Capítulo 70

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Anna: Ainda bem que eu te peguei em casa. - Falei entrando no quarto da minha irmã.

Carol: Colfoi? - Falou olhando umas coisas no guarda roupa.

Anna: Senta aqui e presta atenção em mim. - Ela virou me olhando e sentou na cama do meu lado. - Eu não gosto de enrolação e tu também não então eu vou ser direta.. - Ela assentiu - O João, namorado da tia Adri é o nosso pai. - Ela deu risada e eu permaneci séria.

Carol: É piada né? - Neguei. - Como tu soube disso? - Expliquei tudo pra ela. - Por que esse demônio voltou agora? - Falou irritada.

Anna: Eu não sei, mas eu acho que ele não veio atrás da gente, nos achou por acaso e veio percebendo que eu era filha dele e você também. - Ela se levantou.

Carol: E eu espero que ele continue sem vim atrás da gente por que eu tô pouco me fudendo pra ele, passei vinte anos da minha vida sem ele, por que eu iria precisar dele agora? Quero mas é que ele tome no cu. - Desceu pra cozinha e eu fui atrás.

Anna: Eu entendo a sua revolta, eu também estava assim igual a você mas depois de conversar com a vovó eu percebi que não vale a pena guardar rancor dele, se ele quiser conversar com a gente vamos pelo menos ouvir o que ele tem a dizer. - Ele balançou o dedo que não.

Carol: Eu não como de fala dele, o que ele falar agora não vai fazer a menor diferença na minha vida e nem vai diminuir o ódio que eu sinto dele. - Falou firme.

Começaram a bater na porta e eu fui olhar quem era, mas quando eu cheguei na sala o Filipe já tava de braços cruzados.

Ret: Aonde tu tava? Rodei essa porra inteira atrás de tu depois que tu saiu igual a uma louca da boca.

Anna: Eu precisava tirar a limpo essa história da minha mãe com o João.

Ret: Deu em que?

Anna: Deu que ele é meu pai, meu e da Carol. - Ela veio da cozinha comendo um pedaço de bolo.

Carol: Pai não, doador de esperma. - Falou de boca cheia.

Ret: História pesada, como dizia a minha irmã "Isso tá melhor do que drama de novela mexicana".

Anna: Pior que realmente tá.

Carol: Essa novela eu não tenho a mínima vontade de acompanhar. - Falou se levantando. - Vou trabalhar, beijo. - Beijou minha bochecha. - O boné é meu. - Tirou da cabeça do Ret e saiu.

Ret: Sabe qual é a pena pra roubo né? Meus vapores vão te caçar, desgraça. - Ela deu risada.

Anna: Eu também tenho que ir trabalhar.

Ret: Não dá tempo nem de um almoço? - Olhei pro relógio vendo que já era 12:50.

Anna: Não, daqui a dez minutos eu tenho que tá na loja baby.

Ret: Tu almoçou hoje, Anna?

Anna: Pensando bem, não.

Fiquei tão doida com toda essa história que esqueci de almoçar.

Ret: Então a gente vai lá no seu Gildo almoçar agora mesmo, quer desmaiar ou morrer? Tá louca. - Saiu me arrastando.

Subimos na moto e ele seguiu pra o barzinho.

Almocei rapidinho com ele fazendo eu me atrasar uns 10 minutinhos pro trabalho, mas faz parte né? Rs.

Passei o resto do dia fofocando com a Bruna como sempre e depois vim pra casa.

Anna: Vamo sair pra beber? - Me joguei no sofá. - Não aguento mas ficar em casa. - Bufei.

Miguel: Vamo tomar uma no bar de seu Gildo.

Carol: Eu tô precisando tomar todas.

Anna: Bora logo então. - Quando a gente se levantou o Filipe entrou.

Ret: Vão pra onde?

Anna: Beber lá em seu Gildo, vamos?

Ret: O João tá lá em casa, já contou todos os bagulhos pra coroa lá e disse que quer conversar com vocês duas. - Eu e a minha irmã nos olhamos.

Carol: Já sabe né? Eu não vou.

Anna: Eu quero ir. - Carol bufou. - Não vai mudar em nada na minha vida Anny, não custa ouvir o que ele tem pra dizer.

Carol: Pra mim custa sim, custa muito. Podem ir, eu e o Miguel vamos beber. - Puxou o Miguel e saiu.

Ret: Ela tá bolada de verdade e eu não tiro a razão dela.

Anna: Eu também não amor, mas todo esse ódio e rancor não vai fazer bem a ela.

Em seguida a gente saiu e foi pra casa da tia Adri.

Desci da moto e parei na frente da casa, respirei fundo e fechei os olhos lembrando de todas as memórias ruins que eu tenho do meu pai.

Ret: Se tu não quiser tu não precisa fazer isso pô, a gente vai pro barzinho.

Anna: Não, eu preciso enfrentar isso. - Puxei minhas forças e entrei junto com ele.

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