Capítulo 59

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Anna 🦋

Quando olhei direitinho pra aquele homem eu sabia que eu conhecia ele de algum lugar, sabia que ele já tinha passado por alguma fase da minha vida mas não recordava de qual.

Podia ser só uma impressão, mas sei lá, eu sabia que eu conhecia ele, só queria lembrar da onde.

Anna: Você viu o namorado da tia Adri? - Perguntei a Carol assim que sentei na mesa.

Carol: Não, por quê? - Nessa hora o homem saiu com a tia Adri.

Anna: Olha ele ali - Mostrei a ela que ficou encarando o homem - Ele não tem um rosto conhecido?

Carol: Pra mim não, nunca vi esse homem na minha vida. - Bebeu um gole da cerveja - Ele parece ser bem de vida, não é? - Assenti ainda na curiosidade de saber de onde eu conheço ele.

Filipe e Azzy chegou um tempo depois e nós ficamos conversando todo mundo junto.

Filipe encarava o João que demonstrava medo e incômodo.

Também né a cara de bravo do Filipe desperta medo em qualquer pessoa, menos em mim, só de olhar ele assim eu já fico toda encharcada... Foco Anna, foco! Você está em uma festa.

Neguinho: Parabéns - Chegou falando do nada - É aniversário de quem mesmo? - Puxou uma cadeira e sentou.

Ret: Da minha rola, arrombado! - Todo mundo riu.

Azzy: Comemorar que o bebê da mamãe saiu da gaiola. - Fez careta.

Ret: Invejosa! - Jogou um garfo nela.

Ela olhou pra ele de cara feia e jogou de volta.

Azzy: Soca no teu cu, arrombado.

Adriana: Filhos, será que pelo menos na frente do meu namorado vocês podem fingir que são educados. - Pediu calmamente.

Azzy: Assim né coroa, não consigo me acostumar com a ideia de que tu tá namorando não. - Ela olhou pra Azzy.

Adriana: Inveja por que eu tô transando e tu não, não é gata? - Todo mundo gritou, menos o Filipe que olhava pro celular rindo.

Azzy: Quem disse que eu não tô transando, fala pra ela aí Neguinho. - Todo mundo gritou novamente e o Filipe olhou pra ele.

Ret: Tu tá comendo a minha irmã, filho da puta? - Neguinho abriu um olhão.

Neguinho: Colfoi Azzy? Fica explanando os bagulho pô, quero morrer não.

Azzy: E quem vai te matar seu animal? - Apontou com a cabeça pro Filipe que ainda encarava ele. - Filipe se você quiser assustar os namorados da velha por mim tudo bem, agora os meus, nem invente!

Adriana: Velha é a tua mãe!

Azzy: Ue, e a senhora é o que?

Adriana: Te achei no lixo. - Disse e saiu pra perto do namorado.

Ret: Eu sempre te falei isso. - Ela deu dedo pra ele.

Ficamos conversando até altas horas, como sempre. Depois eu e o Filipe viemos pra casa dele e a Bia ficou dormindo na casa da tia Adri, que já estava reclamando e puta da vida por que ela não quer dormir mas em casa, só quer dormir comigo.

Anna: Preciso conversar com você sobre um assunto. - Sentei na cama olhando pro Filipe.

Ret: Foi o que pô? - Soltou a fumaça do baseado.

Anna: A dona Luísa veio conversar comigo sobre a Jhenniffer.

Ret: Namoral Anna, estraga nossa noite falando dessa mulher não. - Falou já puto.

Anna: Amor é sério, me escuta! - Pedi calmamente e ele assentiu - Ela perdeu o bebê no dia da invasão... - Ele respirou fundo - A dona Luísa veio me pedir, pedir não, implorar que você não expulse ela e a família dela daqui. Ela disse que o marido dela é muito ruim pra ela e que ela tem uma mãe doente pra cuidar... Aqui ela vende as coisas dela e tem uma boa clientela, sair daqui iria complicar muito a vida dela.

Ret: Beleza, ela fica e a rapariga da filha dela vai.

Anna: Ela também pediu pra Jhenniffer ficar, ela não quer se separar da filha... - Antes de eu terminar ele me interrompeu.

Ret: Ela não acha que tá querendo demais não? Ela não tem que querer nada dentro da minha favela não! - Falou grosso.

Anna: Eu sei amor, mas ela me garantiu que a Jhenniffer não vai mas incomodar e que se ela fizer alguma coisa ela é a primeira a expulsar ela de casa. Você fez a garota passar vergonha na frente da favela inteira quando raspou o cabelo dela, ela já aprendeu a lição Filipe, ela não vai mas se meter com a gente. - Ele olhava pro chão com a cara feia.

Ret: Beleza Anna, se é assim que tu quer assim eu vou fazer, mas se ela vacilar... - Interrompi ele.

Anna: Eu mesma mato ela. - Ele me olhou apertando os olhos. - Ue você mesmo disse que iria me ensinar a atirar, tá olhando assim por quê?

Ret: Nada nega, só tô te estranhando mesmo. Vou começar a te ensinar assim que teu presente chegar. - Olhei pra ele curiosa.

Anna: Qual presente? - Ele continuou calado - Fala Filipe! - Gritei e ele deu risada.

Ret: Surpresa pô, nem tenta que eu não vou dizer o que é.

Anna: Por favor amorzinho. - Pedi com voz de bebê.

Ret: Pode infernizar, eu não vou dizer. - Me estressei e joguei o controle nele que começou a rir. - Vamos dormir.

Anna: Vou tomar banho. - Me levantei e ele foi pegar mais um baseado. - Proerd se encontra chorando nesse exato momento. - Neguei e entrei no banheiro.

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