Acaso Proibido

PRÓLOGO

13 anos antes...

Eu sempre acreditei na bondade humana.

Acreditava que as pessoas poderiam mudar, e novamente conseguir o perdão das pessoas que te amam.

Mas as pessoas não mudam...

Elas continuam as mesmas sempre, podem até mudar por um tempo, mais elas sempre voltam a ser como era antes.

O meu pai era um exemplo. Ele traiu e espancava a minha mãe sempre, desde que me dou por gente lembro dele batendo nela, vivia bêbado e drogado a minha mãe que sustentava a casa.

Quando ela finamente deu uma basta nisso tudo ele disse que mudaria, é realmente mudou por um mês ele virou um Homem.

Éramos uma família comum e era bom finalmente ver a minha mãe bem, até ele ver a minha mãe na frente da escola em que ela trabalhava conversando com um aluno, ela era professora, eu estudava nessa escola em que ela trabalhava, ele pirou e xingou a minha mãe na frente de todos do seu trabalho logo depois foi embora.

Quando cheguei em casa com a minha mãe ele pegou-a pelo braço e dali eu já tinha visto que ele havia bebido novamente.

Foi a pior surra que a minha mãe já levou dele, ela ficou irreconhecível.

Eu sempre tentava defendê-la mas era fraca, era uma criança ele era o triplo do meu tamanho, me dava um murro no rosto toda vez e eu acabava desmaiando e só acordava quando a minha já estava toda machucada.

Naquela noite em que ele a espancou ele a matou quando acordei vi a pior cena do mundo, ela estava do meu lado com uma faca em seu peito o sangue já frio.

Aquela noite foi a pior da minha vida.

Eu perdi o amor da minha vida.

Minha mãe.

Ele tirou a vida dela e levou a minha junto. Naquela mesma noite os policiais que minha tia havia chamado encontraram ele numa vala. Disseram que ele se suicidou, ou caiu de tão bêbado.

Eu sei o que rolou, Digão é o vulgo do homem que matou meu pai.

Ele me disse isso com todas as letras:

Eu, meu coração, matei o seu pai!

Digão era o dono do morro de Manguinhos.

Eu acabei de chegar do enterro dos dois e estou sozinha e sem a minha mãe.