CAPÍTULO 23

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Maria Fernanda

— Maria Fernanda? — escuto uma voz feminina ecoar na outra linha do telefone

— Eu mesma

— Olá, meu nome é Joana sou do RH da empresa Electra, estou ligando por que seu currículo foi analisado e você tem bem o nosso perfil aceitaria fazer uma entrega? — levanto da cama dando pulinhos de alegria no piso

— ãn Claro, que dia seria?

— pode ser na sexta às 9 ?

— Pode sim

— Está marcado pra sexta então Fernanda, agradeço a atenção e até logo

— Eu que agradeço até mais — Desligo o telefone feliz da vida. Electra e uma das empresas famosas de tecnologia

— Que foi

— Eu vou fazer um entrevi... — Paro de falar assim que me toco com quem estava — Nada

— Qual é, entrevista aonde ? E pra que ?

— Não te interessa — calço minhas chinelas e vou pro banheiro trancando a porta. Me olho no espelho sorrindo estou pronta espero que eles não exigem muitas experiências, tenho apenas duas que foi trabalhando uma em uma loja de roupa e outra em um consultório de dentista, poucos tempos a que eu mais fiquei foi no consultório que durou 1 ano e uns dois meses, mais a Electra, aí senhor abençoa essa entrevista.

Hoje era quarta e seria na sexta a entrevista mas ja estava tão ansiosa, por falar nisso voltei as minha consultas com a Erika ela me deu uma broca por ter faltado por três semanas, mas quando expliquei o motivo ela até entendeu. Se passou três semanas desde que Digão me estuprou as coisas mudaram um pouco, por exemplo tem dias que ele deixa eu dormi em minha casa o que já é um avanço que combinamos, quando falei pra ele que ele me estupro ele disse que não se lembrava me pediu milhões de desculpas, e vive me dando presentes como se isso apagasse as memórias daquele dia. Ele tenta se aproximar tenta ser amigo meu, mas sabe que no fundo não vai acontecer, nunca mais me tocou e tomare que não beba pra ficar daquele jeito outra vez.

Ao longo dessas três semanas falei com Rick sobre eu querer matar Digão ele não me disse nada muito concreto, só me disse que ele não é daqui vem de outra facção, não me disse de qual só que estava ali para matar Digão e tomar o poder dali, ele falou que se eu quero mesmo matá-lo eu poderei, mas ele que teria que tomar o poder da favela, não liguei pra isso não quero dominar nada, a única coisa que quero é paz, ou seja juntamos o útil ao agradável, mas ele disse que ele tentará matá-lo pra não me deixar ter essa experiência, mesmo que seja a pessoa que eu mais odeie, matar alguém ainda é muito pesado pra mim.

Saio do banheiro já vestida, combinei de ir na praia hoje com a "Júlia" isso é o que Digão acha mas na verdade é o Rezende, sim ele não desistiu de parar de me encontrar escondido, não temos nos encontrado muito, nesse meio tempo nos vimos umas cinco vezes só e sempre ao redor de pessoas ele insistia pra dar umas escapadinhas mais não rolou nada mais que beijos, pra falar a verdade é que Rezende nunca me fez tão bem quanto está me fazendo esse tempo, sempre me passando força, a tempos ando querendo contar pra ele o que quero fazer com Digão mas se eu contar terei que falar sobre quem o Rick é e isso ele já me disse que esta fora de cogitação ele não quer se expor, eu entendo ele deve ser super perigoso estar em favela rival assim.

Acaso ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora