Capítulo 25

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Como é que é possível tornarmo-nos tão dependentes de alguém?  Nunca pensei sentir isto por alguém. É como se houvesse uma força constante, que nos une. Quando não estou com ele, penso naquilo que ele estará a fazer. Quando ele está mal, eu estou mal. E o que eu mais quero é vê-lo feliz. Porque, se ele está feliz, eu estou feliz. 

Agora sei, eu amo-o como nunca amei ninguém. Eu preciso muito dele. Eu até diria que estou viciada nele.

Diogo dá-me um beijo na testa.

Eu: Diogo, posso-te fazer uma pergunta?

Diogo: Sim, claro.

Eu: Achas que eles têm razão?

Diogo: Não, eles não têm o direito de te deixar com frio, princesa.

Eu: ah ah ah não, não é isso. Achas que eles têm razões para nos estarem sempre a mandar bocas?

Diogo: A verdade é que eu nunca tratei uma amiga como te trato a ti. E eles sabem que nós não conseguimos viver um sem o outro. Daí estarem sempre a mandar bocas. E tu? Achas que ele têm razões para isso? - disse, fazendo-me ora festinhas na cara ora no cabelo.

Eu: Sim, talvez tenham. Olha bem para nós...

Diogo: O que tem?

Eu: Somos dois amigos, sozinhos, numa praia, abraçados ao luar. 

Diogo: Não gostas da ideia, princesa?

Eu: Se eu não gosto? Eu adoro! Mas, Diogo, o que é que nós estámos a fazer?

Diogo: Como assim, princesa? Então, roubaram-nos as roupas. Nós ficámos com frio. Não quisemos ir para a beira dos totós. E, por isso, pegámos numa toalha e ficámos aqui, muito quentinhos - disse, dando-me um beijo no nariz. Neste momento, estávamos tão próximos que até conseguia sentir a sua respiração na minha cara. 

Eu soltei uma pequena gargalhada.

Diogo: Porquê? Queres fazer mais alguma coisa, princesa? - disse, encostando-se mais a mim. 

Eu: Talvez queria - Não me acredito que disse isto. 

Ele fez com que as nossas testas ficassem juntas. Eu não conseguia pensar em mais nada. Naquele momento, éramos eu e o Diogo. Nada mais. 

Comecei a sentir imensas borboletas no estômago. Ele colocou uma das suas mãos na minha cara e outra no fundo das minhas costas. Eu tinha as minhas mãos à volta do seu pescoço. Ele começou a aproximar-se de mim, ficando a meros milímetros da minha boca. Parecia que tinham passado vários minutos, horas até.

De repente, sinto os seus lábios quentes nos meus lábios gelados. Os nossos lábios moviam-se em harmonia, num beijo calmo e muito, muito apaixonado. Sinto que ele se começa a mexer muito, intensificando mais o nosso beijo.

De repente, sinto a sua língua nos meus lábios e dou permissão para que o beijo se desenrole. Era uma sensação indiscritível. Não que nunca tivesse beijado alguém daquela forma, mas porque o estava a beijar a ele. 

Quando ficámos sem fôlego, as nossas bocas separaram-se. Ficámos a olhar um para o outro com um sorriso parvo estampado nas nossas caras.

Ele deu-me outro beijinho e, depois, abraçou-me com força.

Diogo: Se soubesses há quanto tempo é que eu queria fazer isto - disse, sussurrando ao meu ouvido.

Eu: Eu também queria fazer isto há muito tempo - disse, sorrindo.

Diogo: Guida, eu quero que tu saibas que eu nunca amei ninguém como te amo a ti- disse, olhando-me nos olhos - És a pessoa mais importante da minha vida. Mais do que tudo, eu quero fazer-te feliz. Por isso, enquanto deixares que isso aconteça, eu irei fazer de tudo para ver esse teu sorriso perfeito nesses teus lábios perfeitos. Eu nunca senti isto por ninguém... Eu amo-te muito - disse, dando-me um beijo intenso.

Eu: Eu ainda não me acredito no que acabou de acontecer - disse, com um enorme sorriso na cara - Eu também te amo muito, mais do que tudo. Já não consigo viver sem ti e acho que nunca mais conseguirei. E também só te quero ver feliz, porque, se tu estás feliz, eu estou feliz. Eu amo-te - disse, beijando-o. 

Ficámos a namorar naquilo que pareceu uma eternidade. Uma eternidade perfeita.

Diogo: Eu quero fazer isto como deve de ser - disse, levantando-se. Consegui ver que tremia por todos os lados. Como era natural, com aquele frio de rachar. Ele colocou-se de joelhos.

Diogo: Guida, queres namorar comigo?

Eu: É claro que sim! - disse, abraçando-o.

Diogo: Vamos para o quarto? Estou com frio, amor.

Como soube bem ouvir esta palavra vinda dele!

Eu: Vamos, amor - disse, sorrindo-lhe. 

Beijámo-nos mais um pouco e fomos abraçados até ao hotel.

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