CAPÍTULO 57

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Maria Fernanda

— Léo tá tudo bem, já estou melhor.

— Vai ficar passando mal e não vai querer que a médica venha, qual é, eu pago ela vem de qualquer jeito.

— Deixa, isso é sintoma da gravidez acontece.

Eu tinha acabado de vomitar e estava no banheiro agora sentando no vazo enquanto o Léo surtava na porta. Levanto pra escovar os dentes e ir tomar um banho.

— Tá tudo bem amor — digo olhando pra ele através do espelho depois de escovar os dentes. Começo a me despir e vou até o box sentindo o olhar do Léo.

— Se tu passar mal pela quarta vez hoje a médica vem e eu não ao tô nem aí se tu vai querer ou não — ele entra no box já nu e pega o sabonete.

— Vai pra onde hoje ? — ele me olha surpreso eu não costumo perguntar por que não me importa o que ele faz na vida dele de criminoso, mas hoje tinha planos e precisava saber o que ele iria fazer.

— Vou ter que resolver uns problemas de mercadoria e esse problema do Mello — aceno entrando debaixo do chuveiro para tirar a espuma do meu corpo — por que ?

— Por nada, acho que tô meio tediosa nessa casa mais a Allana, tô pensando em sair...

— Sair Maria ? Pra onde ?

— Pra algum lugar, tô cansada de ficar enfurnada em casa, passamos o ano novo os três trancados aqui, já faz um mês que estamos vivendo assim eu tô cansada.

— Mas a gente precisa viver assim meu amor, pelo menos por enquanto, aguenta mais um pouco até eu sentir segurança em fazer vocês saírem — ele olha pra minha barriga que já está grande e sorri pequeno — tá crescendo tão rápido — sorri e olho pra minha barriga também.

— Está, estava pensado em chamar a minha médica pra vir aqui fazer o exame.

— Pode ser, mas eu tenho que investigar ela primeiro.

— Tá bom, seja agradável — ele faz cara de ofendido.

— Eu sempre sou agradável.

— Ah igual a vez que o jardineiro veio e você não avisou pra ele que não precisava e apontou a arma pro rapaz — ele prende o riso.

— Ele tava mexendo no celular e agachado no meio do mato, achei que fosse inimigo — reviro os olhos sabendo que ele já viu o rosto do jardineiro milhares de vezes, abro o vidro e saio indo até a minha toalha, e pego me enrrolo e saio, vou até o closet e visto um short e uma camisa do Léo, só sei andar de roupa larga agora, fala sério melhor coisa.

— Que horas são ? — pergunto vendo o Léo colocar o relógio dele depois de se vestir.

— Dez e quarenta.

— Vem almoçar com a gente ? — sento na cama olhando pra ele e ele assente — ok.

— Vamos almoçar fora — abro um sorriso e levanto indo abraçar ele.

— Sair da prisão — levanto os braços agradecendo e ele ri.

— Bora tomar café — ele pasa o braço pelo meu pescoço e saímos do quarto, passamos pelo quarto da Allana e eu bati na porta pra ela acordar e vim tomar café com a gente. E descemos nos dois.

Sento na cadeira enquanto o Léo fazia o café.

— Olha meus pés — ele olha pra baixo.

— Tão gordinhos — ele fala apertando minha bochecha e eu tiro cruzando os braços.

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora