Cecília
Andava pelas ruas de Manguinhos tranquila, fazia tempo que isso não ficava assim, assistia crianças brincando na rua, adolescentes se divertindo na praça, são coisas comuns que já não eram vistas aqui, o Digão tinha muitos inimigos e fazia os moradores pagar por isso ou seja nos deixava a maioria dos dias trancados por medo de invasão. Mas com o Coringa comandando eu não vejo essa ameaça toda, ele transfere uma segurança pros moradores como que em duas semanas ele consegue ganhar respeito, e todos gostar dele assim? Bom eu não sei, o que sei é que isso foi a melhor coisa que aconteceu, pra todos.
Voltava do restaurante com a Mayara apenas por que morávamos uma perto da outra e saímos no mesmo horário mas ela não é mais tão chegada em mim muito menos da Nanda, estava no celular conversando com meu irmão andando pela calçada e escuto som de moto e viro pra trás vendo o Leleco, dou um sorriso involuntário quando ele para na minha frente.
— Pra onde minha dama? — me estende a mão.
— Pra casa meu rei — entro na sua brincadeira e pego em sua mão.
— Te levarei aos seus aposentos na motoca real — dou risada.
— Obrigada mero camponês.
— Ué não era rei? — monto na moto e agarro sua cintura.
— Comfundi com o outro perdão — ele olha pra trás e me vê prendendo o riso.
— Tu é mal viu mulher, nossa senhora.
— Vai me deixar aqui Cecília? — a Mayara diz parando do meu lado.
— Você não disse que teu pai vinha te buscar maluca?
— Mas eu vou ficar só — não consigo ouvir isso e não me sentir mal, fiquei sozinha por muito tempo de todas formas e maneiras possíveis.
— Filha que sozinha, teu pai tá vindo o mundo vai acabar não — Leleco diz ligando a moto e eu ponho a mão no braço dele.
— A gente espera teu pai chegar Mayara.
— Ah obrigada né.
— Gente é serio isso ? — Leleco pergunta — tá de tarde e bem movimentando que preocupação é essa vocês duas?
— Depois Leleco, depois — ele coça a cabeça e parece deixar pra lá — ele tá aonde? — pergunta pra Mayara.
— Ele tá chegando já relaxa — Aceno e ficamos esperando o pai dela.
Vi outra moto se aproximando e reconheço sendo o Coringa que para do lado do Leleco.
— Ae depois quero tu lá na boca cinco, você que vai resolver aquilo lá — ele olha pra mim e dá um mine sorriso — tudo certo Cecília?
— Tudo e você?
— Tudo bem.
— Nossa, Coringa por que agora tu e chamado assim né, fala mais com os pobres não é?
— Oi Mayara, tudo bem com tu?
— Tá sim, nunca mais vi tu por aqui.
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Acaso Proibido
Fanfic📍𝑀𝑎𝑛𝑔𝑢𝑖𝑛ℎ𝑜𝑠 - 𝑅𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝒥𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜 O proibido é sempre mais gostoso Maria sabe disse mais do que ninguém, mas será possível continuar esse romance que vale a vida do seu amado? É possível se esquecer de alguém que te faz se sentir t...