Capítulo 44

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Anna 🦋

Filipe me deixou em casa e foi pra casa dele, disse que iria descansar até dar duas horas da manhã que seria a hora que ele ia pra tal missão.

Eu não tava me sentindo nada bem, desde a hora que ele me falou dessa missão eu sentir um aperto no coração, uma sensação ruim, só sabia pensar o pior.

Mesmo ele indo fazer coisa errada eu me ajoelhei ali mesmo na sala e pedi a Deus que protegesse ele e os outros meninos.

Fui na cozinha e tomei um calmante, é sempre bom ter uma caixa guardada, nunca se sabe quando seu namorado vai te fazer passar nervoso.

Subir pro quarto e vi a luz do quarto da minha irmã acesa, bati e ela abriu.

Carol: Chegou agora? - Sentei na cama dela.

Anna: Sim - Respirei fundo sentindo meu coração pesar.

Carol: O que foi? - Sentou do meu lado.

Anna: O Filipe vai pra uma missão daqui a pouco com os meninos e desde que ele me falou isso eu tô sentindo uma dor tão grande no peito - Fechei os olhos e deixei as lágrimas descerem.

Carol: Meu Deus, Anna - Me abraçou - Eu tô sabendo dessa missão, o Gustavo me contou. Também não queria que eles fossem, mas infelizmente não temos outra escolha.

Deitei na cama dela e fiquei pensando nos meninos até cochilar um pouco.

4:15 ⏰

Priscila: Eu tive um sonho tão ruim - Entrou no quarto me fazendo acordar.

Carol: Como foi? - Pri sentou na cama.

Priscila: Muito sangue, tiro e pessoas correndo e gritando - Carol olhou pra mim - Tá acontecendo alguma coisa que eu não sei?

Ninguém tinha falado nada pra ela pelo fato de ela está grávida.

Carol: Não amiga, mas relaxa, tá? Foi só um pesadelo... Deita aqui - Chamou ela e ela deitou.

Anna: Vou descer pra beber água - Peguei meu celular e desci.

Entrei no Whatsapp e não tinha nenhuma mensagem do Filipe, nem dos outros meninos.

Eu já tava nervosa, depois do sonho da Priscila ficou pior ainda, puta que pariu! Aonde estão esses meninos?

Tava sentindo o ar pesar, abrir a porta e me sentei no terraço vendo o dia clarear.

Minutos depois escutei uma moto descer a ladeira rápido e vi o Gustavo nela.

Abrir o portão rapido e gritei por ele que veio até mim com a cara de preocupação.

Anna: Me fala o que tá acontecendo Gustavo, por favor!

Galo: Colfoi Aninha? Tá acontecendo nada não. - Tentou disfarçar.

Anna: Gustavo, eu sei que tá acontecendo alguma coisa e se tem uma coisa que tu não sabe é mentir.

Galo: Tá Anna, o Ret levou um tiro no braço e o Fantasma levou três tiros no peito e tá em estado grave. - Falou de uma vez.

Anna: Meu Deus, ele corre risco de vida? - Sentir as lágrimas descerem.

Galo: Sim, mas por favor não conta nada a buchuda... - Ele foi interrompido.

Priscila: Não é pra me contar o que? - Olhei pra trás e vi ela e a Carol na porta.

Carol: O que tá acontecendo Anna? - Falou baixinho perto de mim.

Priscila: Vamo gente, me fala o que não era pra me contar! - Gritou já nervosa e eu olhei pro Gustavo assentindo.

Não contar pra ela iria ser pior, ela ia ficar mais nervosa ainda.

Galo: Fantasma levou três tiros no peito e está em estado grave.

Carol: Meu Deus, aonde ele está? - Falou nervosa.

Galo: Ele e o Ret estão no postinho aqui do morro.

Carol: O que aconteceu com o Ret?

Galo: Levou um tiro no braço, mas ele está bem. O que preocupa é o estado do Fantasma.

Olhei pra Priscila que não estava nada bem.

Anna: Pri, o que você tá sentindo? - Fui até ela que estava ficando branca com os lábios roxos.

Priscila: Eu não tô me sentindo bem Anna - Falou e caiu desmaiada nos meus braços.

Galo: Olha aí, eu falei que não era pra contar nada pra ela - Saiu coçando a cabeça.

Carol: Pega o carro Gustavo, vamos levar ela no posto. - Ele pegou o carro e eu com a ajuda da Carol pegamos ela no braço, a bicha era pesada pra caralho.

Em minutos chegamos no posto e o Lennon estava na recepção sentado.

Carol falou com a enfermeira sobre a Priscila e eles colocaram ela numa cadeira de rodas e levaram lá pra dentro, Carol foi junto.

L7: Ela soube do Fantasma? - Assenti - Eu disse que não era pra contar, filho da puta - Bateu na cabeça do Gustavo.

Galo: Eu não contei a ela arrombado - Devolveu a tapa - Eu contei a Anna e a Anna contou pra ela.

L7: Assassina de grávida - Me encarou negando.

Anna: Fechem o cu de vocês - Repreendi eles - Como tá a situação do Leonardo? - Perguntei preocupada.

L7: Sei de nada não, ninguém fala nada nessa porra.

Anna: Como tá a Pri? - Perguntei vendo a Carol se aproximando.

Carol: Pressão baixou por conta do susto, mas ela já acordou e está um pouco mais calma.

Xxx: Vocês são parentes do Leonardo? - A enfermeira se aproximou.

Todos: Sim.

Xxx: O estado dele é delicado, ele precisa de uma transfusão de sangue urgente!

Carol: Qual o tipo de sangue dele?

Xxx: Tipo A.

Carol: O mesmo tipo que o meu.

Xxx: Você tem alguma tatuagem?

Carol: Sim.

Xxx: Feira em menos de um ano? - Carol assentiu - Não pode.

Carol: Puta merda!

Anna: Eu tenho o mesmo tipo sanguíneo que o dela, não tenho tatuagem e nada do que me impeça de doar.

Xxx: Tá alimentada? - Neguei - Então procure algo rápido pra comer, ele precisa da doação o mais rápido possível.

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