Capítulo 84

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Minha relação com o Filipe não tá das melhores, não sei o que aconteceu pra gente ter chegado a esse ponto mas o nosso relacionamento esfriou de um jeito que até a Bia tá percebendo que a gente tá muito afastado.

Faz tempo que eu não durmo lá, nem ele vem dormir aqui, faz tempo que a gente não transa, faz tempo que a gente não da um beijo com vontade, sempre é aquela coisa por obrigação, sem sal, até o jeito de se tratar tá diferente, parece que a gente é apenas conhecidos.

Ele se distanciou de mim e sem perceber eu fui me distanciando dele também, o meu amor por ele não mudou, mas o namoro acabou esfriando.

Anna: Que menino pesado! - Peguei o Tauã. - Minha dinda disse que eu sou uma bolinha. - Ele riu.

Priscila: Tá pesado mesmo, o meu braço que lute.

Anna: Realmente. - Ri.

Priscila: Se resolveu com o Ret?

Anna: Ainda não.

Priscila: É como eu te disse né amiga, tudo se revolse na conversa. O meu casamento com o Léo também tava passando por uma crise, mas a gente conversou e se acertou.

Anna: Eu vou tentar conversar com ele hoje na hora do almoço, mas agora eu vou trabalhar. - Entreguei o Tauã pra ela.

Priscila: Vai lá amiga, tenha um bom dia. - Sorri e sair indo pro trabalho.

Passei por um beco e sentir um cheiro de perfume 212 misturado com um cheiro de maconha, no caso, o cheiro do Filipe.

Olhei pro lado e o mesmo estava sentado em uma calçada usufruindo da melhor amiga dele, vulgo, maconha.

Anna: Tá fazendo o que aí? - Me aproximei.

Ret: Pensando na vida. - Respondeu seco e eu respirei fundo pra não socar a cara dele.

Anna: A gente tá precisando conversar.

Ret: Se for pra brigar, tu... - Já queria se alterar e eu interrompi.

Anna: Eu não quero brigar, eu quero conversar, beleza?

Ret: De boa.

Anna: Na hora do almoço eu passo na tua casa. - Falei e sair indo pra loja.

Cheguei e a Bruna também tinha acabado de chegar, abrimos a loja e começamos a conversar.

Bruna: Preciso procurar uma casa pra mim urgente, não tá dando pra ficar naquele ninho de cobra mas não.

Anna: Eu vinha percebendo que vinha acontecendo alguma coisa contigo, quer desabafar? - Ela assentiu.

Bruna: Meus pais morreram em um acidente de carro, eu e a Bárbara ficamos pequenas então o nosso tio, irmão da nossa mãe ficou tomando conta da gente e cara eu peguei os dois transando. - Abrir um olhão. - A Bárbara e meu tio na cama mano, e ela ainda teve coragem de dizer na minha cara que isso vinha acontecendo a muito tempo e que os dois se amavam e num sei o que. Eu sabia que a minha irmã era podre mas nunca imaginei que ela fosse chegar a tanto, nunca senti tanto nojo da minha irmã como eu tô sentindo agora.

Anna: Amiga no teu lugar eu estaria com nojo igual, que horror, comer o próprio tio e o tio comendo a própria sobrinha, meu pai.

Bruna: Eu não quero mas ficar naquela casa, não quero mas ser cúmplice desse caso nojento.

Anna: Se tu quiser pode ir pra minha casa, o quarto que era da Pri tá lá desocupado.

Bruna: Sério amiga? - Assenti. - Tu é um anjo na minha vida.

Ficamos conversando um pouco, hoje o movimento tava cheio, parece que todo mundo resolveu engravidar de uma vez nessa favela por que foi mais de dez meninas vindo comprar enxoval.

Logo deu onze horas e eu fui direto pra casa do Filipe.

Quando eu ia abrir a boca pra falar ele me beijou com tanta vontade que eu nem relutei, apenas deixei o bagulho rolar.

Quando me dei conta já estamos os dois sem roupas, eu me ajoelhei e comecei a fazer aquele vai e vem gostoso no pau dele e logo depois cair de boca olhando ele fazer umas expressões prazerosas e soltar uns gemidos roucos que estava me fazendo arrepiar.

Ele me puxou pra cima iniciando um beijo e logo em seguida me jogou na cama com toda agradessividade do mundo, adoro.

Ele começou a fazer um oral maravilhoso enquanto me estimulava e em poucos minutos sentir um calafrio e meu corpo ficando mole, soltei um gemido alto e liberei o mel.

Ele entrou dentro de mim com tudo me fazendo arranhar as suas costas, ele me penetrava olhando nos meus olhos e em seguida me beijou.

Mano, melhor coisa do mundo é transar beijando e olhando nos olhos.

Depois que terminamos a nossa transa que durou quase o meu horário de almoço inteiro a gente foi tomar banho pra finalmente conversar.

Anna: Filipe eu espero que depois do que aconteceu aqui você volte a ser o que era comigo por que eu não estou suportando o rumo que a gente deixou o nosso relacionamento chegar.

Ret: Foi mal nega, sei como a gente chegou nisso não mas eu vou tentar mudar.

Anna: Assim espero por que eu te amo muito e não quero chegar no ponto de ter que me separar de você.

Ret: Não vai, te garanto. - Ele me deu um beijo e eu voltei pro trabalho sem almoçar mesmo.

Ficamos lá até 5hrs e a Bruna passou na casa do tio dela, pegou as malas e a gente veio pra minha casa.

Filipe disse que tava atolado de problema lá na boca e eu também queria passar a noite com a Bruna, a Carol e o Miguel que tava aqui em casa como sempre.

De manhã acordei com a Bruna, tomamos café e voltamos a mesma rotina de sempre.

Bruna: Bárbara quando eu fui buscar minhas coisas ontem não tava em casa aí quando foi umas 11 e pouca ela me mandou mensagem dizendo que eu era super imatura.

Anna: Cara, desculpa que eu sei que ela é tua irmã mas ela é muito baixa e sem noção. - Nesse momento o celular dela chegou uma mensagem e ela ficou com os olhos arregalos olhando. - Aconteceu alguma coisa Bru?

Bruna: Anna, olha isso. - Peguei o celular da mão dela e meu mundo desabou.

Um número estranho tinha mandado pra ela fotos minhas nua, e um vídeo, quando eu abrir era um vídeo meu fazendo um boquete no Filipe, e tanto as fotos quanto o vídeo são de ontem.

Eu não acredito que ele fez isso comigo.

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