CAPÍTULO 35

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Leonardo

— Maluco é brabo viu — Cobra estava na minha frente e eu tava escolhendo uma arma — Olha o tamanho dessa HK, pesadona.

— Pode pegar pra você — tinha um arsenal na minha casa e eu voltaria pra Manguinhos depois de quinze dias.

Aqui tinha coisa demais pra fazer, eu resolvia ir no dia seguinte mais quando acordava era b.o atrás de b.o pra resolver e agora comigo no comando só ai fica mais complicado, Lagosta me ajuda por ser sub mais é isso não dá pra fazer tudo, mas hoje eu vou sem falta preciso de qualquer maneira conversar com a Maria, só ontem que fiquei sabendo que um cara da ADA foi lá o Mello, ele é um dos líderes da facção ADA, sem brincadeira encontrei com ele uma vez só e foi de longe numa confusão que deu com um dos moradores da rocinha que se envolveu em uma merda grande com esse povo, e vi ele só no julgamento do cara mas de longe. Quando fiquei sabendo que ele foi e Manguinhos fiquei mó querendo saber que papo é esse que ele teve com a Maria, fiquei sabendo só por que a Allana soltou pra um soldado meu que perguntou quem era, na hora que ele me disse já fiquei preocupado, tá certo que pra ele o Digão e ela eram "casados" e tal, mas será que sabem do meu envolvimento com ela? Eles poderiam fazer algo com ela.

Pelo o que eu soube ela tá bem, morando em uma casa em Manguinhos, e soube até que tá trabalhando naquela empresa lá que ela tava doida pra entrar.

— Caralho Coringa, será que se eu chegar com essa aqui a dona lá vai me encher?

— Tu ainda tá com essa guria ela não te deu um tiro? — falo da mina maluca que ele arrumou, mulher deu dois tiro no cara por que pegou ele conversando com uma mulher na rua, as muié para mesmo na rua, não vou negar que ele ficava dando ibope por que homem gosta disso pô gosta que mulher elogia e tal, mas trair? Nunca, Cobra pode ser o que for mais infiel, ele nunca desenrolou com mais ninguém que eu saiba né mas não sei, não coloco minha mão no fogo por ninguém.

— Não, terminei com ela depois desse ciúmes agressivo dela, mais pô de vez enquando a carne é fraca e acabamos transando de novo, mas tô falando da minha mãe pô — começa a rir.

— Ata carai — ri com ele — dona Cora é gente boa pô mas tu não tem casa já?

— É mais as vezes a Hellen dorme lá e eu não quero ela no mesmo lugar com minhas armas — Começo a rir da cara dele com medo da menina.

— Para né Cobra marmanjo desse — gargalho da cara dele — dono de morro, traficante, um dos líderes do CV e me vem com essa? Faz favor né.

— Ae isso tem nada a ver com o papo moró — ri mais ainda da cara dele — Mas eu tô arrumando outra casa mesmo, Hellen já me cansou já, tenho nem mais nada por ela e só a foda que é boa, fora isso tô fora de gente maluca e surtada.

— Mano cê que sabe — resolvo levar só uma glock pra não dá muito na cara — tô indo lá viu, nem sei se volto hoje não, qualquer papo tu me liga aqui quem vai ficar por cima aí vai ser o Lagosta.

— Tô ligado, qualquer dia vou conhecer Manguinhos viu.

— Que ir hoje? — Saímos da minha casa e eu faço um toque com uns menó ali da contenção — eai, de olho viu — falo com Lucas.

— Não, tu tem os bagulho com a morena lá pra resolver, e eu tô chei de coisa lá no Vidigal.

— De boa então, fé aí — monto na moto vendo ele fazer a mesma coisa na dele.

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora