Capítulo 11

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Acabou por me dar um beijo no canto da boca. Foi tão perfeito, apesar de ter sido apenas no canto da boca... Provavelmente, foi sem querer.

Diogo: Boa noite, princesa.

Eu: Boa noite, até amanhã.

Saí do carro a correr porque de certeza que os meus pais já estava, há muito tempo à minha espera. Vi o Diogo a ir-se embora. Meu Deus, Margarida, tens que parar de pensar nele dessa forma. Vocês são melhores amigos, nada mais.

Quando cheguei ao quarto, adormeci logo. 

No dia seguinte, acordei, vesti-me e fui para a escola. Vi a Mariluz e fui logo ter com ela.

Eu: Bom dia, então, como correu a noite de ontém?

Mariluz: Bem, fomos dar um passeio. Ele é perfeito, Guida.

Eu: Ainda bem. Divertiram-se muito? - perguntei com um sorriso maroto.

Mariluz: Isso pergunto-te eu. Quer, tu também ficaste sozinha com o Diogo...

Eu: Fomos para um jardim. Não acreditas...

Mariluz: Vocês namoram, não?

Joana: Quem é que namora?!

Fiquei a olhar algum tempo para a Mariluz. Será que ela queria contar à Joana? Não vejo porque não.

Mariluz: Eu! - disse, com um sorriso enorme. 

Joana: A sério?! Tens que me contar tudo... Agora somos só nós, Guida, as solteiras.

Mariluz, Não por muito tempo - disse num murmuro.

Fulminei-a com o olhar.

Joana: Vá, conta tudo, estou à espera.

A Mariluz lá lhe contou tudo e Joana ia suspirando e dizendo «Só a mim é que isso não acontece, não é?»

As aulas correram normalmente. No fim da última aula fui ter com Mariluz e perguntei-lhe se ela queria vir comigo até ao hospital. Ela disse que ia na mesma, por isso fomos juntas.

A Carla estava a melhorar a olhos vistos, e agora o número de visitas já não era controlado. Por isso, fomos todos para o quarto dela. Aquilo nem parecia um quarto de hospital, com tantas gargalhadas.

Disse que ia à casa de banho. Quando saí, o Diogo estava à minha espera.

Eu: É um hábito teu? Esperares que as mulheres saiam da casa de banho?

Diogo: Não espero por todas, só por aquelas que merecem - disse, sorrindo.

Eu: Precisas de alguma coisa?

Diogo: Eu sei que não podemos fazer todos os dias o que fizemos ontém, mas eu gostava de estar contigo.

Eu: Vou ter um teste esta semana, Diogo. Tenho mesmo que estudar.

Diogo: Tive uma ideia. Porque é que não vens para nossa casa estudar? Podemos ir para o quarto de hóspedes, é mais silencioso. Eu prometo que não te distraio. E assim já podia estar mais um bocadinho contigo - disse, corando.

Eu: Ok, mas eu acho que os meus pais não me vão deixar...

Diogo: Oh, queria tanto estar contigo.

Meu Deus, não me acredito que ele disse isto desta forma.

Eu: Mas eles não precisam de saber que eu vou para tua casa, não é?

Diogo: A sério, não tens que mentir aos teus pais por minha casa.

Eu: E se eu quiser estar contigo? - corei.

Diogo: Sendo assim, já aceito que mintas aos teus pais... Os meus estão na boa, eles adoram-te.

Eu: Não é que os meus pais não gostem de ti, mas, sabes, és um rapaz, representas uma ameaça.

Diogo: Eu já percebi ah ah ah. Então, depois vens connosco para casa?

Eu: Vou só ligar aos meus pais e já venho, ok?

Diogo: Claro - sorriu.

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