ele é capaz de fazer.

— Ninguém vai tocar no seu bebê, eu dou minha palavra — ela nega com a cabeça, vejo que não concorda comigo — O que pensa em fazer então ?— Ela olha pra mim — pelo amor de Deus Júlia.

— Calma, não vou tirar ele não, é meu filho e jamais alguém tiraria ele de mim — me alivío, se ela quisesse fazer isso eu sei que não poderia me meter seria escolha dela, mas ele não tem culpa de nada, e por mim eu o adotaria também.

— Que susto!

 — Jamais faria isso — ela coloca a mão na barriguinha dela — Meu Nathan... — olho pra ela quando ela revela o nome.

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora