CAPÍTULO 79

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Maria Fernanda

1 mês depois

Davi dava seus primeiros passos em direção ao pai, os pezinhos gorduchinhos se firmava no chão e tentavam chegar até o Léo.

— Vem pro pai, vem — Léo chamava ele que estava de braços abertos esperando o filho chegar.

Quando ele chega quase caindo nos braços do Léo ele levanta o Davi jogando pro alto e eles sorrindo.

Observo os dois brincando.

Como sonhei com isso a muito tempo.

Mas falta um pedaço...

Allana sim faleceu, nos a levamos ainda pro hospital mas o médico disse que não havia mais o que ser feito, o pulmão foi atingido e perfurou, quando chegamos no hospital ela já não estava mais com vida.

Fazia um mês desde que a enterramos, desde que toda aquela desgraça aconteceu em nossa vida.

Mesmo com a perda da Allana pelo menos nos livramos do Digão. Foi passando no jornal e tudo, guerra de facções. Mas enfim a ADA não mais veio até o CV.

Talvez eles ainda vão armar algo contra nós de novo, mas eu não sei por que que com Digão finalmente morto eu posso ter paz.

Allana, descanse em paz, depois de todo o seu sofrimento.

— Ei, tá pensativa — Léo se senta do meu lado com o Davi no colo. Olho pra ele.

— Eu te amo sabia — ele sorri e me dá um selinho.

— Eu também te amo nega - peguei em sua mãos e entrelacei os nossos dedos.

Nos vivemos em outra casa, longe do morro pelo perigo pois agora não só a ADA como o TCP veio a atacar a gente.

Julia...

Era só dela que me lembrava, ela foi atrás do Rick, assim como meus tios, me deixaram e a seguiram. Como será que estão ?

O filho dela terá quase a mesma idade que o Davi, diferença de poucos meses.

Será que ainda estão no Rio ?

Eu não sei, é também sinceramente não me importa mais, decidiram nos atacar e mesmo o Rick sabendo tudo o que wu já passei e o que o Léo passou ele não se importou e veio atrás de nós querendo guerra.

Não medirei esforços para proteger quem eu amo. Não depois de já ter perdido minha menina.

Fui fraca, não consegui cuidar dela o suficiente, mas ela ficou bem ao saber que o Léo, seu verdadeiro pai estava vivo, ela amava o Davi, cuidava dele com tanto carinho. Ela me amava também assim com eu, foi inexplicável o amor que senti por ela, desde o início mas foi o desejo de proteção e amor incondicional.

Ela nunca será esquecida, tão nova e me ensinou tanto...

Me fez sentir pela primeira vez o que é amor de mãe.

Me fez ver o quão devemos aproveitar a vida, pois ela é única e curta.

Quando chegamos no Rio de Janeiro o Cobra foi um dos primeiros a vir ao nosso encontro.

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora