Capítulo 59

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Quando o telemóvel tocou outra vez, fiquei com medo de quem pudesse ser. Eu sei, sou muito medricas no que toca a estas coisas. Mas, só a ideia de ter alguém que me manda mensagens ou que me liga só para me controlar, põe-me doida. Ainda por cima, essa pessoa é o parvo do Rafael.

Sei que o Diogo o queria deixar pior que estragado outra vez. Mas não quero que ele seja esse tipo de pessoa. Não quero que ele se meta em problemas por minha causa, apesar de achar que é um bom gesto vindo dele. 

Diogo:  É o parvo outra vez?! - disse, parando com os meus pensamentos.

Eu:  Não, não... É a minha mãe. Tenho que ir.

Diogo:  Já? Pensei que ias jantar cá.

Eu:  Convidaste-me para jantar cá? - disse, com os meus olhos semicerrados.

Diogo:  Já sabes que, sempre que cá vens, podes fazer o que quiseres - disse, aproximando-se de mim, e colocando os seus braços na minha anca - Por isso, sim, podias jantar cá...

Quando ele começa a fazer beicinho... 

Eu:  Não posso, Diogo... A minha mãe está a contar comigo para o jantar.

Diogo: Vá lá, princesa - disse e deu-me um beijo na testa.

Eu:  Isso não resulta comigo - disse, dando uma pequena gargalhada.

Diogo:  Tens a certeza?! - disse e encheu-me de beijos.

Eu:  Tenho que ir - disse, empurrando-o.

Já não conseguia controlar as minhas gargalhadas. Ouço alguém bater à porta. Tenho mesmo que ir.

O Diogo abriu a porta e o Rúben entrou.

Rúben: Estou a ver que estão divertidos. O Diogo até já está sem camisola e tudo - disse, soltando uma pequena gargalhada.

Devia de estar que nem um pimento neste momento.

Diogo:  E tu a estragares a diversão toda - disse sério, apesar de estar a brincar.

Rúben: Ai é? Então, quem não vai ter diversão vais ser tu... Mas, a Guida pode ser que venha a ter...

Eu: O que é que estás para aí a dizer?

Rúben: Bem, amanhã a minha princesa vai sair da masmorra, do hospital. Portanto, estava a pensar em marcar uma saída. O que me dizes, Guida? - disse, enfatizando o meu nome.

Eu: Sim, é uma boa ideia. Posso convidar as nossas amigas?

Rúben: Claro que sim, elas são muito simpáticas - disse, com um sorriso.

Eu: Sim, parece-me uma boa ideia. Apesar de precisar de estudar, vou ter teste para a semana. 

Diogo: Sempre a mesma - disse, aproximando-se de mim.

Rúben: Não te preocupes, podemos ir à noite... Elas são da tua turma, não são?

Eu: Sim, são. Era uma boa ideia. Vou falar com elas, então. Será que a Mariluz não vai estar cansada?

Rúben: Já lhe disse que era melhor ela ficar em casa... Mas ela diz que está farta de estar sentada ou deitada. Foi ela que propôs a saída.

Eu: Tudo bem, então - disse, com um sorriso.

Diogo: Podes contar connosco - disse, dando-me um beijo na têmpora.

Rúben: O quê? Não foste convidado, só a Guida e as amigas dela.

Diogo: Não te livras de mim assim tão facilmente, isso querias tu. 

Rúben: Vou-vos deixar acabar, então... - disse, começando a fechar a porta.

Eu: Rúben! - disse, corando instantaneamente.

Diogo: Não lhe ligues - disse, começando a rir-se - Então, quanto ao jantar? - disse, dando-me um beijo na bochecha que estava, neste momento, a escaldar.

Eu: Vou perguntar à minha mãe, então.

Diogo: A sério? - disse, com um sorriso enorme.

Eu: Sim, sim.

Diogo: Amo-te.

Eu: Eu também - disse e dei-lhe um pequeno beijo. 

Não foi difícil convencer os meus pais. A minha mãe estava sempre a dizer que preferia que o Diogo fosse lá jantar. Não sei se isso é bom um sinal ou não. Por um lado, pode ser para nos manter debaixo de olho. Por outro, pode ser por gostar do Diogo. Eu não sei bem, mas não vou pensar nisto agora.

Peguei no meu telemóvel e mandei uma mensagem às ninas, como nós nos chamamos. Elas disseram que podiam ir. 

Diogo: Vamos jantar?

Abanei afirmativamente a minha cabeça e segui-o até à cozinha. O jantar correu bastante bem, como todos os que tive aqui. De facto, sinto que pertenço mesmo a esta casa. Aliás, já sentia isso muito antes de eu e o Diogo namorarmos.

No fim do jantar, o Diogo foi levar-me a casa e estaria a mentir se dissesse que a despedida foi fácil. Podem estar a pensar que namorámos há muito pouco tempo, mas a verdade é que o sentimento que temos um pelo é muito forte e já dura há muito tempo.

Adormeci, literalmente, a falar ao telemóvel com o Diogo. 

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Ouço uma música que eu tanto adoro. Who wants to live forever.... Hoje era o dia da saída que tínhamos combinado. Espera, alguém me está a ligar!

Eu: Estou?! Está tudo bem?

Diogo: Bom dia para ti também, princesa. EStá tudo bem, tem calma - disse, soltando uma pequena gargalhada.

Eu: Desculpa, pensei.... Esquece,  não funciono muito bem quando acordo.

Diogo: Só quando acordas?

Soltei uma pequena gargalhada.

Eu: Sim, tens toda a razão. Mas tu gostas, que eu sei.

Diogo: Eu não gosto.

Eu: Ai não?

Diogo: Não... Eu amo. Amo-te.

Eu: Também te amo. Foste promovido a meu despertador.

Diogo: Com todo o gosto. O que vais fazer hoje?

Eu: Na verdade, hoje vou passar o dia todo a estudar... 

Diogo: Posso passar o dia contigo? Prometo que não te chateio.

Eu: Claro que sim. Espera só um pouco, vou-me vestir. Até já.

Depois de me vestir e de tomar o pequeno-almoço, o Diogo chegou a minha casa. Subimos até ao meu quarto e passamos lá a tarde toda. 

O Diogo ainda trouxe um livro, mas nem pegou nele. Não sei como é que ele tira boas notas... Em vez disso, passou a tarde toda a mimar-me. Até me foi buscar o lanche para eu não fazer nenhuma pausa no meu estudo. Eu amo-o tanto...

Olá, olá :D

Espero que estejam a gostar... Sei que este capítulo não foi muito emocionante, mas não tive muito tempo para o escrever, desculpem. O próximo capítulo vai ser sobre a saída deles... Será que vai correr tudo bem?! Nunca se sabe ;)

Espero que estejam a gostar :) Aceito críticas ou sugestões :)

Já sabem, votem e comentem :)

bjs

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