CAPÍTULO 63

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Maria Fernanda

— Léo — balanço ele de madrugada, ele não acorda — Leonardo! — sacudo ele pra ver.

— Hum — ele mumura de olhos fechados.

— Amor de toda minha vida — distribuo beijos no seu rosto.

— Eu não vou levantar, nem vem — suspiro, passo a mão nos seu peito descendo devagar.

— Você nem sabe o que eu quero.

— Por que pede as coisas só de madrugada?

— Não sou eu, é sua filha ou filho — ele balança a cabeça — Olha eu queria muito, é um desejo, um peixo fritinho com maionese em cima e goiabada — ele abre os olhos e me olha com nojo.

— Lá vem com essas porqueiras — me sinto ofendida.

— Chama teu filho de porqueira, chama — ele me olha e prende o riso, olha pro lado e depois se vira para mim.

— 5 da manhã vei.

— Se não for teu filho vai nascer com cara de peixe — ele pressiona os lábios e juntos explodimos em gargalhadas.

— Ah não bixo vó não, aqui tá quentinho — ele vira de costas pra mim se cobrindo.

— Ah não Léo vai é serio.

— Onde vou achar peixe essa hora cara.

— Sei lá, dá teus pulos, tu é o dono do morro — ele não diz nada e levanto o vendo de olhos fechandos balanço ele de novo — vai amor é serio, se não vou achar outro pra ir — ele vira pra mim com uma cara de bravo — Nem adianta me olhar assim.

— Mais tu é chatona viu — sorrio quando ele se levanta, me levanto junto com ele e abraço ele que passa os braços pela minha cintura.

— Obrigada meu amor — Dou um beijo nele mas logo se separa e faço uma careta — Bafo podre.

— Claro acabei de acordar e tu também — ele passar por mim rindo, vou no banheiro escovar os dentes, quando volto pro quarto ele estava calçando os chinelos sentado na cama, estava de bermuda de moletom preta e uma camisa preta também, uma delícia, sempre ele está.

— Lindo — fico na sua frente ainda sobre a cama e passo a mão ajeitando seu cabelo, ele beija minha barriga e depois olha pra mim.

— Tu vai me pagar um boquete por isso — sorrio e ele se levanta me beijando — te amo.

— Eu também.

Ele pega o celular e a carteira e sai antes me dando uma piscada, sorri mais uma vez, ele fecha a porta e sai, deito na cama.

Tinha se passado umas semana desde que Allana e ele se resolveram, estávamos todos bem aqui em casa, o problema mesmo era o Mello que voltou a me ameaçar essa semana.

A crise veio forte quando ele mandou um vídeo do Digão bebendo e dizendo o que iria fazer comigo quando me pegasse, coisas nojentas, ele sempre foi repugnante mas conseguiu ficar pior, dessa vez contei tudo ao Léo que tomou providências na hora, o que sei é que eles pararam de ameaçar, eu sei que alguma coisa aconteceu o Léo só não quis me contar.

Espero ansiosamente pela hora em que o Léo passará pela aquela porta e poderei pegar meu peixe frito, a maionese tem aqui e a goiabada também então só espero pelo peixe.

Sento na cama mexendo no Instagram, faz tempo que não posto nenhuma foto, eu deveria postar né. Vou na galeria e vejo algumas, tem umas com a Allana em nossas brincadeiras, tem com o Léo também, ele odeia foto mas consigo tirar umas de vez enquando até algumas em momentos íntimos nossos, é perigoso mas são momentos só pra guardar.

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora