CAPÍTULO 67

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Maria Fernanda

Senti mais uma pontada na barriga e gemi de dor.

— Allana trás minha bolsa que tá lá no meu quarto, aquela rosa — Allana sai correndo do quarto.

— Aí faz o serviço aí, tô afim de ver isso não, coisa feia — Digão comenta.

— Nanda respira fundo, e solta — faço o que a Célia manda e faço uma careta de dor.

— Aí tá doendo Célia.

— Eu sei meu bem mas você consegue — pego em sua mão e aperto.

Estava com as contrações altíssimas não suportando mais. Célia se abaixa e debaixo do vestido olha.

— 8 centímetros de dilatação — Aperto a cômoda em minha frente. Estava em pé e e estávamos fazendo uma massagem e exercícios pra aumentar essa dilatação. Eu precisava chegar nos 10 centímetros.

— Pelo amor de Deus, Célia... — Não consigo falar com as dores e eu suava muito.

— Vamos pra banheira — ela pega uma toalha e começa a se apressar arrumando algumas coisas que não prestei atenção.

Meu bebê vinha ao mundo e eu estava ansiosa mas com medo, a dor era aguda e forte.

— Aqui Célia — Allana entra no quarto com a bolsa.

— Vai sujar a banheira vei — ouço Digão murmurar baixo. Não tenho nem forças pra discutir com ele.

— Namoral você só atrapalha ficando aqui, por que não sai, não vai fazer diferença mesmo você tá aqui, todo mundo te odeia inclusive a criança que mal nasceu, sai daqui por favor, ela merece um parto sem ter que olhar pra essa tua cara de porco — Allana bota moral, olho pro lado suando e ele só me olha e balança a cabeça.

— Menina insuportável — ele diz pra Allana e sai do quarto.

— Obrigada.. — digo pra Allana que sorri.

— Se o bebê ver ele vai querer voltar pra tua barriga — rir internamente, a Célia sorri colocando luvas.

— Lana, vai querer ver?

— Claro que sim — Já tinha perguntado pra ela se ela queria ver e ela me confirmou que sim, então deixei.

— Não desmaia que não vai dar pra eu te ajudar — Allana ri mais ela, e eu só conseguia sentir dor — Vamos lá Nanda, deixa eu ver essa dilatação — ela se abaixa na minha frente e introduz dois dedos.

— Ainda demora pra essa dilatação até o 10? — Allana pergunta olhando.

— Não ela está perto, 9 centímetros, vamos pra banheira — ela segura firme minha mão — vamos trazer esse bebê Nanda — Allana pega na minha outra mão e me levaram para a banheira, entrei devagar na água morna e me sentei no estofado que continha dentro.

— Aiii — apertei as bordas da banheira.

— Tá, é agora Nanda, faz força Nanda, força — começo a fazer força, Allana me entrega sua mão olhando pra mim e eu a seguro com força.

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora