CAPÍTULO 60

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Maria Fernanda

— Mas Nanda existia tantas maneiras de você poder ter resolvido isso — Cecília brigava comigo sentada no sofá. Ela veio aqui pra irmos no mercado.

— Cecília eu não pensei na hora, só fiz o que me mandaram.

— Se tivesse contado pra alguém cara, você não estaria assim agora — respiro fundo já aceitando que fui errada com essa hitória, eu fui ingênua  — Cade ele agora? 

— Saiu cedo hoje, brigamos ontem, antes de ontem — suspiro cansada — ele não entende meu lado.

— Ele não te perdoou?

— Perdoar? — sorrio irônico — aqui só ele pode errar, alguém aqui comete algo ele julga até não poder mais.

— Maria mas agora já era, você se arrepedeu, ele vai continuar discutindo?

— Não sei, mas eu não vim morar com ele pra viver assim, não pra toda vez que eu ou a Allana cometer algum erro ele ser o primeiro a apontar o dedo na nossa cara, como se ele fosse perfeito, por favor né.

— Sinto muito por isso.

— Tudo bem — caminhamos pra fora de casa — e você, como está? Como tem sido com Leleco? — Ela abre um sorriso.

— Tem hora que a gente briga, por que nunca é perfeito né mas eu to feliz, ele me faz feliz  — ela diz sorindo, entramos no mercado e vamos até a parte de frutas — AH tu acredita que ele disse semana passada que me ama, Maria eu fiquei encantada ele todo timidozinho pra falar — dou risada com ela.

— Que lindo, e tu disse? — pego umas maças e coloco na sacola.

— Disse — ela coloca a sacola de maças no carrinho — dizer eu te amo pra alguém que não são meus pais ou meu irmão, eu não achei estranho sabe eu gostei foi como me sentisse bem a vontade.

— Confiança foi o que mais ele te trasmitiu em todo esse tempo né.

— Foi bom, muito bom, eu o amo.

— Me diz ai o que o médico falou pra você sobre a cirurgia?

— Disse que esta tudo pronto pra por, só falta marcar o dia.

— Então marque mulher.

— Eu vou mas to esperando entrar de férias, ai quando entra já faço e já marco antes.

— Contou pro Leleco sua decisão?

— Contei, ia fazer surpresa mas é melhor ele saber logo por que imagine eu passo por um cirurgia sem falar pra ele, depois ia ficar preocupado e se Deus o livre aconteça algo ele precisa estar ciente.

— Verdade, ele vai te acompanhar?

— Acho que não, é perigoso arriscar assim né, ele tem passagem, mas quando for acho que ele vai me buscar — Coloco outras verduras no carrinho e andamos até o carrinho — Vou apresentar ele pra minha familia — viro pra ela — talvez tenha medo da reação, nunca levei ninguém lá.

— Eles vão confiar em você, se esse foi o cara que tu escolheu agora.

— Não vou falar que ele trabalha com tráfico né mas não gosto de mentir pra eles.

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora