CAPÍTULO 64

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Maria Fernanda

Eu juro que eu achava que nunca mais iria passar por esse tipo de coisa.

Ainda mais com a mesma pessoa.

Essa coisa de vingança... Por que o Léo não o matou quando teve a chance? Por que não me deixaram matat quando eu tive a chance

Ainda pensando nos últimos acontecimentos algumas perguntas rondavam minha cabeça.

O Léo me traia?

Essa era a que mais me machucava, por que se for verdade por que aquele discurso de confiança? Por que ele jogou na minha cara que eu não confiei nele, que em nosso relacionamento tinha que haver sinceridade?

Não é possível que seja verdade.

Mas isso de fato não é importante.

Ele está morto.

E eu? Tenho duas crias não posso fugir disso. Por que duas pessoas precisam de mim.

Pensava em tudo dá minha vida enquanto viajávamos pra outro lugar, já estava nesse carro a horas. Eu não tinha ideia de quanto mas sei que era muito tempo.

Allana já havia acordado, morrendo de dor de cabeça, implorei pra pararem em uma farmácia pra comprar um remédio de dor de cabeça pra ela e depois de tanta insistência eles pararam, Allana chorava de dor e eu com uma dor no peito por vê-la assim.

Ela dormia no meu colo, eu olhava pela janela já começando começando ficar enjoada.

— Tô enjoada — falo e Digão que estava na minha frente respira fundo.

— A gente já ta chegando.

— Onde estamos?

— Calma coração que ansiedade em — balanço a cabeça em negação.

Parece que tô presa em um pesadelo e não consigo acordar. Porra tudo que eu queria era que eu estivesse acabando de acordar com os beijos pelo Léo, indo arrumar um café pra eu, ele e Allana, todos juntos.

Sonho, isso seria meu sonho.

Ficamos naquele carro por mais horas, eu já estava surtando, e a Allana estava quieta, as lágrimas dela caiam silenciosamente, eu as limpava quando via.

— Chegamos! — Digão sai do carro animado, paramos em frente a uma casa, ela abre a porta se espreguiçando — saia minhas damas.

Sai do carro olhando em volta, e vi casas aconchegantes, peguei a mão da Allana e puxei pra perto de mim quando aquele cara mal encarado saio do carro.

Se esse homem fizer algo com a Allana eu juro que mato.

— Bem vindas a nossa nova casa — Digão disse tirando uma chave do bolso.

— Onde estamos? — pergunto de novo, ele olha pra cima e respira fundo.

— Me daí paciência Jesus — ele olha pra mim — como tu é apressada cara, eu vou te dizer será que não dá pra esperar.

— Qual a dificuldade de dizer.

— Ô Fernanda quem manda aqui sou eu, vou falar quando tiver vontade, anda entra — da passagem pra a gente passar.

— Nem morta eu fico aqui.

— Vai entrar por bem ou vou ter que te puxar pelos cabelos de novo — fico alguns segundos parada e decido entrar, com Allana na minha frente entro na casa — fiquem a vontade.

— Impossível — Allana murmura, seguro sua mão forte.

— Por que vamos ficar aqui?

— Por que o Rio de janeiro não é bem o lugar que quero vocês, pelo menos não agora, já pensou correr risco de alguém ainda vir atrás de vocês.

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora