Quando cheguei ao quarto, não encontrei o Diogo. Por isso, decidi ver se ele estava na varanda.
Eu: Estás aqui?
Diogo: Estava à tua espera, princesa. Vamos dormir?
Eu: Sim, vamos.
Deitei-me na cama. Ele decidiu fazer exatamente o mesmo que me tinha feito, quase como um ritual.
Eu: Obrigada.
Diogo: Tu mereces - disse, deitando-se por cima dos cobertores.
Eu: Não, não, não. Já falámos sobre isto. Não vais dormir assim.
Diogo: Pois não, ainda tenho que tirar a camisola e as calças.
Não sei porquê que fiz isto, mas fiquei a vê-lo a tirar a camisola e as calças. Quando ele o fez, parou e olhou para mim com um sorriso maroto.
Diogo: Queres que eu continue, princesa?
Eu: Não ouvi, repete - eu realmente não estava a ouvir quase nada, porque estávamos a sussurrar. Não podíamos acordar os outros...
Ele começou a rir-se.
Eu: A sério, não ouvi nada.
Ele aproximou-se da cama e encostou os seus lábios ao meu ouvido.
Diogo: Queres que continue, princesa?
Ainda bem que estava escuro, senão ele via que eu estava verelha que nem um tomate. O escuro até me dá aguma vantagem...
Eu soltei uma pequena gargalhada em resposta.
Eu: É melhor não, assim ias mesmo ficar com frio.
Diogo: ah ah ah pois é, tens razão.
Ele puxou os cobertores e eu tentei fazer tudo aquilo que ele me fizera antes.
Diogo: Obrigado.
Eu: Tu mereces. Estás a tremer...
Diogo: Já passa, foi da diferença de temperatura...
Eu: Anda cá - disse, puxando-o para o abraçar. Eu não me acredito! Neste momento, estou a abraçar a pessoa mais importante no mundo para mim. E essa pessoa está de boxers!
Há medida que o tempo passava, o Diogo deixava de tremer. O seu cheiro, a sua respiração, faziam-me sentir calma. Sentia que nada nem ninguém me podia fazer mal. As palavras que aquela senhora me dissera não saíam da minha cabeça. Eu tinha que aproveitar esta oportunidade, tinha que aproveitar o momento.
Comecei a sentir os meus olhos bastante pesados. Por isso, dei-lhe um beijo na bochecha.
Eu: Boa noite, principe.
Diogo: O que é que me chamaste? - disse, com um sorriso enorme.
Eu: Principe. Estás sempre a chamar-me princesa, por isso, eu agora chamo-te principe. Não gostas da ideia?
Diogo: Adoro a ideia, princesa - disse, dando-me um beijo na testa - Dorme bem.
Eu: Tu também.
Nisto, virei-me de costas para ele. De certeza que não vamos dormir assim, era bom demais para ser verdade. O homem que eu amo só deve de sentir uma mera amizade por mim. Esperem, eu disse, o homem que eu amo?! Sim, o homem que eu amo e que sempre amei, de uma forma ou de outra.
Sinto uma mão a impedir que me virasse.
Diogo: Desculpa, não era isto que eu queria fazer...
Eu: Não faz mal... Eu até estava a gostar, só me virei para dormires mais confortável.
Diogo: Mais confortável do que isto é impossível, princesa - disse, abraçando-me novamente e fazendo-me festinhas no cabelo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Who am I?
RomantikMargarida é uma rapariga de 18 anos. A sua vida muda completamente com um rapaz, Diogo. Conheciam-se desde pequeninos, no entanto, nenhum dos dois tinha coragem de dar o primeiro passo. Ambos se amam muito, mas, será que são inseparáveis? Será que...