Tentei ao máximo cerrar os meus olhos. Ainda tentava gritar, mas todas as minhas forças tinham acabado. Eu apenas tentava pensar em algo agradável, mas sem efeito. Estava pura e simplesmente entregue a este nojento.
As suas mãos já estavam a desapertar o botão das minhas calças. No entanto, os seus lábios ainda viajavam desde o meu maxilar até ao início do meu peito. Senti uma dor aguda no pescoço. De certeza que amanhã iria ter uma marca.
Os seus gemidos podiam ser ouvidos na cave, bem como os meus soluços.
Rafael: Não chores, amor. Prometo ser rápido.
As suas mãos estavam já a baixar as minhas calças e as minhas cuecas. Só o facto dele estar a ver-me assim é horrível. Só o Diogo é que o podia fazer…
Rafael: Linda – disse, passando as suas mãos nas minhas coxas.
Um calafrio percorreu o meu corpo. Isto não me podia estar a acontecer.
As suas mãos estavam a subir em direção à minha intimidade, quando sinto um peso enorme em cima de mim. Não estava a perceber o que se estava a passar.
Abri lentamente os olhos. À minha frente, estava o matulão com um taco na mão. O Rafael estava deitado em cima de mim, inconsciente.
XXX: Eu vou ajudar-te, ok? Temos que ser rápidos, antes que ele acorde.
Algo me dizia para não confiar nele. Afinal de contas, ele tinha ajudado o Rafael… Mas, que opção é que eu tinha?
Ele desapertou rapidamente as cordas que me prendiam as pernas.
Estava a ir em direção às minhas mãos, quando o Rafael levantou a cabeça. Sem pensar, dei-lhe uma joelhada no seu ponto fraco. Ele encolheu-se e cerrou os olhos. O matulão viu, então, a sua oportunidade. Pegou no taco e o Rafael caiu, novamente, em cima de mim.
XXX: Vou desamarrar as tuas mãos. Quando o fizer, vestes-te muito rápido, ok?
Eu: S-sim.
Após ele ter desamarrado as minhas mãos, levantou o Rafael e utilizou as cordas para o amarrar.
Já me tinha conseguido vestir quando ele terminou.
XXX: Estás bem?
Eu apenas acenei afirmativamente com a minha cabeça.
XXX: Nós precisamos de fugir. Tens alguém que te ajude? – disse, passando o telemóvel para a mão.
Eu: Sim.
XXX: Ótimo. Bem, isto não aconteceu, ok?
Eu: Ele vai ser acusado por aquilo que fez. Vai-te denunciar em tribunal – disse o mais friamente que consegui.
XXX: Quando ele o fizer, eu já não estarei em Portugal. Para além disso, ele nunca viu a minha cara… Acho que me safo.
Eu: Obrigada por aquilo que fizeste, apesar de teres contribuído para que tudo isto acontecesse.
Eu devia estar calada…
XXX: Eu não sabia que ele te estava a raptar para isto. Na altura ele disse que era apenas para recolher informações. Acho que fui demasiado ingénuo…
Eu: Sim, foste.
XXX: Eu levo-te até à saída. Depois disso, cada um segue o seu caminho.
Ele pegou num comando e apontou-o para um portão de ferro. Ele abriu-se, mostrando-me uma estrada sem qualquer iluminação.
XXX: Portanto, já sabes. Foste tu que lhe deste uma pancada na cabeça, com as tuas próprias mãos, porque ele se aproximou demasiado dos teus pulsos. Ele caiu em cima de ti. Soltaste-te porque as cordas estavam mal presas. Ele voltou a acordar, deste-lhe uma joelhada e outra pancada, mas, desta vez, com o taco que entretanto conseguiste apanhar. Amarraste-o e fugiste. Se ele disser que esteve alguém com ele, está a mentir. Percebido?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Who am I?
RomanceMargarida é uma rapariga de 18 anos. A sua vida muda completamente com um rapaz, Diogo. Conheciam-se desde pequeninos, no entanto, nenhum dos dois tinha coragem de dar o primeiro passo. Ambos se amam muito, mas, será que são inseparáveis? Será que...