Maria Fernanda
Já estava pronta para ir pro restaurante. Lá o é um restaurante/bar e um dos mais famosos aqui em Manguinho.
Seu Antônio e sua esposa a Helena, são ótimas pessoas, a Helena cozinha enquanto Antônio fica no caixa e eu atendo os funcionários junto com mais duas meninas a Mayara e a Cecília, que trabalham aqui também.
Chego e já vou guardar minha bolsa dentro de uma salinhas que eles disponibilizaram para guardar nossas coisas.
— Nanda a Cecília não vai poder vir hoje, pegou uma gripe — a Mayara se coloca do meu lado.
— Eita, mas ela está bem? — faço um coque meio desajeitado na cabeça.
— Está, seu Antônio só disse que ela faltar hoje mas amanhã já deve estar melhor.
— Ah que bom então.
Saímos do quartinho dos fundos e fomos pro restaurante, passei para cumprimentar Helena na cozinha.
— Bom tarde heleninha — dou um abraço nela Helena e uma das poucas pessoas que são verdadeiras comigo.
— Bom dia meu bem, como está? Hoje tem um bolo aí que cê gosta viu — bolo de cenoura o meu preferido ela sempre faz um agrado pra nós que trabalhamos com ela ela diz que gosta de cozinhar e gosta de ver o povo comendo comida com gosto.
— Hummmm já me deu água na boca.
— Pois se quiser pegar Mayara já atacou ele — diz rindo e eu já vou atrás atrás meu pedaço.
Saboreio o belo de cenoura com a cobertura de chocolate escorrendo. Após me deliciar com o bolo agradeço Helena e vou até o pátio do restaurante, já esta cheio por ser hora do almoço então preciso correr.
Estou atendendo do um casal quando já vejo aquela gritaria na entrada, não preciso olhar pra saber quem é. Passo reto sem olhar pra ele, ele sabe que eu odeio quando vem me atormentar no meu trabalho, vou até a janela com a Helena e entrego o pedido pra ela.
— Nanda se acalme tá não deixe que ele ente em sua mente assim, você tem que ter controle — Helena tem razão a última vez que surtei por que ele veio fazer furduncio aqui ele disse que era o dono de tudo e ameaçou fechar o restaurante. Me calei, já basta o que eu trouxe pra vida dos meninos que me envolvi, não vou tirar também o ganha pão do Antônio e da Helena.
— Fica calma Helena, eu não vou fazer nada não.
— Eu digo por que me preocupo com o que ele pode fazer com você menina — eu vejo sinceridade sinceridade seus olhos ela se preocupa de verdade, pego em sua mão.
— Ta tudo bem — a solto e vou em direção a mesa dele e os caras que vivem com ele todos bandidos daqui. Eu poderia deixar para Mayara atender, mas ele sempre quer que eu atenda, ele impôs isso quando vem aqui.
— Boa tarde, já escolheram o que pedir — mal olho na cara dele hoje nem tô afim de vomitar.
— Oi coração, olha aqui pro seu homem, me comprimenta direito — vejo quando ele me puxa pela cintura que faz eu cair em seu colo e ele beija meu pescoço, empurro ele e levanto olho pra ele com nojo absurdo e limpo aonde ele me beijou. Ele sorri, ele adora minha resistência diz que isso torna tudo mais interessante.
— Façam seus pedidos por favor — olho pra os seus funcionários e espero eles dizer o que querem não posso brigar com ele aqui por estar na frente do povo ele já me ameaçou por isso também mas nada me impede de fazer quando estiver sozinha com ele.
— Qual o prato do dia? — Joca diz no fim da mesa. Ele era um cara bacana tentava me livrar dessas situações que ele me colocava.
— Temos bisteca, linguiça suína e também carne de panela.
— Pode trazer carne de panela pra mim — aceno para Joca.
— Eu vou querer a bisteca — Ph diz.
Anoto todos os pedidos ao todo foi 9 pedidos. Pediram a cerveja deles e eu levo umas 5 Brahmas de litrão.
Ignoro como sempre as investidas de Digão e vou atender as outras mesas, já eram quase 2 da tarde quando vejo Digão e seus cachorrinhos indo em bora ele aponta com a cabeça me chamando lá fora, lá vem. Quando chego ele esta sozinho, perto de sua moto.
— O que é ? — cruzo os braços e mantenho uma distância consideravelmente dele.
— Fala direto comigo — se aproxima mas eu afasto — vai resistir até quando em Fernanda?
— Até eu morrer, já falei o quão nojo sinto de você não falei, por que só não aceita que eu não quero você?
— Por que não é verdade, você só se faz de difícil — ele anda ainda em minha direção faço que vou correr mas ele é mais rápido e puxa me braço colando meu corpo ao seu — se você soubesse o tanto que eu te desejo quando se faz de difícil assim — diz no meu ouvido só consigo sentir a ânsia de vômito.
— Sai de perto de mim — me sacudi pra ele me soltar, quando me solta já está sorrindo de novo — escuto aqui seu velho asqueroso, para de me agarrar, estou trabalhando e você vem com suas mãos nojentas em cima de mim, já disse e repito, não quero porra nenhuma com você eu vou ter que desenhar pra você entender?
Dessa vez ele me olhou sério, sabia que eu não estava me "fazendo de difícil" como ele diz.
— Você ainda vai me querer Nanda escuta o que eu estou dizendo, vou te fazer feliz só você não enxerga isso, até lá — me olha bem serinho apontando o dedo na minha cara — não vou te deixar em paz nunca, você é minha — ainda me dá um selinho e sai montado em sua moto, quando me olha me dando uma última olhada, limpo com a blusa minha boca, e ele aperta o maxilar e acelera em sua moto.
Respiro fundo a vontade de chorar chegando novamente, e sempre assim, sempre o desprezo não consigo sentir nada por esse homem só nojo. E ele mesmo assim insiste em dizer que vamos ficar juntos algum dia.
Volto ao restaurante depois de limpar algumas lágrimas que tinham escapado.
— Querida — Helena vem até minha me abraçando.
— Tá tudo bem Helena, tudo bem — vejo Antônio atrás com um olhar de pena direcionado a mim, todos aqui me olham assim.
Pena, olhar de dó, não suporto mais isso, isso não é vida pra ninguém, eu já não sei mais o que fazer pra mudar isso.
(Revisado)
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Acaso Proibido
Fanfic📍𝑀𝑎𝑛𝑔𝑢𝑖𝑛ℎ𝑜𝑠 - 𝑅𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝒥𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜 O proibido é sempre mais gostoso Maria sabe disse mais do que ninguém, mas será possível continuar esse romance que vale a vida do seu amado? É possível se esquecer de alguém que te faz se sentir t...