Capítulo 83

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Anna 🦋

Acordei sentindo uma dor de cabeça do caralho, me levantei ainda meia zonza e percebi que eu tava no quarto da minha vó e que eu estava vestida com uma roupa da minha mãe.

Fiz um esforcinho e comecei a lembrar do que tinha acontecido...

O Pedro foi buscar bebida pra mim e quando eu tomei comecei a me sentir mal, pedi pra ele chamar minha irmã e ele me levou pra casa dele, lá ele começou a falar umas coisas estranhas e tirou a minha roupa, começou a me chupar e em seguida eu ouvir barulho de tiro e apaguei.

Puta que pariu, o Pedro, o meu amigo, o cara que eu cresci com ele, que foi o meu amor de infância abusou de mim.

Ruth: Como você tá se sentindo meu amor? - Falou assim que eu sai do quarto.

Anna: Tô com muita dor de cabeça.

Magda: Vou buscar remédio pra você. - Foi pra cozinha.

Carol: Você lembra do que aconteceu?

Anna: Sim, eu lembrei de tudo. - Suspirei.

Carol: Então você sabe que o Pedro... - Assenti antes dela terminar de falar.

Fantasma: Ainda bem que já tá morto.

Anna: Como assim morto? Eu lembro de ouvir tiros mas não sei o que aconteceu depois disso.

Fantasma: O Ret matou ele.

Anna: O Ret tá aqui? - Gritei.

Carol: Tá aí fora. - Tomei o remédio pra dor de cabeça e sair vendo o Filipe fumando na garagem.

Anna: Amor, você veio...

Ret: Quantas vezes eu te avisei pra ficar longe daquele homem. - Falou grosso.

Anna: Mas eu não tive culpa Filipe, ele me drogou, eu tava inconsciente.

Ret: Tem culpa sim, por que ele já tinha tentado te pegar a força uma vez e tu vai e faz o que? Fica bebendo com ele e ainda aceitando bebida que ele te da, tu tem o que na tua mente, me diz. - Gritou e eu sentir a lágrima descendo.

Anna: Eu sei que eu não deveria ter confiado nele, mas eu tava bêbada e nunca me passou pela minha cabeça que ele fosse capaz de fazer uma coisa dessas comigo. Poxa, eu cresci com ele, somos amigos de infância, me entende cara.

Ret: Entendo não Anna, por que eu cansei de te falar que tu ia se foder muito por causa dessa tua inocência mas parece entra em um ouvido e sai pelo outro ou se não tu gosta de ser burra.

Anna: Não precisa falar assim comigo, Filipe. - Continuei chorando e ele respirou fundo.

Ret: Tá bom Anna, foi mal! Tu deve tá pilhada com esses bagulho na mente também.

Anna: Eu tô muito mal, eu não consigo pensar no que aconteceu, eu tô sentindo uma mistura de sentimentos, dor, ódio, decepção, nojo, medo, tá tudo revirado por aqui e o que eu menos preciso agora é de você gritando comigo ou virando as costas pra mim.

Ele me abraçou e no abraço dele eu desabei, ele me fazia tão bem, um abraço, um beijo ou até mesmo só sentir o cheiro dele parecia que toda dor tinha sumido, eu precisava tanto dele, nunca sentir isso por ninguém.

Conversei com a minha mãe e minha vó que também estavam super decepcionadas, principalmente a minha vó que praticamente criou o Pedro.

Depois de alguns minutos voltamos pra o morro, o Filipe me deixou em casa com a Bia e a Manu que já estavam dormindo e com a minha irmã que tava putassa.

Carol: Eu sempre soube que ele tava de maldade contigo, eu não devia ter te deixado sozinha, que ódio.

Anna: Antes de eu firmar com o Filipe tu dava apoio pra eu ficar com ele, vivia dizendo que ele ainda gostava de mim e tal.

Carol: Pois é, se arrependimento matasse eu já tinha caído aqui durinha no chão. Depois que ele tentou te agarrar a força eu criei nojo e ódio da cara dele, ele não te amava não, ele era doente, por que quem ama não faz isso não.

Anna: Eu acho que o Filipe tá certo, eu sou culpada por isso ter acontecido, se eu não tivesse confiado no Pedro nada disso teria acontecido.

Carol: Ei, não, não, querida! Você foi ingênua de confiar nele mas você não tem culpa dele ter te drogado e abusado de você não, não importa a circunstância a culpa nunca é da vítima!

Anna: Ai mana, tu é a melhor, sério. - Deitei no colo dela.

Carol: Sempre nós duas, meu amor. - Ela ficou fazendo cafuné em mim até eu pegar no sono.

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